[ARTE DA VITRINE]: Thiago Chaves (@chavespapel)

A MOB GROUND NÃO incentiva o uso de tais substâncias e nem assume as consequências caso algum leitor o faça. A nota dada ao fim da resenha trata apenas da potencialidade da substância e não ao seu grau de diversão ou de “barato”.

Sejam  conscientes e não usem drogas!

Arrumei umas sementes de Argyreia Nervosa, uma planta que venho estudando faz algum tempo. Pensei: “WOW, por que não resenhar a semente pra MOB?”. Tirei um dia pra isso, com a desculpa de que era apenas uma experiência sobre a qual eu escreveria.

Existem vários métodos corretos e menos tóxicos de tomar Argyreia Nervosa, que consiste em triturar, misturar com suco e moer, essa viadagem toda. Como eu não tava com saco, só fiz um suco de limão, gelei por 30 minutos na geladeira e trouxe pro meu quarto.

Com as sementes já lavadas (vai saber onde enfiaram essa porra antes de chegar a mim) sentei de pernas cruzadas e posicionei as sementes no chão. Fiz um desenho usando 7 delas (um X com 2 sementes em cada “perna” e uma solitária no meio, simbolizando a Axis Mundis, o centro do cosmos). Iria tomar 7 por que é o número de noites que Odin ficou enforcado como sacrifício na árvore Yggdrasil em busca do conhecimento das Runas (e eu tenho certa ligação mística com o velho caolho), o dia do meu aniversário é 7 de Agosto (lembrem, quero presentes) e o número 7 tem certa característica de perfeição na numerologia romana (era o número dos “Augustus”, tipo, imperadores, e por ironia do destino “Augustus” é algo próximo do meu nome), inclusive os Persas consideravam 7 um número sagrado, por que era o número das principais famílias que derrotaram os medos (tribo ariana que disputava território com os persas).

Enfim, resolvi usar o “método indígena” mesmo, o mais trash e que provavelmente me foderia. Esse método consiste em colocar as sementes na boca, beber um pouco do suco, mastigar as sementes, e deixar o liquido na boca o máximo que desse e então engolir o líquido. Depois bebi o resto do suco e fui pra cama.

Me deitei de lado na cama, durante 30 minutos senti um enjôo bem forte, que sei lá como consegui segurar sem vomitar (se vomitasse a experiência estaria terminada ali mesmo). Senti meu corpo febril, era uma sensação muito ruim, que no entanto com o tempo foi se revertendo. A febre meio que revestiu meu corpo com uma camada de defesa que me protegia do contato direto com o mundo externo, então TODA sensação ruim era filtrada por essa camada e eu só sentia as coisas boas ou indiferentes, as negativas eram neutralizadas.

Estava escuro e tocando Syd Barrett no notebook. As frases das músicas pareciam incompreensíveis, como se ele estivesse falando uma língua antiga, em compensação o som… o som estava inexplicavelmente intenso e claro. A batida de dedos na madeira do corpo do violão, o som das cordas e da voz, eu não conseguia entender, mas compreendia, o som era doce e universal. Ele ecoava por todo o quarto.

Sim, compreendia embora não entendesse. São duas coisas diferentes. Durante aquele momento compreendi a totalidade da música, mesmo que minha cabeça não conseguisse entender nada. A música não era apenas som, ela atingia todo o meu corpo com uma espécie de fluxo verde e se espalhava por todas as minhas células, produzindo uma sensação de prazer intenso. Meu corpo inteiro estava sendo bombardeado de prazer pelas músicas do Syd.

Prazer é modo de dizer, prazer parece algo sexual, algo físico, e na verdade não se tratava disso, era uma sensação de plenitude, de totalidade, de satisfação sem fim.

Foi então que do nada a música parou de tocar. Eu olhava para a tela do player e ele ainda estava tocando, mas não chegava mais aos meus ouvidos. Em compensação o ar ficou eletrizado de prazer. A respiração me dava prazer, movimentar a mão no ar me dava prazer, fechar os olhos, ser atingido pelo vento, TUDO me dava prazer. Minha cabeça começou a tentar dar um sentido a tudo aquilo, a solução foi corporificar as idéias: era uma deidade do ar brincando comigo, me satisfazendo, por isso o ar tava eletrificado de prazer. Fiquei deitado na cama, olhando pro teto e brincando com essa deidade do ar, eu não a via, mas sabia que ela estava comigo, sempre esteve, afinal, o ar está em todo lugar.

Cai no sono, quando acordei novamente a deidade do ar já não estava mais presente. Encontrei uma fresta de luz no teto, não havia buraco ali, eu sabia, mas mesmo assim um feixe de luz atravessava o teto em minha direção. Fechei os olhos e ainda assim conseguia ver o feixe de luz. Não importava se de olhos abertos ou fechados eu via todo o meu quarto e principalmente o feixe de luz do mesmo jeito.

“Essa luz é Odin?”, pensei. “Faz sentido, Odin é caolho, uma luz atravessando o teto pode ser Odin me observando. Uma luz atravessando o teto é uma espécie de panóptico, sim, é Odin.”

A luz se voltou em minha direção, e ela tinha uma presença física que me enchia de felicidade, felicidade não, era novamente a sensação de plenitude similar a que a deidade do ar e a música do Syd tinham me proporcionado. “Odin sempre está de olho em mim, é meu protetor”, pensei, e apaguei novamente.

Quando tomei a semente, chamei uma amiga pra ir me acompanhando no MSN. Ela não tem experiência nessas coisas, mas eu precisava de uma conexão com a realidade pra não me perder completamente do lado de lá quando o efeito batesse com força. Uma espécie de guia, ou melhor, um localizador. Apesar de sua completa inabilidade, ela acabou me ajudando a voltar aos poucos, mais por minhas habilidades mentais do que por quaisquer habilidades dela, é verdade, mas voltei.

Quando acordei novamente eu não me sentia completamente no comando do meu corpo. Desliguei o player, que ainda tava tocando Syd Barrett, e olhei pra tela. A minha amiga estava falando algo no MSN, ela não acreditava muito que eu realmente tivesse tomado algo, então passei algum tempo explicando.

