Continuando com o nosso especial (clique aqui e veja o de Melhores filmes de 2016), agora é hora de falarmos sobre AS MELHORES SÉRIES DE 2016.

Para isso, a equipe da MOB (Alessio Esteves, Beatriz Paz, Diego Penha, Filipe Siqueira, Filipe Felix e eu/Chaves) se reuniu e convidou uma galera de respeito para fazermos as indicações.

São eles/elas:

Adriana Cecchi (Redatora de Merda)

Anna Schermak (Pausa para um Café)

Bruno Trindade (Renegados Cast)

Daniel Lopes (Pipoca e Nanquim)

Luiz Machanoscki (Darkside)

Raphael Fernandes (Superfuzz)

Raquel Moritz (Pipoca Musical)

Cada um indicou uma série, então aqui não existe um ranking interno, apenas as nossas indicações e respectivos comentários. Vamos até deixar em ordem alfabética pelos nomes das séries.

Preparados? Bora lá!

 


Arquivo X – 10ª Temporada (FOX)

Indicação: Filipe Felix

O retorno de Arquivo X à TV pode não ter sido o melhor revival dos últimos anos, mas com certeza foi uma das maiores surpresas. Depois de 14 anos da 9ª temporada (finalizada em 2002), o mais perto que os fãs chegaram de rever Gillian Anderson e David Duchovni nos icônicos papeis dos Agentes Dana Scully e Fox Mulder foi no filme mediano de 2008. Mas eis que em 2016 a FOX transmitiu uma mini-temporada de 6 episódios, com Scully e Mulder reabrindo os Arquivos X! E foi como se eles nunca tivessem saído de lá, bastante confortáveis em seus papéis. Além dos retornos do agora Diretor Skinner, o icônico Canceroso e até mesmo a Agente Monica Reyes, que segurou as últimas temporadas. Com destaque pra Gillian Anderson, que sempre foi a melhor atriz da série, agora mais renomada que nunca. Misturando episódios mitológicos com os monstros da semana, o comeback foi razoável, mas abriu inúmeras portas, já garantindo uma 12ª mini-temporada e um possível terceiro filme, além de manter a produção de quadrinhos, publicada desde 2013 com a “Season 10”. Da importância que Arquivo X foi e continua sendo para séries de ficção-científica, vê-la retornando com toda a equipe praticamente original e mostrando novas conspirações, é um dos melhores momentos de 2016.


Black Mirror – 3ª Temporada (Netflix)

Indicação: Adriana Cecchi (Redatora de Merda)

A série é de 2011, mas foi a terceira temporada de Black Mirror que bombou esse ano na Netflix. Como os episódios são antológicos, dá pra assistir fora de ordem e começar pela 3ª temporada que, na minha humilde opinião, tem um dos melhores de toda a série. Internet, redes sociais, cultura, sociedade, preconceito, comportamento, vários desgraçamentos mentais e, é claro, todas as histórias baseadas na crítica social sobre o impacto do avanço tecnológico nas nossas vidas.


BoJack Horseman – 3ª Temporada (Netflix)

Indicação: Bruno Trindade (Renegados Cast)

A série, ou talvez a obra que mais me surpreendeu em 2016 foi Bojack Horseman. Eu estava procurando algo leve pra assistir quando chegasse do trabalho, algo rápido e que eu não fosse muito cabeça, pensei “e esse desenho aqui, tem cara de Adult Swim deve ser divertido”… QUE PORRADA meus amigos, a série é com certeza o contrário do entretenimento leve que eu achei que ela fosse, Bojack é sagaz, reflexivo, de um realismo que chega a doer.

Com um clima nada otimista o cavalo Bojack é um retrato da angustia que é se viver nos tempos modernos onde coisas muitas vezes importam mais que pessoas, o peso de ter dificuldade em se relacionar com os outros além do superficial, a falsa ilusão de sucesso profissional, o medo de ficar só, somado ao niilismo de que não somos nada pra mim definem essa série. É daquelas que te faz pensar na vida, repensar em como estamos aproveitando ela e refletir sobre o que estamos fazendo pelas pessoas ao nosso redor. Eu recomendo demais que assistam, mas devo alertá-los, preparem-se para se sentirem uns merdas.


Channel Zero: Candle Cove (Syfy)

Indicação: Beatriz Paz

Disparada a melhor série de terror que vi em 2016. Baseada em uma creepypasta famosa, a primeira temporada de Channel Zero é tensa, psicológica e perturbadora. Se você gosta de terror que não apela para jumpscares a cada cinco segundos, confira Candle Cove.

