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Nesse momento vocês já estão prontos para adentrar o cerne da Magia, que é efetivamente manifestar a sua vontade no Caos que o rodeia. Claro que estão prontos hipoteticamente, porque esse papo é o mesmo da carta zero do Tarot – o Louco: você nunca está pronto para isso. Lembra das provações que Indiana Jones enfrentou no final de A Última Cruzada? Lembra especificamente da última prova? Confiança de meter o pé no abismo e sair andando.

Magia é basicamente um salto no abismo e o primeiro passo é similar ao dado por Indiana rumo ao Graal. Por isso, esteja preparado. Existe ainda o que os ocultistas/magistas/místicos chamam de Ordálias. Ordália é o chamado juízo divino – depende do sistema de crença, no fim das contas – e consiste em diversas provas que servem como testes para saber a força de vontade de um candidato magista. No passado era uma prova judiciária que colocava nas mãos de deus o veredicto de um acusado, quando inexistia a plenitude de evidências: uma punição penosa era imputada a ele, caso fosse livrado (algo considerado milagroso), ele era considerado inocente. Simples assim.

Na Magia ocorre algo similar, mas a diferença é que ninguém físico a aplica de forma direta. Daniel, aquele profeta cheio de visões psicodélicas que tem um livro só dele na Bíblia, era um especialista em vencer ordálias. A mais clássica é a cova dos leões, assim como a fornalha de fogo que seus amigos enfrentaram. Você pode argumentar que alguém físico aplicou essas Ordálias, mas basta estudar por quais motivos elas foram aplicadas para sacar que não estavam diretamente relacionadas com a prática de magia. Aliás, o próprio nome Daniel – que significa “Deus é meu juiz – indica alguém que enfrenta ordálias em praticamente todo o café da manhã.

Para ser menos vago, ordálias são testes de diferentes magnitudes que rolam no melhor estilo Sincronicidade – ou, os Ecos do Universo. Sua mãe é autoritária e descobre que você tá mexendo com coisas de Satã e ameaça te expulsar de casa, seu patrão da Universal te demite após ver que você se interessa por esse papo de ser Mago, seu professor não vai com sua cara e dá zero no seu trabalho, seu mecânico faz um orçamento superfaturado, sua namorada te larga, seu HD queima e você não tinha backup, sua conta no Facebook/Twitter é hackeada, sua ex-namorada aparece grávida… acredite, tudo isso pode acontecer.

São testes e você deve enfrenta-los. Já li relatos de gente que se arrependeu amargamente por ter iniciado estudos ocultistas. Não estou dizendo que acontece com todos (alguns dizem que sim), tão pouco vou julgar a pessoa que o relatou pensando numa possível merda que ela fez. Só sei que isso é uma possibilidade bem forte, nem sempre bem vinda, e geralmente se tornando uma experiência profundamente pessoal e desgastante.

Sabe aquele papo de ouro no fogo duplica o valor? É bem por aí, amigo. Os mais pop têm o bom exemplo do filme Matrix. Dá pra sacar que a vida fora da Matrix é um negócio meio complicado, que começa desde o momento em que você é literalmente arrancado dela e jogado no limbo, onde é resgatado por um bando de monges superpoderosos. É mais ou menos isso.

O mundo (Matrix) te testa, as Egrégoras (conjunto de ideias) te testam, caso queira se meter numa Ordem, a Ordem te testa… você basicamente tá na merda, na Via Dolorosa. Mas o resultado compensa se tiver força de vontade e dedicação. Simplesmente não dá para pirar no estilo Cypher e pedir para os Agentes te levarem de volta, sua mente não aceita mais a programação. Você já despertou, não dá pra voltar a adormecer e acreditar “que esse bife que é um pedaço de programa de computador é absurdamente suculento”.