Só que havia algo de estranho, eu não queria ligar a luz do quarto, mas estava densamente escuro, uma escuridão que me sufocava fisicamente. De repente, quando fui notar, eu estava sozinho, no meio do nada, com apenas a tela do notebook ligada, e só com a janela dessa amiga do MSN a disposição. Eu não conseguia abrir o MSN pra chamar outra pessoa nem nada, só dava pra falar com ela. Era de fato, meu único elo com a realidade.

Fui até a janela no meio do nada (eu sei que não há janela quando se está no meio do nada, mas havia uma janela, mesmo que não houvesse uma janela…) e olhei pro céu. Consegui enxergar as grades no fim do universo e espécies de entidades metálicas, de cor escura, debaixo das nuvens. Então me veio uma dúvida mortal, eu precisava muito mijar, como se faz pra mijar? Fui até o MSN e perguntei pra minha amiga como se faz pra mijar.

Naquele instante me dei conta de que as necessidades básicas, tais quais mijar, são as únicas necessidades verdadeiras. Lembrei de Kerouac na Montanha da Desolação, aprendendo a comer quando se tem fome, beber quando se tem sede e mijar e cagar quando o corpo realmente quer lançar fora excrementos. Isso pode parecer óbvio para os espertalhões, no entanto a verdade é que muito raramente alguém supre as necessidades básicas, as únicas reais, quando se deve. Mijamos toda hora ou prendemos demais, comemos toda hora ou ficamos muito tempo sem comer, e etc. etc. etc.

Se eu conseguisse mijar eu seria a pessoa mais feliz do universo. Poderia ir até o banheiro, mas eu não queria, no caminho ia encontrar pessoas e eu me recusava totalmente a encontrar pessoas. Só fui mijar por que eu queria de verdade, em nível vital, meu corpo precisava, e não por simples capricho da minha consciência, era uma questão que superava o simples ego idiota que criamos cotidianamente.

O tempo começou a pular, num momento eu estava conversando com minha amiga no MSN, dava um flash e eu estava mijando num copo que encontrei no meio do quarto, dava outro flash e eu estava jogando o mijo pela janela, outro flash e eu estava jogando roupas pela janela, outro flash e eu voltava pro começo da tarde, quando estava deitado na cama e olhei pela primeira vez a tela do MSN com a conversa da minha amiga.

“Eu tô viajando no tempo!”, disse pra ela.

Ela não entendeu, riu e disse que eu estava louco. “Sério, o tempo ta confuso, peraí, vou tentar organizar ele.”

Algo em mim dizia que eu seria capaz de organizar o tempo me concentrando. Foi aí que percebi que todas as sensações de prazer na verdade estão concentradas no olho humano. O controle da realidade e das sensações de satisfação tem a ver com a pressão que a pálpebra pode fazer no globo ocular. Acredito piamente que muito da meditação está conectado com o controle do globo ocular, ele que é a porta das percepções!

Há mais ou menos 2 anos atrás eu havia tentado a “ego-morte” do livro dos Mortos dos Tibetanos do Timothy Leary, nessa situação eu notei que a sua campanha posterior “controle sua retina” era a chave pra psicodelia sem uso de substâncias químicas. A pessoa que tem controle da pressão do olho e sabe explorar esse ponto, pode visitar o outro lado sempre que tiver afim! De alguma forma eu conseguia ter pleno domínio do globo ocular naquele momento e compreendi que o prazer erógeno (dos órgãos genitais) passam longe de ser o prazer mais forte. A diferença essencial é que o órgão genital pode ser estimulado externamente, enquanto o olho exige uma concentração, auto-conhecimento e pesquisa que são raríssimos de encontrar em alguma pessoa. É muito mais fácil encontrar alguém pra chupar o seu pau do que encontrar um Buda (calma galera, uma coisa não deve excluir a outra, haha).

Não consegui organizar o tempo, pois deu um flash novamente estava lá, eu mijando no copo. Tudo estava em completo silêncio, era como se eu estivesse no interior do nada. Olhei pro copo e senti uma conexão com o meu mijo. “Tudo é feito de água, eu sou feito de água, o mijo é feito de água, eu sou o mijo e o mijo sou eu, é tudo a mesma coisa.”

O mijo estava com um brilho estranho, eu conseguia enxergar ele saindo de dentro de mim, sentia cada gota de mijo se juntando com as outras centenas de gotas no copo. Tudo era eu, e do nada consegui enxergar a mim mesmo da perspectiva do mijo. Eu estava no copo, me vendo mijar, me vendo depositar a mim mesmo dentro do copo. Sentia o liquido todo percorrendo meu corpo. O quarto estava derretendo, ele também era líquido! Deve ter sido depois de usar uma parada assim que o Zygmunt Baumanpostulou que a realidade era líquida, haha!

O tempo novamente pulou e eu já tinha jogado roupas pela janela do quarto, não lembro por qual motivo. Só que eu estava banhado! Eu tinha ido até o banheiro e voltado, passei pelo pessoal da sala, comi um pão com queijo e voltei pro quarto. Isso sem nem fazer idéia de como! Meu corpo simplesmente tinha feito sozinho.

O pão e o queijo tinham gosto de metal, a água não tinha gosto de nada. Quase que o pão não desce pela minha garganta, então o peguei e trouxe pro quarto. Quando eu falava com alguém era como se a voz viesse de trás da minha cabeça e não da minha garganta. A realidade parecia uma colagem em cima do outro lugar que eu estava.

“Preciso fazer a colagem se sobrepor a esse outro mundo, talvez assim eu volte pra realidade. Preciso me colar ao cotidiano!”

As vozes das pessoas eram estranhas. Foi então que percebi que estava novamente na frente do computador e minha amiga tinha me dito para tomar banho. Eu não lembrava daquilo, mas tinha conversado muito com ela, um monte de coisas aleatórias.

Notei que eu estava na minha cabeça e não no resto do meu corpo, eu via através dos meus olhos de uma maneira diferente do normal, eu via como se eu estivesse vendo uma janela. Lembro de ter me olhado no espelho e pensado “isso não sou eu, não sou uma imagem”. Meu corpo agia sozinho, eu não sentia meus dedos digitando no computador, era como se eu tivesse em outra dimensão ditando as coisas e o corpo sozinho escrevesse.