[quote_box_center]Obs: Eu falei mais sobre a série aqui![/quote_box_center]


Horace and Pete (LouisCK.net)

Indicação: Daniel Lopes (Pipoca e Nanquim)

Não resta dúvidas de que Louis C.K. é o melhor comediante da atualidade, né? Seus diversos especiais de stand-up provam isso facilmente. Mas, com esta websérie em dez episódios de duração variável, ele se consolida como um excelente roteirista e diretor (cabe dizer que ele já tinha demonstrado talento de sobra nesses quesitos com a série Louie).

Horace and Pete é um tragédia grega que passa dentro de um bar em Nova York; o nome da série é o mesmo do bar, gerenciado a cem anos pela mesma família, sempre por um Horace (Louis C.K.) e um Pete (Steve Buscemi). Num esquema que lembra a estrutura de uma peça de teatro, os personagens em cena discutem os mais diversos temas, com ótimo diálogos e tudo condizente com o que o programa propõe. Obra-prima.


<Mr.Robot_temporada_2.0>(USA Network)

Indicação:  Filipe Siqueira

Após uma primeira temporada praticamente perfeita desenvolvendo um thriller sobre hackers, capitalismo ferrenho, poder e revoluções, Mr. Robot nos brindou com uma segunda temporada bem diferente. Tão diferente ao ponto de muita gente que assistiu a primeira abandonar por não vê-la como uma continuação do que fora apresentado até o momento.

O fato é que a segunda temporada da série não é apenas diferente, mas bem melhor. Por nos brindar com um mergulho profundo na mente perturbada do hacker Elliot e ainda nos mostrar que a revolução não é uma festa, mas um pesadelo que nunca termina. Alguns acusaram a temporada de simplesmente “travar” a história principal, mas discordo totalmente, uma vez que conhecemos as entranhas da fsociety, e experimentamos as vísceras da ECorp, descansamos à sombra do Dark Army até um final que, se ficou aquém do que todos esperavam, demonstrou que Sam Esmail merece crédito por fazer uma série exatamente com a cara que ele queria. Que venha a 3º temporada.


Narcos – 2ª temporada (Netflix)

Indicação: Alessio Esteves

Se você acha o Rei do Crime fodão, é porque não conhece a vida e obra do traficante colombiano Pablo Escobar. É realmente bizarro ver tudo o que o cara fez há tão pouco tempo e aqui do lado. Nesta segunda temporada o ritmo é mais frenético e a passagem do tempo é menor, com a trama focada na busca pelo traficante após sua fuga da prisão e a disputa pela controle do tráfico de cocaína cartéis rivais.

O bacana da série é que ela tenta não ser maniqueísta mostrando tanto o lado humano de Escobar quanto decisões bem fora da Lei das autoridades que estão em seu encalço. Em tempos em que nosso Ministro do Justiça que “erradicar a maconha da América do Sul”, é bem interessante ver os custos financeiros, morais e as vidas perdidas neste guerra besta.


Rick and Morty (Adult Swim/ Netflix)

Indicação: Raphael Fernandes (Superfuzz)

Imagine se De Volta para o Futuro fosse uma série animada escrita por uma equipe de roteiristas de South Park e Doctor Who. Isso é Rick and Morty. Em um ritmo alucinado, conhecemos as aventuras do avô cientista Rick e seu neto babaca Morty por dimensões paralelas, viagens espaciais, através dos sonhos etc. Uma verdadeira surra criativa com versões malucas de mundos de filmes e séries famosas.

O único desenho animado onde absolutamente qualquer personagem coadjuvante pode ganhar destaque em um dos episódios.  Apesar de amar Westworld, The OA e tal, nenhuma delas tem a insanidade e as sacadas incríveis dessa animação.


Stranger Things (Netflix)

Indicação: Anna Schermak (Pausa para um Café)

Provavelmente tudo que você poderia ouvir sobre essa série, você já ouviu. Todos os elogios, as teorias e os amores. Mas é impossível não olhar 2016 e ser grato por Stranger Things ter nos mostrado tantos atores jovens tão incríveis. Millie Bobby Brown se destaca, mas toda a série contribui para que esse grupo seja amado por nós, por toda uma vida. Stranger Things é perfeita para todas as ocasiões e para assistir muito mais que uma vez e aproveitar todas as suas referências que vão de Tubarão até Stephen King.