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Bom, passada essa parte do Eu te avisei, vamos ao que interessa. Como disse anteriormente, o Sigilo é a forma “mais simples” e efetiva de realizar um feitiço. Qualquer um que praticou os exercícios que passei anteriormente podem levar isso adiante. O grande segredo é utilizar uma linguagem que o Inconsciente entenda e possa colocar os fios do Universo ao seu favor.

A forma mais básica de fazer isso é com um Sigilo Pictórico. O primeiro passo é estabelecer o intento. Vamos supor que você tá a fim de ganhar uma promoção no trabalho. Eu recomendo o uso da palavra Desejo ou Vontade na formulação do intento. Aí ficaria o seguinte: “Desejo ser promovido no meu trabalho”. Seja o mais breve possível. Evite a todo o custo ficar na defensiva com intentos do tipo: “Não quero ficar estagnado no meu trabalho”, ou “Não quero ser demitido”. Não utilize palavras negativas.

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Com o intento pronto, corte as letras repetidas e forme um desenho meio artístico com as letras que sobraram – como a imagem acima, que catei na Internet. Aqui no caso a sentença ficaria assim: Desjorpmvinutablh, que parece uma palavra pagã arcana. Alguns ainda cortam as vogais, o que é válido se levarmos em conta o sistema judaico. O importante é você acreditar e colocar sua vontade no que você está fazendo, a ligação entre o símbolo e seu Inconsciente vai ocorrer normalmente. Sempre foque nos resultados. e isso vale para todos os exercícios e rituais mágicos: continue utilizando o que garante o melhor desempenho.

Com o desenho pronto, vem a parte divertida: lança-los no Caos. Todos aqueles exercícios que passei anteriormente eram unicamente para prepara-los para esse momento. Para colocar um Sigilo para mover o Universo para você é preciso estar em um Estado Alterado da Consciência chamado Gnose.

O modo mais simples é através do orgasmo. Como disse, quando se está parado assume-se a Posição da Morte, com a negação de todos os estímulos e pensamentos. Toda a sua energia pode ser focada em uma única direção – xamanismo, autoconhecimento, e o lançamento de feitiços – basta um pouco de treino. O orgasmo permite que qualquer um tenha seus décimos de segundo de Gnose sem esforço após momentos de prazer. Ele não é chamado de la petite mort à toa na França.

Para uma maior concentração, geralmente utiliza-se técnicas de Auto-Amor, ou a clássica punheta. Para isso, esvazie sua mente desde o início e concentre-se somente no ato físico. Quando chegar a hora de revirar os olhos, fixe o Sigilo na mente por alguns segundos. Se fizer tudo certo, o resultado virá.

Obviamente essa é a técnica de Gnose mais primária de todas, embora muito efetiva. Uma boa técnica é fixar o Sigilo naquele momento de confusão mental quando você acorda. Ou quando terminou de correr uns 40 minutos e tá morrendo de cansaço. Ou quando tá morrendo de medo ao andar na rua depois da meia noite. Ou quando está explodindo absurdamente de raiva. Ou olhe para ele incessantemente por uma hora. Descubra mais momentos interessantes de vacuidade mental, infelizmente só posso dar sugestões, a coisa toda é bastante subjetiva, mas você terá certeza que encontrou o método correto assim que estiver diante dele.

Com o Sigilo lançado, é hora do Esquecimento. Alguns dizem para você esquecer completamente tanto a técnica de lançamento quanto o desejo por trás do Sigilo. Eu digo que você não deve mais ter ansiedade por resultados, o que é mais correto. Conhece a conversa que você não encontra algo quando está procurando por ele? É assim que funcionam as coisas Não pense nos resultados, não pense que você fez mágica para alcançar aquilo. Simplesmente siga o curso da sua vida. Saia do Teatro da Magia, que vai funcionar.