O tempo pulou novamente, dessa vez eu havia mijado no meio do quarto, mijei no notebook e ele não ligava mais. A escuridão densa passou a ser mais sufocante e ameaçadora. Tentei ligar o notebook de todo jeito, mas ele não ligava! Era meu único elo com o mundo real e eu havia perdido, estava fodido!

As vozes das pessoas na sala passaram a ficar insuportavelmente altas, como se eu estivesse sentados lá do lado e elas estivessem gritando. Pareciam estar conversando sobre mim, eles pareciam ameaçadores, terríveis, por que estavam falando de mim? Eu só estava no meu quarto, não fiz mal a ninguém, não fiz nada de ruim. Todas as palavras das conversas pareciam estar direcionadas a mim, por que eles me odiavam? Por que o mundo me odeia? Comecei a surtar numa megalomania paranóica a la NHK. “Será se é verdade como no anime? Será se existe realmente um plano em que todos estão fazendo parte, uma grande conspiração que quer me foder?”. Somando isso ao fato da minha amiga ter dito antes do notebook parar de funcionar que eu estava era esquizofrênico e pronto, comecei a pirar. Lembrei de um professor da universidade que gosto muito e que teve alguns problemas com esquizofrenia, como gosto muito dele comecei a bolar teorias sobre eu estar imitando a vida dele, imitando inclusive a esquizofrenia dele.

E se eu realmente estivesse esquizofrênico? Ia ficar nessa outra dimensão pra sempre? Eu precisava voltar, sabia disso, mas meu ânimo era insuficiente, todo mundo parecia me odiar, eu devia realmente ter esquizofrenia, devia ser a merda dum esquizofrênico que precisa dos outros pra tudo.

Passei então a ouvir a voz do meu pai colocando minha sobrinha pra dormir na outra sala. Todas as outras vozes sumiram, só ouvia ele e ela deitados na rede. A voz dele me dava uma sensação muito boa de segurança. Me deu forças o suficiente pra enfrentar a paranóia da esquizofrenia e tomar consciência de que eu estava naquele estado por causa das sementes e não por patologia. Ele cantava canções de ninar para minha sobrinha, canções que ecoavam por todo o universo.

Acho que foi graças a ele que o notebook voltou a ligar. Na verdade era como se a tela tivesse sido apagada e só voltasse a funcionar de novo a partir dali. Já estava cansado de viajar no tempo, de conhecer a verdade absoluta do liquido, os confins do universo, queria voltar pro terreno estável da maldita porca realidade cotidiana. Porém um empecilho surgiu: o cursor do meu mouse sumiu.

A sensação que tive era de que o universo todo já estava quase normal, com exceção do cursor. Seria esse o ultimo desafio da semente? A semente conversou comigo em alguns momentos, mas não lembro nada do que ela disse. Só sabia que ela estava me testando, exatamente como Castañeda comentou no “Don Juan – Erva do Diabo”, se ela me aceitasse eu teria seus poderes, se não, ela me torturaria toda vez que a usasse.

Eu teria que arrumar um jeito de fazer o cursor voltar, esse era o teste final da semente. Como? O problema do cursor é porque o computador ainda era minha única janela com o real, e sem cursor eu não podia controlá-la, apenas poderia dar alt+tab no tweetdeck e MSN.

Tentei me concentrar pra ver se o cursor voltava, e só nada. Então fiquei conversando com minha amiga no MSN, no intuito de ir me recolando mais ainda à realidade. Ela sugeriu que eu reiniciasse o sistema pra ver se o cursor voltava.

Compreendi isso ao pé da letra, até porque não dava pra reiniciar o notebook, já que estava sem cursor… tentei reiniciar pelas setas do teclado e tal, mas não aparecia o botão de reiniciar ou desligar. Meu corpo foi ficando pesado, pesado, pesado, enquanto eu tentava reiniciar o computador, então me encostei na cama e apaguei. Quando abri de novo os olhos estava tudo do mesmo jeito!

Eu reiniciei a realidade, meu sistema nervoso, tudo, e ainda estava sem cursor. Foi um longo percurso até recuperar o cursor, percurso esse no qual contei com a ajuda de outro amigo e o irmão dele que apareceram no MSN para me auxiliar. O Filipe tem certas experiências com o mundo místico, então ele me ajudou não só a recuperar quase completamente a sanidade, quanto me acalmou o bastante para que eu me sentisse seguro “do outro lado”, brincando de redesenhar a realidade.

Esse itinerário todo chamamos (eu, Davi, Filipe e minha amiga) de “A Saga do Cursor”, no qual eu consegui vencer o teste da semente com a ajuda deles, mas ainda não compreendi os poderes que ela pode dar aos seus iniciados. Ainda estou tentando assimilar as primeiras experiências para tirar o seu quilhão de sabedoria mística.

Passei uma semana estranhando o lado de cá da realidade e até hoje tenho lapsos de memórias perdidas desse dia. Foi uma experiência muito interessante e completamente natural. Nunca me senti tão satisfeito comigo mesmo quanto depois do uso dessa semente, melhor que muita parada química que já usei por aí e promete te transformar em um deus da psique. E o melhor de tudo, meu corpo não teve nenhum efeito colateral como cansaço ou fraqueza ou intoxicação, que alguns relatam terem tido.

Substância: Argyreia Nervosa (trepadeira elefante)

Duração: entre 6-8 horas

Nota: 9

 

Errata: Conforme observado pela leitora Rose, havia uma incoerência quanto ao comentário sobre a nota da potencialidade da substância. E por isso, o retiramos.

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35 Comments

  1. Rose

    12 de março de 2012 at 13:09

    Só ressalto que não adianta de muito colocar um disclaimer sobre a nota ao final dizendo que se trata “apenas da potencialidade da substância e não ao seu grau de diversão ou de “barato”” quando ela é dada justamente seguindo o parâmetro inicialmente refutado. Pelo menos que se retire o comentário acerca da nota, se o objetivo é manter alguma consistência com o aviso inicial.

    No mais, o relato está muito bem escrito, mas não é a experiência que vai iniciar alguém em coisa alguma. Sem a preparação minuciosa da psique, isso não passa de diversão fulgaz. Mas ainda consigo ficar feliz com o fato do autor não ter se dissociado irremediavelmente ao fim da experiência, pelo menos por ora.