Supermax (Globo)

Indicação: Luiz Machanoscki (Darkside)

Supermax é a série nacional que ninguém gostou, teve um rejeição tão grande que me fez questionar se algo não funcionava muito bem comigo. Aí que reside o mérito da obra. Nas estranhezas de cada personagem envoltos numa trama de terror simples, nos episódios iniciais, que lentamente nos conquistam, com histórias subjetivas sendo interligadas fazendo o excesso de clichês dar uma cara única ao projeto. Se você passar do episódio piloto, que é de longe o pior, vai descobrir porquê o reality show de condenados numa prisão de segurança não deu muito certo com aquelas magias negras, a doença, a armadilha de urso, a música do Rocky…


The Get Down (Netflix)

Indicação: Thiago Chaves

Dos criadores Baz Luhrmann (Moulin Rouge: Amor em Vermelho) e Stephen Adly GuirgiA série narra o nascimento do Hip Hop a partir da história de um jovem poeta que, em meio à destruição do Bronx nos anos 70 e no auge da Disco Music, se alia a um DJ para transformar suas rimas em música e em protesto.

Música, grafite, poesia, diversidade, política, história… FODA!

[quote_box_center]Obs: Link para a trilha sonora da série no Spotify.[/quote_box_center]


The Night Of (HBO)

Indicação: Thiago Chaves

The Night Of começou pegando fogo com o seu piloto de 79 minutos excelente, o que me causou uma grande expectativa para os próximos episódios. Ela não conseguiu manter isso (ou também né, viraria uma série ao nível de Breaking Bad), mas foi muito consistente até o final.

A história é muito simples. Um cara (Naz /Riz Ahmed) dorme com uma mulher e acorda com ela morta a facadas ao seu lado, então ele é acusado de seu assassinato. Então ele passa a ser defendido pelo advogado de porta de cadeia Jack Stone (John Turturro), que sofre de um eczema.

Fazia tempo que eu não via uma produção envolvendo tribunais/julgamentos tão boa assim.


The Strain – 3ª temporada (FX)

Indicação: Diego Penha

Assinada por Guillermo del Toro e Chuck Hogan, The Strain é uma série sobre vampiros, inspirados nos quadrinhos homônimos, que por sua vez foram baseados na Trilogia da Escuridão, livros de autoria de del Toro e Hogan, que narram o alastramento de uma praga vampírica que inicia em Nova York e se espalha pelo mundo.

A primeira temporada de The Strain foi ao ar em julho de 2014 e a série está ranqueada com 7,5 no IMDB. Em 2016, The Strain está pulsando. Após duas temporadas com pontos altos e momentos bastante arrastados, a terceira temporada consegue desenvolver-se em uma boa ascendência narrativa, culminando no clímax dos últimos episódios. A terceira temporada teve a boa função de amarrar pontas soltas das temporadas anteriores e ainda conseguiu direcionar a história para eventos que ampliaram as possibilidades temáticas do enredo.


Vinyl (HBO)

Indicação: Thiago Chaves

O que esperar de uma produção que tenha nomes como Martin Scorsese (Os Infiltrados), Terence Winter (Boardwalk Empire) e Mick Jagger (The Rolling Stones) envolvidos? Espetáculo! E é isso o que nos é apresentado.

Vinyl acompanha o visionário Richie Finestra (Bobby Cannavale), um executivo movido a cocaína da indústria musical de Nova York em 1977, quando o punk, o disco e o hip hop colidiram.  A série é quase que um documentário da história do rock e por ela passam nomes como Elvis Presley, David Bowie, Robert Plant, Alice Cooper, Frank Zappa, Iggy Pop, entre outros !

Uma pena que a série tenha sido cancelada devido ao seu alto custo. Mesmo assim, sua única temporada é indispensável!

[quote_box_center]Obs: Se eu não te convenci ainda, a Raquel Moritz fez um post muito legal com 10 motivos para assistir Vinyl.

Obs 2: A monumental trilha sonora da série está disponível aqui no Spotify.[/quote_box_center]


Westworld (HBO)

Indicação: Raquel Moritz (Pipoca Musical)

A série mais mindblowing de 2016 chegou com tudo no final do ano. Recriado a partir do argumento de Michael Crichton já usado em um filme dos anos 70, Westworld fala sobre humanos e suas criações, nossa existência e nossos limites, e a nossa constante necessidade de estar no controle.

Anthony Hopkins interpreta o diretor de um parque temático povoado por andróides programados para pensarem que são humanos. Cada um tem sua própria “história de vida” e age de acordo com sua narrativa de herói ou vilão, com o intuito de satisfazer os caprichos humanos sem nenhum impedimento moral ou legal. Mas então uma atualização no sistema destes andróides dá errado e a inteligência artificial começa a se manifestar de maneira ameaçadora. Com um elenco incrível – e muita força no núcleo feminino -, Westworld é recheada de discussões filosóficas, embates existenciais e perspectivas que vão fazer você repensar sua vida.


E você?

Tem alguma indicação de série para nós? Nos diga nos comentários da nossa postagem ou redes sociais. =P

E não perca a continuação do nosso especial na próxima semana, com gibis e livros, e veja a primeira parte de filmes.

E FELIZ ANO NOVO para vocês! \o/

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