Eu uso a técnica da Caixa do Esquecimento. Quando lanço um Sigilo, coloco ele dentro de uma caixa pequeno específica para esse fim (aliás, tudo na Magia deve ser específico para esse fim) e o guardo com outros vários sigilos. Depois coloco a caixa em um local bastante escondido. De tempos em tempos abro a caixa, e por uma técnica de oracularização – meditar olhando pro Sigilo – decido se jogo alguns dele fora ou não. Outros podem ser lançados novamente, o que os fortalece. Alguns recomendam destruir o Sigilo logo depois de lançado, mas comigo isso nunca funcionou muito bem, por isso a preferência por lança-lo mais de uma vez.

Aliás, jogar fora também é importante: coisas relacionadas com o elemento Terra (coisas físicas, como carro, casa, etc) devem ser enterrados, coisas relacionadas ao elemento Água (tudo que possui relação com sentimentos, como amor, alegria, etc) devem ser dispensados na água, e assim por diante.

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Alguns avisos importantes: a) no início da sua “carreira” de Merlin, peça coisas fáceis e que não queira urgentemente. Se estiver desesperado atrás de uma casa pra morar, não peça por ela que provavelmente não vai funcionar enquanto você aprende as técnicas de sigilização e principalmente de esquecimento e repressão da pressa por resultados. Pense que depois que mandou o desejo para o Caos, ele já está se realizando e você não precisa mais gastar fosfato para obtê-lo. b) Outro momento Eu avisei: às vezes a realização do desejo vem de formas um pouco inesperadas – e nem sempre agradáveis. Existe um caso quase lendário do cara que pede muita grana e a consegue… logo após o pai morrer e deixar uma herança pra ele. Ou o cara que pede um carro e não pode mantê-lo. Para vencer isso, seja mais específico na hora de escrever o intento e acrescente parâmetros que vão evitar surpresas desagradáveis.

Outros métodos de carregar sigilo além do pictórico envolve a criação de mantras. Por exemplo, a sentença Desjorpmvinutablh poderia virar Desjor pom vinuta bilha. Repita o mantra após assumir a Posição da Morte até sua mente entrar em loop e esquecer tudo ao redor.

Após alguns Sigilos lançados pode usar a criatividade. Quer tirar um inimigo do caminho? Faça um boneco de barro que represente o indivíduo, trace um sigilo nele, lance-o e depois esmague-o ou queime-o (não estou incentivando adentrar nesse campo de utilizar Magia contra inimigos, só dando exemplos).

Velas também são instrumentos mágicos muito efetivos. Trace um Sigilo na vela – utilize branca ou na cor correspondente a categoria de desejo que possui – vermelho para batalhas e potência sexual, amarela para o campo mental, azul para sabedoria, e assim vamos, vá dar uma pesquisada no Google. A dica é que nós mesmos fabriquemos nossos objetos mágicos ou os consagremos impregnando-o com nossas energias psíquicas. No caso das velas, pode utilizar azeite do tipo puro para encher a vela com suas energias, que serão conduzidas pelo azeite.

Desejos mais simples exigem uma vela do tipo palito. Algo mais complexo, pode ser melhor atendido com uma vela de sete dias colocada em um local apropriado – já experimentei em uma vasilha com sal e o resultado foi bom.

Importante: pegue seu Diário Mágico e seja científico e sincero quanto a resultados. Anote tudo, e não seja muito específico no momento de anotar o Intento por trás do Sigilo. Só anote o resultado final, quando tudo se resolver – acredite, mesmo esquecendo e repelindo a ânsia por resultados, você vai lembrar e associar a imagem ao resultado final.

Cenas do(s) próximo(s) capítulo(s): feitiçaria hardcore, armas mágicas, uma batelada de livros para vocês tomarem vergonha na cara e pararem de tentar aprender mágica através de um portal na Internet e toda a Filosofia por trás do funcionamento das técnicas aprendidas. Além de um feitiço para poder sutilmente controlar o tempo.