    Reply

    • agrt

      12 de março de 2012 at 13:43

      Deixe-me discordar de você em um ponto: toda experiência é uma iniciação, se não em algo específico, é uma iniciação na própria experiência, o que pode ser mais interessante do que iniciações direcionadas.

      Reply

  2. Igor

    3 de abril de 2012 at 16:15

    Cara, ja tomei a sementinha do mal.
    Alias, tinha um pé dessa parada dentro da UNICAMP. A galera fazia a festa.

    O barato que tu sentiu é similar ao do LSD.
    Muito mesmo.

    A unica diferença nervosa do lsd pra essa semente é q a sementinha da uma dor de estomago da porra e ansia de vomito.

    Dai vc da uns arrotão e a parada passa. Ela produz muito gás no seu estomago, por isso a ansia e dor.

    Deve ter sido sinistro vc ter enfrentado tudo isso sozinho, um amigo meu tomou e dormiu e aí fiquei doidão sozinho, e é muito pior, vc pira muito mais locão sozinho.

    Por mais que você tenha pirado nessas idéias de espiritualidade e coisa e tal… tua viagem foi mto comum, e isso que é o mais legal do LSD, da psicodelia…ele te leva em buracos inexplorados da sua mente, te confunde, te deixa perdido, raciocinando sobre a sua existencia e coisas assim.
    Tendo idéias como essa sua de estar viajando no tempo, ou que os olhos sao sei la oq, é EXTREMAMENTE COMUM em um ponto da viagem vc ficar paranoico… tipo achar que estão falando de voce e pirar em uma bad trip, voce teve sorte, por que nao tinha ninguem pra conversar e essa bad pode acabar com tudo…po…isso eh normal de neguinho doido de acido e pirado num exoterismo. Quando se disvincula isso da espiritualidade, o negocio fica bem engraçado.

    Mas cara, olhando de fora…meio estranho um cara se mijando dentro do quarto, locão, mijando no note, com medo de sair do quarto, jogando as roupas pela janela…

    Toma cuidado com essas brincadeiras. Tem carinha q quando ja tem um pézinho na depressão, sindrome do panico…num volta mais!

    Reply

    • agrt

      3 de abril de 2012 at 21:21

      A semente não me deu dor no estômago, nem gás, apenas ânsia, mas uma ânsia facilmente controlavel e só por apenas uns 20 minutos, no máximo 30. Então acho que os efeitos dependem muito do organismo da pessoa.
      Quanto a “pirado em espiritualidade” e a trip ter sido “comum”, é meio complicado de se discutir. Quem disse que espiritualidade é algo excepcional? O místico/sobrenatural e sagrado nos cerca o tempo todo, nas coisas mais banais possíveis, então não são coisas “especiais”, o problema é que raramente damos atenção porque estamos ocupados demais com nossas “vidinhas ordinárias”. E Timothy Leary e Allan Wats já discutiam lá nos anos 60, porquê desprezar o místicismo dos psicodélicos só porquê é um misticismo facilmente palpável? A cultura ocidental vê as “drogas” como muletas pra insights criativos e místicos, por isso a odeia, vê como um atalho e por isso o despreza, é melhor 10 anos meditando, porque nossa cultura é pautada no trabalho+trabalho+trabalho, prazer e vida só depois… depois da morte. No entanto por outro lado não se recusa usar um carro, que também é uma muleta pra chegar a um destino específico, um atalho.
      Foi uma trip comum se comparada com outras experiências tão místicas quanto as minhas, a diferença são apenas meus referênciais de interpretação, nada mais que isso. “Mas foram viagens só mentais…”, ouras, e o que diabus do mundo “real” que não é só mental?Nosso cerebro é um processador de informações recebidas através dos sentidos, tudo passa pelo psicológico de alguma forma, então a viagem é tão real quanto qualquer outra coisa.
      E eu não mijei de verdade no quarto, ou mijei, mas em outra dimensão que não a que eu voltei… mas meu quarto não ficou mijado não.
      Não recomendo o uso das sementes a qualquer um, porque realmente é complicado controlar a paranóia e algumas visões, mas quem sou eu pra impedir alguém de fazer algo? Não impeço não, cada qual sabe o que faz da vida, nem que seja pra se foder… auto-iniciação tem esses riscos, é bem mais perigoso e divertido do que participar de grupos, seitas, etc, mas também caso dê certo dá um conhecimento de viés único pra pessoa.

      Reply

      • Igor

        12 de abril de 2012 at 15:12

        Valeu pela resposta! Fico feliz quando faço um comentario e o autor responde diretamente a mim!

        Valeu e entendi seu ponto de vista!

        Um abraço.

        Reply

        • cleiton

          12 de abril de 2012 at 21:37

          oh q massa ai sim , so nas experiencias, eu to no aguardo…

          Reply

      • Sementeiro Chico

        7 de dezembro de 2012 at 07:26

        As vezes da enjoo as vezes não, não depende do organismo da pessoa, depende do organismo da pessoa no momento. Consumo semanalmente, e tenha para vender no mercado livre para quem quiser plantar.

        Reply

      • Francisco Sertão

        7 de dezembro de 2012 at 07:36

        As primeira três experiencias que tive não senti nem dor , nem ânsia de vômito, nem cansaço, foi só alegria, mais depois não tem jeito, uma hora vai te dar um mal-estar, as vezes muito pesado. tenho a venda no ML, quem quiser cultivar!

