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Mark Millar, com toda certeza, é um dos escritores que ajudaram a revolucionar os quadrinhos e torna-los como os conhecemos atualmente, seja auxiliando no sucesso das HQs widescreen ou levando seus gibis “independentes” para o mundo do cinema.

Esse sucesso não foi à toa. O escocês escreveu uma série de revistas que ajudou a deixar o seu nome na história do mundo dos heróis. Separamos uma lista aqui daquelas que valem a pena ler.

Antes de começar a lista gostaria de citar alguns materiais que merecem ser conferidos, mas que não entraram pro top dez, como Flash, (com Grant Morrison) Huck, MPH, Starlight, Jupiter’s Legacy (volumes 1 e 2 e ainda incompleto) e Jupiter’s Circle (volumes 1 e 2).

Vamos a lista!


10 – SUPERMAN ADVENTURES

Em uma época em que o Superman sofria nas mãos de histórias fracas em seus gibis mensais, Superman Adventures de Mark Millar era um verdadeiro oásis. Inspirado no desenho Superman: The Animated Series, o escritor criava tramas despretensiosas e com qualidade. As artes sempre competentes de Aluir Amâncio e Mike Manley ajudavam ainda mais na leitura.

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LEIA: 22 Stories in a Single Bound em Superman Adventures #41


9 – SUPERIOR

Superior faz parte do Millarworld, o selo no qual Millar pode publicar as histórias que ele bem quiser, e claro, vender pro cinema depois. O gibi conta a história de Simon Pooni, um garoto de 12 anos que sofre de esclerose múltipla e acaba fazendo um pacto com um macaco demônio para virar o herói famoso do cinema que dá título à minissérie em sete números.

Millar presta uma grande homenagem ao mito do Superman e do Capitão Marvel, mantendo aquele clima de Sessão da Tarde, principalmente nas partes em que Simon tenta lidar com os seus poderes. Isso sem falar da cinética arte de Leinil Yu (Wolverine, Vingadores), que fez um dos melhores trabalhos da sua carreira aqui, principalmente na luta entre Superior e Abraxas.

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LEIA: A minissérie inteira.


8 – ULTIMATE X-MEN

Com a Marvel criando o Universo Ultimate para contar a origem dos seus heróis para o novo século, a editora chamou Millar para recriar os X-Men. E o escritor não decepcionou. Ele se inspirou no filme de 2000 e fez um grupo de jovens agindo como jovens, um Magneto adaptado para o novo universo e muito mais reaça (indo ao encontro à sociedade que vivíamos na época e que ainda vivemos), um Xavier manipulador e irônico, fazendo tanto sucesso que essa persona foi para o Universo 616, porém sem o mesmo charme e competência.

O roteirista optou por criar novas sagas, além de adaptar algumas clássicas dos X-Men 616, que na medida do possível foram bem feitas.

No time da arte temos nomes de peso como Andy Kubert e Adam Kubert, Chris Bachalo e David Finch.

LEIA: O primeiro arco, O Povo do Amanhã e Ultimate War.


7- WOLVERINE: INIMIGO DO ESTADO

Quando o mutante mais mortífero do planeta Terra é dominado pela Hidra e passa a matar heróis, você sabe que é um grande plot. E quando essa história é escrita por Mark Millar e desenhada por John Romita Jr, aí você tem certeza que vale a pena ler.

Criando um incrível blockbuster, o escritor escocês não economiza nas participações especiais (Demolidor, X-Men, Quarteto Fantástico, Capitão América entre outros) e entrega uma trama cheia de ação e com momentos dignos de cinema, como Wolverine vs Tentáculo, o confronto com o Quarteto Fantástico e Demolidor, entre outros. Aqui também temos possivelmente uma das únicas vezes nos últimos anos que a Elektra não foi irritante ou inútil.

Além do incrível arco, Millar fez uma história ambientada na 2ª Guerra Mundial com a belíssima arte de Kaare Andrews que merece a conferida.

LEIA: Wolverine Volume 2 #20-32


6 – ULTIMATE QUARTETO FANTÁSTICO

Após ajudar a lançar o título da família fantástica ao lado de Brian Michael Bendis, Millar voltou posteriormente, dessa vez sozinho, aliado ao desenhista Greg Land para criar um dos materiais mais legais da história do grupo.

Logo de cara somos induzidos a acreditar que o Quarteto Ultimate iria encontrar o Quarteto 616, quando na verdade são os personagens do universo Zumbis Marvel. Logo em seguida, temos a estreia do Namor no Ultiverso, um arco envolvendo o Thor como presidente e por último lidando com o Doutor Destino.

Nunca o Quarteto foi tão Fantástico, desde John Byrne, quanto aqui.

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LEIA: Ultimate Fantastic Four #24-26 com a estreia de Namor.