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No Comments

  1. Alberto (@poiatg)

    15 de abril de 2012 at 00:00

    Magia da punheta, nunca mais vou esquecer disso…
    kkkkkkkkkk…

    Reply

  2. Sr. ELton

    16 de abril de 2012 at 13:58

    Pelo que dá pra se notar (sigilos e posições de morte), embora você não tenha falado ainda, é que o sistema que você adotou foi o da Magia do Caos certo Felipe? No entanto essas praticas são o feijão com arroz pra qualquer magista, ou seja, deve ser praticado todo dia independente do sistema mágico escolhido né?

    Reply

    • Filipe Siqueira

      16 de abril de 2012 at 21:37

      Sim, o sistema que uso na maioria dos casos é o do Caos, que se comporta como uma espécie de meta-sistema, que faz uso de muitos conceitos relegados a segundo planos por outros sistemas e ordens, como a Feitiçaria e o Xamanismo.

      Com exceção dos Sigilos como apresentei no texto, as outras práticas são comuns e iniciatórias a maioria dos Sistemas, principalmente os mais modernos, calcados na Psique humana. Recomendo Sigilos pela resposta rápida e pela pouca complexidade envolvida no processo, embora, como todo ritual, possui uma curva de aprendizado poderosa.

      Quanto mais pratica, mais eficaz se torna. Por isso recomendo esse sistema que passei até mesmo para os que irão adotar qualquer outro sistema futuramente, pois ele te coloca no que chamo de Teatro da Magia, além de, ao mesmo tempo, tornar os rituais como parte integrante da vida do Magista. É uma dicotomia interessante e difícil de ser equilibrada e a Magia do Caos ensina isso muito bem, principalmente pelo foco em resultados.

      Reply

  3. Diego Santos Seabra

    18 de abril de 2012 at 15:06

    Achei muito interessante a forma como você abordou os sigilos. Já tinha feito um deles uma vez sem muito conhecimento de Magia e deu muito certo (um sigilo de cura na verdade).

    Meu sigilo se direcionava a minha avó, onde eu coloquei nele a minha intenção de que ela se curasse e através de concentração consegui manifestar minha vontade e acabei sentindo a presença do meu EU inconsciente e da minha alma tomando conta do meu corpo sem que eu percebe ao certo o porquê…

    Bom, posso até estar falando besteira aqui, mas sei que fui muito bem encaminhado (acho q por mim mesmo) até chegar a um nivel bem interessante de concentração e consegui o resultado, que foi a cura de uma doença de minha avó.

    Daí vem a minha pergunta:

    – O magista pode fazer entrar em uma concentração profunda e ver a si mesmo? E pode o EU inconsciente dele ajudar a si mesmo? Igual aconteceu no meu caso? Ou tudo que aconteceu num passou de imaginação minha?

    Desde já agradeço…

    Abraços…

    Frater Aerion

    Reply

    • Filipe Siqueira

      19 de abril de 2012 at 21:47

      Diego, na verdade é exatamente isso que geralmente acontece. Bom, tudo depende do sistema que analisa o fenômeno. No sistema thelêmico, por exemplo, Crowley diz que somos poeira estrelar, o que significa que estamos identificados com um astro e temos uma “consciência” em diferentes dimensões. Nossa consciência mais avançada e pura (na esfera de Kether, na Kabbalah) é o que se convencionou chamar de Sagrado Anjo Guardião.

      Outros sistemas enxergam esses agentes de ajuda como anjos literais – entidades separadas – ou espíritos de luz. No fim, é o que os caóticos tanto gostam de frisar: o Universo não pode ser descrito em nenhuma linguagem na sua totalidade, deve ser experienciado.

      Você teve uma grande experiência e deve se focar nela e no método que o levou a chegar nela. Obviamente é importante – e extremamente divertido – tentar descrever como são as engrenagens que fazem tudo funcionar, mas não deve-se prender demais nisso.