        Reply

      • Natagner

        29 de abril de 2019 at 21:23

        Cara, tu é poeta? Falou muito e muito bem, parabéns por ver a realidade assim, que Jeová seja contigo, fica na paz

        Reply

  3. Paulo

    23 de maio de 2012 at 11:09

    Li por curiosidade,pois nao entendo como uma droga tao potente pode ser comercializada pela internet,quanto aos usuarios,vao trabalhar e procurar o que fazer,talvez tenham dado o rabinho e nem se lembram ,quando usaram essa porcaria,e dai o motivo por terem gostado kkk

    Reply

  4. ma

    6 de junho de 2012 at 21:29

    Primeira vez que tomei, deu as mesmas sensações de todos vcs, de enjoo no começo e depois uma sensação de saciedade eterna…uma felicidade que nao cabe, uma tranquilidade, tudo era lindo engraçado as pessoas eram bonitas e eu amava todos e nao conseguia parar de sorrir… no mesmo dia minha amiga tomou tbm porem pela segunda vez e passou muito mal vomitou muito e ficou com na bad..estavamos na faculdade e nao estavamos ligando muito para saber como era a verdadeira maneira de tomar…eu pensava como ela (minha amiga)podia ter tanto trauma de uma coisa tao boa tao intensa e tao do bem!!pois bem, quando EU tomei pela segunda vez, fiz errado..tomei antes de ir pra uma festa e isso nao é harmônico qnd se está vulnerável ela nao te da uma viagem da hora…eu tomei e nos primeiros momentos era demaiss… a mesma sensasão da primeira vez e acabei por tomar 5 delas depois….ah depois…. passei mal, meu corpo pesou, minha cabeça,meu pulmão parecia inchado e eu tive a paranóia de que nao ia mais conseguir respirar..loucura mesmoo!!tive unma viagem errada bad, comecei a ter medo de tudo, e sintomas de esquizofrênia…mania de perseguiçao e sentidos muito aguçados, tudo me assustava, qualquer baruhlo eu pulava…fui pra casa e continuei na bad…com muuuiito medo e viajem demais pro meu lado espiritual… hj nao seu se tomaria novamente… tive uma viajem que por certos momentos eu parecia estar tao lucida que era coisa real da minha mente e que realmente estavaa acontecendo, mais ao mesmo tempo vinha as risadas meio diabolicas…uma sensaçao horrivel como se eu perdesse o controle do meu corpo e principalmente da mente…acredito que a palavra que eu posso resumir para o que aconteceu nesse dia foi que nosso corpo fica totalmente VULNERÁVEL ao tomar essa semente como se qqr coisa tomasse conta do meu ser, coisas boas e também espiritoss ruins que se aproveitavam do momento para se manisnfestar e manifestar a AGONIA…acredito que tudo isso faz parte da bad errada, porém as vezes acho que foi tao real que nao sei se tomaria de novo…tudo depende do ambiente e da paz interior que vc se encontra… tomar em festas e ambientes pesados com certeza vc terá bad trip e medo de morrer!!!

    Reply

    • Renata

      3 de agosto de 2012 at 20:21

      Oi ma, sabe, eu penso q qdo tomamos esses alucinogenos, as nossas defesas do ego ficam rebaixadas por isso q os outros passam a ter acesso facil a nossa mente, nos atormentando. É como no sonho, nele não controlamos nada, o inconsciente acessa livremente a consciencia, sem censura da vigília. E imagina, já tomei chá de cogu e fui numa festa, meu, foi um dos piores dias da minha existencia, imagine tomar ARGYREIA e ir na balada, senti o seu pavor ao ler sua msg. Nossa parabéns por ter sobrevivido!

      Reply

  5. Nicolás Martinez

    17 de julho de 2012 at 17:14

    ja experimente essa viagem mais de tres vezez e nunca me deo dor de barriga nem injou, fiquei bem loco eu e outro camarada, mas nem imagino, nem loco tomar a semente e ficar em um quarto nao da meu irmao, e outra coisa as vez q usei sempre fumei uma bomba uma hora depois de comer as sementes, uma toxa e obrigado a ter pra o cara pira mesmo se afina de rii kkkkk tem q ter a toxaaa um basiado, se nao o efeito e fraco, nao tem futuro tem que ter o THC junto meu irmao , uma hora depois, de comer as sementes

    Reply

  6. Renata

    3 de agosto de 2012 at 20:07

    Olá pessoal. É o seguinte, o usde plantas enteogenas requer mt cautela alem de estar ao redor de pessoas experientes na trip pra te auxiliar caso vc mergulhe do fabuloso mundo das maiores bad trip possiveis: A DAS PLANTAS ENTEOGENAS. Já utilizei algumas vezes argyreia, mas preciso compartilhar mh experiencia mais recente, no qual substimei seu poder. Ingeri 25 sementes e tiv uma experiencia de quase morte. Obvio, delirio total, cisão da mente e corpo. Entretanto causei uma intoxicação no meu organismo (chama-se ergotismo, pesquisem a respeito). Meus batimentos cardiacos chegaram a 35pm, nao consegui mais me mexer, as veias do meu pulso desapareceram e em meu pensar, já estava me despedindo daqueles q amo e da vida. Tive um flash back, vi a mh vida desde a infancia com bm pouca idade, lembranças q nem sabia q tinha. Viagem sen sa cio nal, claro, agr q passou, posso avaliar assim, entretanto, na hora não foi tão legal! Transcendencia pura! Divino.

    Reply

    • Igor

      15 de agosto de 2012 at 17:52

      Renata, pelo amor de Deus meu amor.

      Vc deve quase ter se matado.

      Você já ouviu falar que a diferença entre o veneno e o remédio é a quantidade?

      Normalmente o pessoal toma 5 sementes dessa. E passa 8 hrs doido.

      VC TOMOU 25!!!

      Você ta querendo se matar???

      Ergotismo pode causar coma e morte. Fica esperta. SE é que deu tempo de vc ler essa minha msg.

      Puts… toma a parada mas com responsa.

      Reply

      • Renata

        16 de agosto de 2012 at 18:57

        Kkk é verdade, cara, foi mta bad, tenso! Eu sentia meu corpo parando de funcionar, e aí eu me entreguei mesmo, parei de noiar e pensei “qr saber? valeu, foi bom enqto durou. Tô indo nessa”. Foi nesse momento q eu tive a brisa total, parecia como se tivesse uma força me puxando pra fora, parecia q era a morte mesmo querendo me levar, extraindo algo de mim, uma força do peito pra fora. Nesse momento acessei um outro lado ae… q não conhecia até então…Nossa, isso foi mto louco. Acho que só não morri pq não quiseram me levar…

        E o mais pirado, o amigo q estava comigo teve a viagem de que nós já estávamos todos mortos e que haviam encontrado nossos corpos lá jogados.

        Eu tomei mto pq eu achava q essas sementes eram de uma especie menos potente da que eu já havia tomado.

        Pra vc ver né? Tem q tomar cuidado com isso ae…

        Paz e boa sorte pra nós!

