Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Qualquer fã de quadrinhos, em algum momento da infância, já quis colocar uma capa e sair voando por aí, ou se vestir de morcego e combater o crime. E Batman: Arkham City é o mais perto que podemos chegar de realizar tal façanha. Sim, porque em nenhum outro jogo de super-herói eu tive a sensação de realmente ser aquele personagem. O game mais recente do homem-morcego é simplesmente fantástico. Não que Arkham Asylum já não fosse um jogaço, mas nessa continuação, com um bairro inteiro de Gotham City para explorar, a sensação de ser o Cavaleiro das Trevas é muito maior. Lógico que o cenário ainda não é tão grande quanto um GTA ou Red Dead Redemption, mas mesmo assim dá pra passar horas apenas explorando os vários cantos da super-prisão. E sempre tem algo novo para se descobrir, seja um prisioneiro político precisando de ajuda ou símbolos estranhos que dão pistas sobre um novo vigilante. Com tanto espaço para ser explorado, o Cavaleiro das Trevas ganhou novos e interessantes movimentos. O primeiro nem chega a ser um novo movimento, mas sim a ampliação de um que já existia no primeiro game: a habilidade de planar utilizando a capa. Em Arkham City, o recurso é muito mais utilizado e com a ajuda do bat-gancho é possível atravessar a cidade toda sem precisar colocar os pés no chão. Sem contar que o homem-morcego também pode se pendurar nos helicópteros que sobrevoam a prisão. Na hora dos combates, Batman também mostra algumas novidades, como a possibilidade de acertar até três inimigos de uma só vez. As lutas parecem ainda mais reais e bem coreografadas neste segundo game. Talvez a grande novidade nesta continuação seja a possibilidade de jogar com a Mulher-Gato em determinadas partes. Apesar de não ser obrigatório jogar com a ladra (já que ela é considerada um DLC), ela acrescenta bastante à história e fornece uma nova jogabilidade. Enquanto Batman é pura força bruta e aguenta várias pancadas antes de cair, a Mulher-Gato depende mais da sua agilidade e furtividade. Apesar disso, o combate com ela consegue ser tão divertido quanto com o Homem-Morcego, já que os movimentos dela são bem diferentes, permitindo combos sensacionais. Além disso, alguns personagens (como a Hera Venenosa) só aparecem no cenário da Mulher-Gato, mostrando mais uma vez que ela não deveria ser um DLC. O jogo começa com Batman invadindo Arkham City para investigar quais são os verdadeiros planos de Hugo Strange para a super prisão. Não demora para que ele encontre o Coringa (que está debilitado devido à fórmula Titan que ele usou no primeiro game) e as coisas comecem a dar muito errado, com o herói sendo infectado pelo próprio sangue do palhaço. Como se não bastasse, o Coringa ameaça infectar a cidade inteira caso o homem-morcego não encontre uma cura para ele. A partir daí, o que vemos é um Batman muito mais violento e agindo no seu limite para investigar a prisão, enquanto busca uma cura para a sua condição e tenta salvar toda Gotham de ser infectada pelo Coringa. A história do jogo é interessante, deixando o jogador no escuro quanto a quem é o principal vilão da trama e trazendo algumas reviravoltas inesperadas. O roteiro também é eficiente ao mostrar a relação do Batman com certos vilões, como o Bane, Pinguim, ou o Senhor Frio (por quem ele demonstra um certo respeito e piedade pela situação da sua esposa). Além disso, os roteiristas mostram coragem ao matar alguns personagens importantes da franquia do homem-morcego. Até mesmo o Charada (???) ficou muito mais interessante em Arkham City, deixando de ser apenas um bando de troféus a serem recolhidos. Desta vez ele sequestra alguns policiais de Gotham e Batman deve resolver os enigmas para poder salvá-los. Ainda que a procura desses enigmas se mostre cansativa depois de certo tempo, o fato de salvar inocentes deixa tudo muito mais empolgante do que no primeiro game. Mantendo a fórmula simples do primeiro game (aperte quadrado para espancar os inimigos) e ampliando consideravelmente o cenário, Batman: Arkham City é não apenas o melhor jogo do personagem, como um dos melhores jogos baseados em super-heróis. Infelizmente, ainda não foi dessa vez que pudemos pilotar o Batmóvel (isso já foi tentado sem sucesso na época do PSOne), mas poder planar entre os prédios da cidade procurando por criminosos é diversão garantida mesmo após o término do jogo. Batman: Arkham City Produtora: Rocksteady Games Plataformas: PlayStation 3 e Xbox 360 Nota: 10