      Ou seja: pode ter sido você (Eu chamo de Inconsciente e estou satisfeito com essa descrição psicológica), uma energia impessoal, um pacote de informação, um espírito de luz, a consciência do Universo, o Tao, e por aí.

      Quanto a ver a si mesmo, esse é um dos objetivos básicos da Magia e o verdadeiro Autoconhecimento. É a jornada iniciatória, feita por caras do naipe de Jesus, Elias, Moisés… isso só pra ficar nos exemplos bíblicos, onde eles jejuaram por 40 dias em um deserto.

      Existem meditações e técnicas para se alcançar resultados similares, como o Sefirat ha Omer (que infelizmente já começou, então só ano que vem).

      Reply

  4. Joelma Alves

    18 de abril de 2012 at 15:40

    “uma batelada de livros para vocês tomarem vergonha na cara e pararem de tentar aprender mágica através de um portal na Internet “, agora você falou tudo! Eu penso nisso sempre, onde estão os livros onde as pessoas aprendem essas coisas…
    Quando você falou das Ordálias lembrei daquela vez que o Voz do Além perdeu o emprego porque alguém viu alguma página do twitter aberta, sei lá. Isso foi uma ordália pra você?

    Reply

    • Sr. Elton

      19 de abril de 2012 at 11:12

      Têm muitos livros por aí, você pode encontra-los fazendo uma pesquisa rapida pelos “autores classicos” da Magia, como o Crowley, ou Papus, G. O. Mebes ou o O. O. Spare e dentre muitos outros. A Madras e a Pensamento são ótimas editoras de livros relacionados ao assunto, embora eu tenha procurado alguns livros lá na Pensamento e a grande maioria que me interessou, esses dos autores mais clássicos, estavam esgotados, mas ainda assim você pode achar com certa facilidade esses livros nas livrarias da vida…

      Reply

      • Joelma Alves

        19 de abril de 2012 at 12:48

        Obrigada pelas dicas, vou procurar. =)

        Reply

        • Filipe Siqueira

          19 de abril de 2012 at 21:52

          As indicações do Sr Elton foram bem boas e estão dentro das que pretendo indicar em um dos últimos textos dessa série.

          Então, na época não chegou a ser uma Ordália… bom, se foi, me beneficiou, pois me colocou em um caminho muito melhor, com emprego melhor e em casa. Acho que encarar uma provação numa ótica otimista faz parte da superação.

          Fiz aquele exercício de regressão consciente, de anotar os fatos que creio que me levaram até aqui (vocês acham que Eu passo exercícios que nunca fiz, é?!) e percebi que se não tivesse sido mandado embora de lá, provavelmente não estaria em São Paulo, nesse momento, que tenho certeza que é meu lugar no momento.

          Reply

  5. Sr. Elton

    19 de abril de 2012 at 12:32

    A proposito, lembrei de uma matéria do Morte Súbita que é uma verdadeira mão na roda pra quem quer saber um pouco sobre livros Ocultistas

    http://www.mortesubita.org/alta-magia/magia-cerimonial/23-livros-essenciais-sobre-magia/

    Reply

  6. Pedro

    20 de abril de 2012 at 04:55

    Lembro de ler algo envolvendo formas de enviar o sigilo para o caos (ou seria somente energizar o sigilo?) que envolvia derramar algo seu nele. Suor, esperma, saliva, até mesmo o próprio sangue. Isso procede? Inicialmente não consigo ver relação.

    Reply

  7. João Gabriel

    20 de abril de 2012 at 05:56

    Filipe ! Olha eu aqui de novo. Estava pensando no Sigilo e na sua essência enxerguei algumas utilidades para ele, e gostaria da sua opinião sobre.

    De cara me pareceu um método mneumonico super potente (fiz um sigilo com as 5 leis de Kant para a logica e não esqueci mais) Porem gostaria da sua opinião quanto ao usar um sigilo só pra lembrar algo (deveria adotar algo que caracterizasse e separasse um sigilo mneumonico dos outros sigilos que terão outros efeitos?)