        Reply

  7. hauanny rodrigues

    2 de janeiro de 2013 at 16:06

    Nossa nunca tive uma experiência assim, mais tenho vontade e medo ao mesmo tempo. Tenho medo de não voltar, minha cabeça já é uma viajem naturalmente.

    Reply

  8. cesar

    17 de maio de 2013 at 00:29

    Tomei essa parada e só me deu uma puta ânsia de vômito, das brabas mesmo. Tomei 4 sementes, nesse esquema de mastigar com suco. Só consegui ficar deitado o tempo todo, qnd começava a viajar no som q eu ouvia (Zombi), minha gata ficava me azunhando e cortando minha lombra. fechei a porta do quarto e ela ficava miando. Deixei ela entrar e interagi um pouco com ela, foi feliz nessa hora, mas o estômago continuava zoado. Qnd eu me levantava meu corpo meio que tremia, era estranho andar. Finalmente (umas 4 horas depois) a vontade extrema de vomitar foi se misturando a uma sensação de estômago vazio e ansiedade. Fui na cozinha mas não conseguia segurar as coisas direito, então peguei uma uva e comi. UMA uva. Deitei e 5 minutos depois fui no banheiro e vomitei brutalmente, mas muito mesmo. Voltei pra cama e fui voltando ao normal aos poucos. No outro dia ainda estava meio sequelado.

    Não recomendo a trip, pode ter sido a gata perturbando, eu ter tomado sozinho no escuro, não sei o que foi. Pode ter sido o pé-de-moleque de promoção (2 por R$2) que comi depois do almoço. Mas ânsia de vômito e sensação de intoxicação pra mim não é nada estimulante ou viajante.

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  9. Carlos pocivi

    24 de maio de 2013 at 12:51

    Cara muito interessante essa viagem sua gostei bastante . onde posso arruma essas sementes ?

    Reply

  10. Victor

    8 de julho de 2013 at 15:48

    Brother, muito louco sua viagem…
    Nunca tomei essa semente, fico admirado como você conseguiu se lembrar de cada detalhe.
    Eu particulamente, não me lembro de nada no outro dia. hehe

    Reply

  11. Gabriel

    18 de fevereiro de 2015 at 17:10

    Para o uso de plantas de poder como esta em questão, ou ayauhasca (ambos enteógenos), é importante que se tenha um objetivo sério, pois não é uma simples droga para “curtir onda” e sim uma ferramenta de elevação consciencial. Na verdade não posso dizer muito a respeito da agyreia (apenas sei da sua classificação como enteógeno), mas bebo ayahuasca em culto espiritualista há algum tempo e tenho logrado melhoras estrondosas na minha vida, principalmente no que tange o auto-conhecimento. Isso que vocês chamam de “bad trip”, nós chamamos de “peia” (chicote/castigo), que é um certo desconforto que, no caso de enteógenos, se trata de um trabalho de purificação/limpeza/expurgação (inclusive espiritual), cujo nível depende do merecimento de quem faz uso e, por este motivo, não achamos correto empregarmos do termo “viagem”. É uma visão do seu estado de espírito sob uma outra ótica, o que nos permite uma potencialização de nossas atitudes no sentido de melhorarmos-nos.

    Deixo claro que falo especificamente da AYAHUASCA, mas, como a classificação da AGYREIA é a mesma, não penso que os objetivos de sua utilização devam ser diferentes.

    Luz, paz e amor.

    garuen@gmail.com

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  12. Felipe Galvão

    13 de maio de 2015 at 11:54

    Puts, eu fui mijar no copo e resolvi mijar com mais liberdade, no final das contas mijei em toda a minha mesa; teclado, livros, coisas e etc… Ficou tudo mijado, parecia que eu batizei meus itens pessoais… Mas acho que valeu a pena, continuo não me importando… Depois lavei as coisas e tudo secou.