5 – KICK ASS

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O que aconteceria se existissem super-heróis na vida real? Mas não aqueles com poderes, e sim aqueles que resolvem colocar uma roupa e sair por aí patrulhando as ruas? A resposta é dada por meio de uma trilogia contando a vida de Dave Lizewski, que realmente consegue colocar isso em prática.

Millar cria uma história em que você realmente acredita que aquilo poderia acontecer na vida real (claro que tem seus exageros, principalmente no volume 2) e com momentos incríveis como as aparições da Hit-Girl, a origem secreta de Big Daddy entre outros. Na arte temos John Romita Jr, que estava mais inspirado no primeiro volume, mas que não deixa a peteca cair nos volumes 2, 3 e na mini da Hit-Girl (que funciona como um Kick-Ass 1,5).

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LEIA: A minissérie original. Tudo na verdade. Vale a pena.


4 – GUERRA CIVIL

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O maior evento da Marvel de todos os tempos e o mais influente até hoje (gerando uma continuação até), ultrapassando a barreira das HQs e chegando a tela dos cinemas em Capitão América 3. A Marvel precisava de um evento para bater de frente com Crise Infinita da DC Comics e convocou Millar para bolar algo. O escritor entregou um conflito ideológico entre Capitão América vs Homem de Ferro sobre o fato dos heróis se registrarem junto ao governo americano ou não.

Enquanto o Capitão América defende o direito dos heróis não revelarem suas identidades, o Homem de Ferro é a favor da ideia. Isso racha a comunidade de heróis ao meio e com consequências catastróficas para todos. Só aqui tivemos o Homem-Aranha revelando a sua identidade, Capitão América sendo preso, a “volta” do Thor, o surgimento dos novos Thunderbolts e a ESPETACULAR arte de Steve McNiven que entregou um dos melhores trabalhos da sua carreira.

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LEIA: A mini inteira.


3SUPERMAN_ENTRE_A_FOICE_E_O_MARTELO – SUPERMAN: ENTRE A FOICE E O MARTELO

O que aconteceria se o Superman caísse na União Soviética ao invés de aterrissar nos EUA? O que a filosofia comunista mudaria na vida do Homem de Aço? Millar dá a resposta da forma mais simples possível: a URSS se tornaria a maior potência do mundo e os EUA seriam quase nada, se não fosse por Lex Luthor.

O escritor trabalha diversos elementos clássicos do personagem em meio a uma alegoria política, que no fundo não deixa de ser uma incrível história do Superman, possivelmente uma das melhores do personagem até hoje.

O final é genial. Mas vamos ser justos, foi ideia do Grant Morrison.

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LEIA: A minissérie inteira.


2 – AUTHORITY

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Um dos quadrinhos que revolucionou e ajudou a moldar a indústria teve os dedos de Millar. Após a fase Warren Ellis, a Wildstorm convocou o escritor escocês para dar prosseguimento ao grupo e ele não decepcionou: colocou Jack Hawksmoor na liderança, fez o time enfrentar “super-heróis” criados pelo G7 com o objetivo de eliminar a equipe, que anda incomodando os poderosos políticos do mundo. Em seguida eles são obrigados a lidar com um antigo Doutor, que deseja voltar ao seu antigo cargo, e para isso ele causa desastres naturais ao redor do mundo. E depois fez o Authority lidar com o poderoso Seth.

Millar injetou ainda mais cenas de cinema, tornou o grupo ainda mais proativo em resolver os problemas do mundo, trabalha temas ousados em uma editora major (e a DC ainda censurou diversas passagens) e ainda tem Frank Quitely na arte. Não tem como ser ruim.

Esse gibi foi a porta de entrada do escocês para o nosso primeiro lugar que é…

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LEIA: Authority vol.1 #13-29


1 – OS SUPREMOS

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Após o estrondoso sucesso de Authority, a Marvel convocou Millar para o Universo Ultimate. A primeira parte da missão foi recriar os X-Men, mas tinha algo maior em seguida: recriar os Vingadores.

Só que esses Vingadores são totalmente diferentes: Bruce Banner é um psicopata, Thor é um hippie que ninguém sabe se é um deus ou um louco, Nick Fury é negro e tem a cara do Samuel L. Jackson entre outras diferenças. Millar cria um clima de paranóia com a possibilidade de Fury estar manipulando a todos, o mistério de Thor, o fato de o time ser patrocinado pelo governo americano, os desenhos espetaculares de Bryan Hitch.

E mais do que isso, Os Supremos também exercem influência nos filmes da Marvel, e foi um dos quadrinhos que ajudaram a pavimentar o caminho para a criação do Marvel Studios. Não é pouca coisa.

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LEIA: The Ultimates #1-13 e The Ultimates 2 #1-13


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  1. […] em HQs de Mark Millar e Dave Gibbons, Kingsman é uma reinterpretação mais divertida dos clássicos filmes de agente […]

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