    Outra questão, um Sigilo que dialogue com o inconsciente e catalize estados mentais. por exemplo, quero ficar alerta para estudar com total eficiência, faria um sigilo que me remetesse a esse estado mental e praticaria ele (visualização, mantra, ou colocar ele no ambiente aonde eu estou sugerindo ao meu inconsciente que aquele lugar deve impor aquela condição mental)

    E por ultimo, um sigilo que destranque capacidades mentais ou corporais (partindo do pré suposto que existem capacidades que são limitados pela nossa doutrinação logica) e como faríamos um pedido desse ao inconsciente.

    Espero não estar incomodando meu rapaz. Obrigado pela atenção =)

    Reply

    • Filipe Siqueira

      21 de abril de 2012 at 01:08

      Não é incômodo, João… o debate é sempre importante, até para Eu aprender também, obviamente.

      Vamos aos questionamentos: não vejo necessidade de separação desse tipo de Sigilo mais “psíquico”, mas se você gostar de fazer assim ou sentir necessidade, sinta-se à vontade. Meu conselho é: foco nos resultados.

      E sim, Sigilos são ótimos como canalizadores de energia. Também uso o Tarot com essa finalidade, de servir como um portal para invocar emanações psíquicas. Já utilizei um Sigilo para energizar meu Ajna Chakra e funcionou muito bem – e creio que isso responde as suas duas perguntas.

      Outra: se você deseja obter SEMPRE o mesmo resultado (ficar alerta, por exemplo), utilize um Sigilo. Mas se os seus resultados são mais subjetivos (obter inspiração, melhorar sua intuição), utilize um Servidor, que é muito mais efetivo para esse propósito.

      Resumindo: Sigilos trabalham com resultados específicos, e Servidores com trabalhos de longo prazo, com mais do que uma etapa. Não sei se fiz me entender.

      Para ativar habilidades inatas, mas “abafadas” pelo chamado Censor Psíquico (dá uma googlada que o Peter Carroll tem um texto bom sobre isso), é só ter um pouco de criatividade. Algo assim: “Desejo ativar minha intuição”, e trabalhe-a que o Sigilo se encarregará do resto.

      E Sr. Elton, o Sigilo é exatamente isso: um gatilho mental, mas com um raio de ação nos bastidores, já que ele é capaz de agir “a distância”, com intentos muito mais sutis do que simplesmente ganhar dinheiro ou obter coisas. Leia a parte 2, em que falo dos sistemas mágicos pra entender um pouco melhor.

      Reply

      • Filipe Siqueira

        21 de abril de 2012 at 01:20

        Um exemplo desses Sigilos Mnemônicos (curti o nome) é o Clavícula Nox, criado pela ordem Dragon Rouge, que representa a zona do limiar entre consciente e Inconsciente. Dá uma pesquisada para entender melhor e ver o Sigilo.

        Reply

  8. Sr. ELton

    20 de abril de 2012 at 11:20

    Esa questão do João é boa, eu nunca tinha pensado em usar um sigilo assim, para conseguir algo de mim mesmo, sempre vi sigilos sendo usados para conseguirmos coisas do “exterior” e não de nós mesmos, se bem que de certo modo se eu faço um sigilo com o intento de ganhar mais dinheiro, creio que não foi o sigilo em si que me deu mais dinheiro, mas sim que ele me ajudou a que eu mesmo fizesse isso por mim…
    É como se o sigilo fosse um gatilho mental ou algo do tipo de certo modo… (?)

    Reply

  9. Diego Santos Seabra

    23 de abril de 2012 at 12:01

    Olá novamente Filipe! Gostaria de saber uma coisa q vem me incomodando desde que comecei a estudar magia…

    Vejo que quando começo a estudar um sistema mágico (hermetismo, magia do caos, etc) eu me desvio do mesmo e sempre procuro outro… E isso faz com que eu fique mudando de sistema e não conseguindo aprender magia direito…

    Peço uma dica:

    – O que posso fazer para parar de ficar mudando de sistemas e ficar em um só e qual sistema você me recomenda?