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  13. brayan

    10 de outubro de 2015 at 01:03

    Mano, eu tive uma experiência muito, muito, muito parecida com a sua quando eu fumei o meu quarto baseado. O meus 3 primeiros eu fumei com meu irmão mais velho e os amigos dele. A primeira vez eu só sentia uma vontade gostosa de pensar, uma leve dormência na boca e vontade de rir. Nessa primeira vez, eu ficava olhando fixamente pra algum lugar tentando imaginar coisas, eu queria tipo que guiar a brisa, eu não tava sentindo nada (só vontade de rir), eu queria ver alucinações, eu esperava que ia ser uma coisa muito mais louca. Depois desse dia eu comecei a pensar que os cara só fumavam pra pagar uma. Certo dia, eu comprei 10 reais de maconha e não fumei com os cara, eu levei pra casa. Daí, eu bolei um cigarro e esperei um dia que acordasse cedo pra fuma sem que meus coroas vissem (quase morri tentando enrolar direito, pois eu era um cabação com maconha kkkk). Eu fui pra garagem, acendi e tentei fumar o mais rápido possível (eu me sentia com muito receio, chegava a tremer de medo quando ia fumar maconha). Quando eu fui chegando no meio do beck, comecei a tossir muito, cada tragada descia queimando, eu só queria que aquela merda terminasse logo! Quando chegou na baga eu joguei fora, fui lavar a mão na torneira da rua e fui pro meu quarto. Mano, quando eu terminei aquele beck bateu uma onda muito forte na minha mente, meu subconsciente aflorou muito, tudo parecia um sonho lúcido. Eu entrei no meu quarto, peguei meus fones, botei uma música e um casaco (snoop lion – smoke the weed). Aquela música ficou muito, mais muito, mais muito linda! Eu dizia que o cara tinha feito a música chapado e que era a música perfeita pra viajar. Eu sentia todas as batidas passam como ondas pelo meu corpo, era tudo tão perfeito! Eu começava a rir sozinho, porque nem tava acreditando que era daquele jeito. Eu tinha uns pensamentos rápidos, e quando era um pensamento que era com fala, as palavras finais das palavras começavam a repetir em uma voz fina, e quanto mais eu pensava na palavra final, mais ela ia perdendo sentido e, por causa disso, eu esquecia tudo que tava pensando. Eu fechei os olhos e via umas imagem, era como o logotipo da Rede Globo e um bujão de gás, e essas imagens sempre passavam na minha mente com aquelas vozes falando palavras sem sentido (não eram palavras como a gente escreve, era como se fosse um outro idioma). Eu sentia todo o meu tubo respiratória que a fumaça passou e não sentia a minha boca, parecia que minha traqueia era minha boca. Quando eu saí do quarto para cozinha, saí para comer, mas parecia que não era eu que controlava meu corpo, ele se movimentava sozinho, eu entendi que a comida é necessidade do nosso corpo para sobreviver, e que nosso corpo sai automaticamente em busca de alimento extintivamente. Eu não sentia o meu corpo, o meu EU verdadeira tava dentro da minha cabeça, a minha consciência estava atrás dos meus olhos e não em meu corpo. Eu tinha concluído que há duas “brisas”: a agressiva, a mais calma e a realidade (essas duas brisas “agressiva” e “calma” são uma só, eu eu tinha a percepção que eu deixava uma brisa e entrava em outra. A realidade é a “segunda brisa”). Eu me sentia em uma outra realidade e, quando parava de viajar nos pensamentos, eu voltava a realidade. As músicas ficavam muito mais agradáveis, eu escutei um rap que gosto e na parte que dizia: “Esperavam um herói, eu não sou mais do que mortal. E se não tiver maconha meus domingo num é legal”, nessa parte, me batia uma euforia muito gostosa, eu tinha prazeres elevados a X1000000. Teve horas que eu tinha desaprendido o que significavam as palavras, elas pareciam que não faziam sentido nenhum, parecia que eu era um retardado que não sabia de nada. Eu não conseguia me controlar, a brisa é que me controlava. Quando entrava um vento pela janela, eu respirava fundo e ele parecia me purificar por dentro, eu comecei a apreciar muito mais a natureza. Eu sentia um tesão muito grande, muito bom. Quando eu coloquei um reggae nos fones foi a melhor sensação do mundo. “Agora eu sei porque as pessoa que fumam maconha começam a escutar reggae”, eu pensava comigo e sempre sorrindo. Eu olhei no relógio pra ver quantas horas tinham passado e quando virei o rosto e esqueci que horas eram, comecei a olha pro relógio e virar o rosto tentando desafiar a mente pra ver se ela lembrava. Fui pro meu quarto de novo, deitei, bati uma (kkkkkkkkkkkkk) e fui dormir. Meus pais levantaram e foram fazer o almoço, eles conversavam e pareciam que estavam falando mal de mim, parecia que eles já sabiam que eu tava chapado e que não queriam mais saber de mim. Me deu fome de novo, fui à cozinha comer um pão, eu fui varias vezes comer e eu sempre quase morria embuchado porque não tinha saliva pra ajudar a digerir. Quando fui comer outro pão ficava procurando a margarina que tava na minha frente, aí eu comecei a dá pala de chapado kkkk. Eu interagi com meu coroa pra tentar disfarçar que tava no meu mundo brisado, perguntei onde tava a margarina e ele me disse: “Não é essa aqui, que tá na tua frente? Tá ficando louco?”, essa frase me deu uma bad trip desgraçada. Eu passava pelos meus pais e ficava lembrando do momento que passava por eles, e começava a me perguntar se isso tinha acontecido mesmo, se eles tinham passado por mim. Eles falavam comigo e parecia que não tavam falando comigo, meu corpo que respondia pra eles. Eu ficava pensando “Me ajuda, corpo! Dá as respostas pra eles, porque eu to muito louco e vou falar merda. Me ajuda!” Passavam 10 minutos e parecia que tinham passado 20 minutos, passavam 20 minutos e pareciam passar 20 segundos. Eu pensava que todo mundo que fumava não sentia a mesma loucura que eu por conseguir falar com outras pessoas e eu não, eu não interajo com ninguém quando fumo, varia de pessoa pra pessoa. Essa loucura toda durou mais ou menos umas quatro horas. Aquele beck só podia ser abençoado porque foi a melhor maconha que já fumei! Eu acho que eu não devo reclamar das maconhas ruins que vem pra mim, pois fui presenteado por essa trip que eu acredito que é rara, eu até tinha visto meus braços dobrando de um jeito louco! Essas sementes eu quero ter também haha. Salve gurizada! Jah no coração!! 😀 Me adicionem no fb: Wesley Rodrigues 😉 E legalize!!!

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  14. jose felix de freitas

    7 de janeiro de 2016 at 11:58

    Cuidado com essa cimentinha. Mastiguei cinco e soh ainda estou vivo por um milagre, Pressao arterial foi para 24×12 durante seis dias . na UTI os medicos nao conheciam a substancia. Fiquei sem dormir todo esse tempo sem contar com uma fraquesa generalizada. Nada de viagem mirabolante.Cuidado!!!!

    Reply

  15. Jordana

    21 de setembro de 2017 at 08:56

    Oi pessoal, alguém sabe me informar quando as sementes estão boas para tomar? Vi em algum lugar que elas não podem ser novas(parece que não faz efeito).
    Adorei a sua viagem amigo, não sei se eu teria coragem de fazer isso sozinha ou dentro de um quarto com a minha família do lado de fora……medo de surtar ou sair com cara de psicopata e assustar a family…..rs
    Mas to doida para ter essa experiência em casa com meu marido e dependendo de como for vamos tomar num festival trance.
    Vc é corajoso e tem uma mente muito boa…vc sabe direcionar a viagem!

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  16. Teodoro Bertolozzi Mendes

    16 de outubro de 2017 at 21:32

    Pera, como vc fex um x, com 2 sementes em cada perninha, uma no centro, e deu 7 sementes? X tem 4 pernas, 4×2=8 , mais uma do centro, nove, foram 9 sementes ou vc construiu uma historia fictícia, quak o seu intuito? Nao sei.

    Reply

  17. Joniclebson

    9 de novembro de 2017 at 13:54

    Queria ler pra saber do barato mas toda essa merda mística me deu sono.

    Reply

    • Carla

      27 de fevereiro de 2018 at 17:26

      Em mim também, pricipalmente pq sou ateia, e se a semente é enteógena não vai me dar barato, já que em minha consciência deus nenhum existe, e as visões criadas durante as trips são justamente manifestações da nossa consciência sendo exteriorizadas.
      Além do mais a conta do numero das sementes realmente não fechou :’D … 4*2+1 o cara vem dizer q é 7… aí tu ta de sacanagem né LIAR! Mas vou tomar pq quero ficar loka e já eras. Se eu ver um Odin venho aqui falar esse xananá de mitos e deuses também.

