Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Motoqueiro Fantasma 2 era um filme que eu não estava dando a mínima esse ano. Não assisti trailers, não vi fotos e praticamente nem li as notícias sobre o filme. Mas como o filme estreou por essas bandas e eu estava sem nada pra fazer nesse feriadão de carnaval, resolvi ir assistir essa bagaça. Principalmente depois de lembrar que ela foi dirigida por Mark Neveldine e Brian Taylor, os mesmos que dirigiram Adrenalina, um dos filmes de ação mais divertidos dos últimos anos. Mas nem isso salvou a bomba que é Motoqueiro Fantasma – Espírito de Vingança. O filme consegue ser tão ruim quanto o primeiro, ou até pior, se é que isso é possível. Pra começar, a história do filme é besta, basicamente o Motoqueiro deve proteger uma criança filha do demônio que pode causar a destruição do mundo. Em troca disso, um padre beberrão promete livrar Johnny Blaze do seu alter ego demoníaco. Além da história manjada, o filme sente a falta de um vilão realmente interessante e que faça o público torcer para que ele seja derrotado. Impressiona como em nenhum momento a história consegue empolgar e prender a atenção do espectador. Em várias partes eu me peguei pensando em outros assuntos tamanha a falta de empolgação proporcionada pela história. O roteiro fraco poderia ser relevado se Neveldine e Taylor fizessem direito o que eles fazem de melhor: cenas de ação. Mas nem elas chegam a empolgar muito. A primeira aparição do Motoqueiro Fantasma, por exemplo, se limita a repetir coisas que já tinham sido mostradas no primeiro filme, como o herói despedaçando vários inimigos com suas correntes. Na verdade, apenas duas cenas são realmente empolgantes: uma perseguição na estrada e quando o Motoqueiro mostra o seu poder de transformar qualquer veículo em um veículo infernal. A verdade é que este segundo filme parece ter sido produzido apenas para vermos caretas e mais caretas do Nicolas Cage. Não me lembro de vê-lo tão louco em nenhum outro filme. E o pior é que essa loucura toda é usada apenas como Johnny Blaze, enquanto o Motoqueiro Fantasma praticamente entra mudo e sai calado do filme. Os outros atores então nem se fala, todos muito sem graça e apenas compondo elenco pras esquisitices do Nicolas Cage. Pra não dizer que nada se salva no filme, o visual do Motoqueiro Fantasma está muito bacana, com a jaqueta parecendo que acabou de sair de um incêndio e o crânio flamejante muito bem feito. Mas isso, junto com o visual da moto, é tudo que o filme tem a oferecer de bom. Se você for um fã dos quadrinhos do personagem, passe longe de Motoqueiro Fantasma – Espírito de Vingança. Mas caso nunca tenha lido uma HQ dele e goste de filmes de ação, também fique longe dessa bomba porque existem opções muito melhores por aí. Os próprios Neveldine e Taylor já fizeram filmes bem mais divertidos, como Adrenalina e Gamer. (Nota da edição: Cai entre nós, o autor do texto queria é gastar seu dinheiro. Afinal de contas, qualquer infeliz saberia e sabe que esse filme não presta. Só restou agora o espírito de vingança no coração dele!) Ghost Rider: Spirit of Vengeance (EUA, 2012) Direção: Mark Neveldine e Brian Taylor Duração: 95 min. Nota: 3