    Ass.:

    Frater Aerion

    Reply

    • Filipe Siqueira

      24 de abril de 2012 at 00:20

      Bom, Diego, tenho dois conselhos para você.

      Se planeje em todos os níveis. Às vezes o planejamento excessivo pode ser maléfico para os estudos por ser limitador, mas no seu caso pode ajudar. Selecione livros e horários para estudar. Como você parece não querer se fixar em um só sistema, dê uma intercalada nos livros e se foque em áreas da Magia. Por exemplo, estude banimentos, depois rituais de Magia Astral de diferentes sistemas, depois defesa psíquica, e por aí vai.

      E procure Sistemas mais dinâmicos, que não se firmem em uma única coisa, como é o caso do Thelemita e da Magia do Caos, que servem mais como meta-sistemas mágicos. E sempre, sempre anote o que aprendeu, selecione o que mais gostou, etc. Eu creio ser fundamental para você aproximar a Magia de você como individuo e te dar a capacidade de selecionar o que melhor serve para você.

      Reply

      • Diego Santos Seabra

        26 de abril de 2012 at 06:57

        Muito obrigado! Foi de grande ajuda! ^^

        Reply

      • Diego Santos Seabra

        27 de abril de 2012 at 19:42

        Filipe… Você frequenta um grupo de Magia do Caos? Existem esses grupos no Brasil???

        Abraços…

        Frater Aerion

        Reply

  10. Alberto

    23 de março de 2013 at 16:13

    Não precisa ir muito longe pra saber que existe um Ser Supremo controlando todas as coisas. Você precisa meditar quem é esse Ser, e não ficar com firulas sistêmicas e vazias sobre ocultismo. Jesus é um Deus que se fez homem pra salvar -nos de nós mesmos. Não há outro caminho. Tomara que naquele dia onde todos prestaremos contas você esteja do lado direito dele. Se você é um exímio estudioso, vai no mínimo estudar com diligência a revelação à luz da bíblia. Não há outro livro que possua profecias que vem se cumprindo através dos séculos.

    Reply

  11. Michele

    30 de setembro de 2013 at 15:57

    Filipe, primeiramente quero dizer que seus textos, desde o início, são ótimos. Me fizeram entender coisas que eu achava serem outras bem diferentes. Tenho só 15 anos e não sei se essa é uma idade boa para iniciar em Magia, mas é o que eu quero e enfim, talvez não tenha um padrão de idade, certo?
    Porém, há um problema que carrego que acho que vai me atrapalhar muito: tenho desde pequena terror por coisas sobrenaturais, medo demais e tenho medo de ficar perturbada com tudo isso, mesmo querendo aprender. Você que entende muito melhor que eu, pode me dizer se é um problema que vai me impedir, se é bobagem minha querer fazer Magia? Ou eu posso reverter essa situação e perder o medo, e se houver uma forma, como fazer isso?
    Espero não receber críticas, e obrigada desde já, você já está me ajudando bastante com os textos.

    Reply

    • Sayron

      1 de outubro de 2013 at 09:32

      Michele acho que será mais fácil tirar as suas dúvidas dentro do nosso fórum exclusivo para debater essa temática:

      http://forum.mobground.net

      Reply

      • Michele

        1 de outubro de 2013 at 13:39

        Obrigada, vou entrar já no fórum

        Reply

  12. cleber alves

    14 de março de 2014 at 19:35

    No periodo de 4 anos ocorrerão 4 situaçoes que eu almejava. Tive muita paciencia não fiquei ancioso e me dediquei para alcançar estes objetivos. Será q de alguma forma pratiquei tal magia.

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