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      • Agostinho Rodrigues Torres

        28 de março de 2018 at 17:54

        Porque eu mentiria sobre isso? Eu não faço ideia do porquê escrevi esses números, fazem MUITOS ANOS já, mas foi só algum erro de raciocínio na hora de redigir o texto mesmo. Faz muito tempo que não tomo a sementinha, mas um dia volto lá e bato o papo com Odin! =P

        Reply

  18. Lucas Santos

    15 de março de 2018 at 18:15

    Cara na minha primeira trip com argyreia tomei 4 sementes junto com mais 3 amigos meus , eu e o (zito)meu amigo que era dono da casa onde estávamos tomou 4 também junto comigo , ( disse a ele que so tomássemos 3 a dose comumente usada por iniciantes) mais tomamos a poha de 4 sementes kkk , no inicio da trip ela é suave essa sensação de compreençao , paz , zenitude e etc mais então ´´PAM“ eu virei e disse aos meus amigos -Como fui inconsequente. Naquele momento ainda estava sao sobre meus pensamentos (ainda estava atrelado a realidade) mais sentia o peso da da viagem que estava por vir
    Vou resumir a trip para ficar uma síntese simples , minha viagem vou uma montanha russa ora plenitude ora ansiedade e umas neurinhas mas suave a maior parte do tempo foi uma trip gostosa com meus amigos , alguns choraram , momentos emotivos , uma viagem amigável e gostosa ATE QUE eu e meus outros dois amigos tínhamos que ir embora da casa do zito , fomos embora e na rua topamos com um amigo nosso que iria com a gente para a casa do (jab) o amigo que estava comigo , infelizmente o nosso outro amigo (nai) teve que ir embora para sua casa , na rua com mano jab e (jb) que aviamos topado na rua , estávamos indo para casa de jab enquanto tentávamos explicar a trip na rua para jb que não havia participado da trip , não conseguíamos explicar fato a fato do que havia acontecido na casa do zito tentávamos explicar os fatos so que junto com os fatos as viagens estavam intrínsecas naquele momento , eu achei que não estava mais chapado (pobre de mim) chegamos na casa de jab e tudo estava estável ate no momento em que a minha mente começou a desconstruir tudo entrei em uma BAD e o pior eu nao enxergava , descontrui tudo e entrei em um estado de ansiedade profunda achando que nunca mais sairia daquele estado , isso estou contando de uma forma resumida foi uma bad de questionamentos intensos , durante a bad conclui que era totalmente burro e que estava em uma bolha gigante não enxergava a realidade de forma logica pensamentos totalmente distorcidos minha mente estava em desespero(uma crise de ansiedade braba!).Bom depois de ter parcialmente aceitado aquele estado , estava deitado no sofá da sala da casa do jab e por estar morto consegui dormir umas 2 horas acordei ainda com a sensação de panico (uma dor no peito horrível) por ainda não ter compreendido que tudo que eu tive era uma chapa e ainda estava meio chapado (achando que ia ficar com o pensamento destorcido daquele jeito) fumei um com meus amigos e aos poucos fui entendendo meu estado ainda com aquele Q de desconfiança , bom depois dormimos acordamos e tudo tinha que voltar ao normal porem amigos essa bad fez uma bagunça grande que se sobrepôs a godvibe entao conclui que foi uma experiencia ruim , apos esse epsodio a lama foi se assentando aos poucos porem hoje vejo que tenho pre disposição a crises de ansiedade (crises de panico) faz apenas uns 3 dias que me recuperei totalmente do quadro avia superado 90% dele mas só esses dias que fui entender minha crise de panico que durou acreditem 1 mês não foi uma crise intensa claro era uma mine crise ,por causa alguns questionamentos que estavam em minha mente ainda e so agora fui entende-los. Bom esse foi um relato sobre a bad espero que quem conseguiu ler ate aqui possa extrair algo de ultil ou pelo menos uma referencia kk

    Reply

  19. joa

    28 de setembro de 2018 at 13:44

    bom artigo porém em minha humilde opnião associar drogas com espiritualidade é meio atrasado em cara, tipico coisa de druidas fazerem em tempos antigos, davam cogumelos ou fungo de centeio para os pagão e as alucinações faziam achar q tudo era milagre, não esqueça: é uma droga

    Reply

  20. fox

    20 de dezembro de 2018 at 21:51

    putz, começou a botar religiosidade e misticismo no negócio e comprometeu, pra mim, todo o interesse e a finalidade desse texto.

    Sua subjetividade é sua, mas a gente tá aqui pela objetividade.

    Fic 2/10

    Reply

  21. Lucas

    25 de fevereiro de 2019 at 14:03

    “Me deitei de lado na cama, durante 30 minutos senti um enjôo bem forte, que sei lá como consegui segurar sem vomitar (se vomitasse a experiência estaria terminada ali mesmo)”

    “se vomitasse a experiência estaria terminada ali mesmo…”
    Por que?
    Sinto que não é bem assim!
    Sentiu enjoo porquê provavelmente não tirou a parte marrom da casca… Se você retirar não tem enjôo.

    E não, a sua experiência NÃO terminaria ali, muito pelo contrário.
    Como algumas outras substâncias psicodélicas, essa é uma espécie de limpeza de seu corpo, é um auxilio pra que seu corpo rejeite tudo aquilo que não lhe faz bem. Não é simplesmente ‘vomitar’, muito menos passar mal’, é uma limpeza e super faz parte do processo de expansão!

    Sua experiência seria ainda mais intensa, e digo por experiência própria.

    Reply

  22. Leo

    8 de abril de 2020 at 18:22

    Odin não ficou nove dias e nove noites na árvore?

    Reply

  23. Fernanda Nogueira

    19 de dezembro de 2020 at 23:39

    Como 4 sementes… já tinha bebido umas 4 cervejas… não aconteceu NADA… não tive sequer desconforto intestinal ou gástrico… vcs São MUITO sensíveis.

    Reply

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