Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Por Matheus Laneri e Thiago Chaves A CCXP – Comic Con Experience se intitula o maior evento nerd da América Latina (e se bobear do mundo), e não tem como duvidar disso. A edição deste ano, que aconteceu novamente no São Paulo Expo, contou com uma agradável novidade: o espaço estava muito maior do que em 2015. Quem foi no ano passado com certeza percebeu a nítida diferença logo de cara, com um espaço considerável para circular feito um ser humano normal, ao invés de um cenário parecido com a Estação Sé às 18h. O Artist Alley (ou Beco dos Artistas) recebeu o respeito que merecia, com os artistas dos quadrinhos espalhados de maneira que os fãs podiam circular normalmente e formar filas de maneira sem se amontoar um no outro (na maioria dos casos), e em uma decisão bem inteligente, ficando bem no meio do evento, fazendo com que os fãs circulassem por ali e prestigiassem o trabalho desses homens que ajudam a manter uma indústria que todo mundo gosta (por causa dos filmes), mas que todo mundo caga. Não vou mentir que esse é o espaço que eu mais curto, pois considero ele a essência do evento, afinal, a CCXP começou como um evento de quadrinhos e só depois foi expandir para algo muito maior (e que atrai cada vez mais público), por isso vou falar um pouquinho mais dele. Em toda CCXP era possível ver o desfile de cosplayers que não paravam de passar em nenhum momento, um dos grandes charmes do evento. Como esperado, a Arlequina marcou presença em maior número, mas tinha cosplay de tudo quanto é tipo. Abaixo estão alguns, mas AQUI NO NOSSO FACEBOOK vocês encontram toda cobertura fotográfica que o Chaves fez por lá nos 4 dias! No Beco, pude conversar com diversos artistas nacionais, como Amilcar Pinna (futuro desenhista de Generation X), Ig Guara (Pet Avengers), RB Silva (Amazing Spider-Man), Pablo Casado (Mayara & Annabelle), Hector Lima (Mulheromem), Camilo Solano (Desengano), Luciano Salles (Limiar: Dark Matter), Thobias Daneluz (Zoom), Raphael Fernandes (Apagão), entre outros. Obs: Nós fizemos algumas entrevistas com o pessoal dessa área. Fiquem ligados que em breve um especial em vídeo nosso irá ao ar. Os gringos marcaram presença com nomes de peso, como Bill Sienkiewicz (simpático e gente boa), Alan Davis (infelizmente mal humorado e cobrando para autografar gibis) e Mark Farmer, Paul Pope (que só apareceu na sexta, mas deu show de simpatia), Eduardo Risso (atendeu todos os fãs), Yanick Paquette (uma injustiça o pouco movimento ali, mas foi muito solicito), Simon Bisley (peguei um sketch com ele no estande da Comix) entre outros. Um Duas Caras e uma foto com o gênio Paul Pope @comicsdestroyer Uma foto publicada por Matheus Laneri (@matheuslaneri) em Dez 2, 2016 às 11:05 PST Ontem eu realizei um enorme sonho ao encontrar esse monstro da arte e ainda pegar um autógrafo dele. Obrigado, Bill Sienkiewicz! Uma foto publicada por Matheus Laneri (@matheuslaneri) em Dez 4, 2016 às 5:36 PST Simon Bisley fazendo um sketch do Lobo pro Chaves A Chiaroscuro Studios manteve a tradição e ficou com um espaço de destaque no evento, e levou nomes de peso como Frank Quitely (show de simpatia), Brian Azzarello (precisa aprender a sorrir e descobrir os prazeres da vida), Ivan Reis (gente como a gente) e muito mais. Um ponto a se destacar é a completa falta de organização na hora de pegar os autógrafos do Azzarello e Quitely, onde os funcionários distribuíam senhas, mas praticamente qualquer um conseguia pegar a assinatura dos caras, com senha ou sem ela. Com certeza isso merece ser melhorado no ano que vem, ainda mais com a Chiaroscuro sendo uma das sócias da galera que organiza a CCXP. Mauricio de Souza dando autógrafos Os stands das editoras e lojas de gibis também receberam um carinho especial, ganhando espaços maiores, com destaque para Eaglemoss, Panini e Comix. A Panini estava oferecendo descontos em seus encadernados, e a Comix também. Aliás, a Comix organizou diversos mini eventos com os quadrinistas assinando os gibis ali no espaço da loja, aproximando ainda mais os artistas dos fãs. Alan Davis, Simon Bisley e Mark Farmer no estande da Comix Lojas menores como a Liga HQ e Comic Hunter também marcaram presença, vendendo encadernados e gibis a preços convidativos. Particularmente não comprei nenhum gibi das lojas, mas aproveitei para dar uma passeada por elas, e tava tudo beleza. Fora do mundo dos gibis, tivemos stands variados, de filmes, séries, e até marcas não muito ligadas ao evento em si, mas que deram um show de simpatia e descontração. A HBO dominou a atenção dos fãs com Game of Thrones e Westworld, o primeiro com uma exposição e o famoso trono, e o segundo com um boneco realista mostrando o processo de fabricação de robôs da série. Pode ter certeza que um vídeo do boneco mergulhando no líquido e voltando a superfície deve ter pipocado no seu Instagram ou Facebook (postamos na Mob, também). A DC e Marvel deram uma pequena decepcionada com as exposições de suas séries e filmes, onde não tinha muito o que fazer além de tirar fotos de estátuas dos personagens. Faltou uma emoção e conexão maior com os fãs. Um espaço que era praticamente impossível de visitar tamanha a comoção, era o das estátuas dos Cavaleiros dos Zodíacos. O grande destaque eram as 12 armaduras dos Cavaleiros de Ouro, fazendo com que as pessoas reagissem como o público da Beyoncé diante da presença da cantora, com pessoas gritando, tirando fotos sem parar e se amontoando em uma cena que lembrava bastante a fila do Bom Prato. Fora do mundo nérdico, destaque para os stands da Faber Castell (rolava batalhas de desenhos) e da Mundo Fini (que distribuía doces para a galera, e ainda tinha Youtubers). O resto não me chamou tanta atenção pra ser bem sincero. Tinha até barbearia esse ano por lá, mas quem vai pra CCXP pra cortar cabelo ou algo parecido? O estande da Netflix estava ainda maior nessa edição e por lá rolavam várias atividades, como por exemplo, um painel de luzes da série Stranger Things onde as pessoas tinham que decorar as sequências de letras que piscavam para ganhar prêmios. Havia também uma exposição de roupas e acessórios de suas produções originais e salas temáticas como a da série 3%. Mas um ponto negativo que vale destacar é o famigerado karaokê, que voltou com tudo no sábado e domingo, prejudicando e muito os artistas do Beco próximos a região e também aos fãs que não conseguiam interagir com eles. A organização, caso mantenha esse karaokê bisonho que não agrada a ninguém, além dos desafinados que por lá cantam, devia ao menos não colocá-lo perto dos artistas que pagaram um valor alto por suas mesas. A Netflix também trouxe diversos artistas internacionais para essa edição, mas seus painéis eram bem restritos. Nós mesmos não conseguimos nos credenciar para nenhum (assim como para os da HBO e Marvel). Mas o Chaves teve uma grande sorte, quando circulava pelo evento. Ele encontrou ninguém menos que James Gunn na sua frente no estande da Saga e aproveitou a oportunidade para tirar fotos do mesmo e inclusive, fazer um high five com o diretor de Guardiões da Galáxia, que veio divulgar o segundo filme na CCXP. High five com James Gunn, diretor do melhor filme da porra toda, Guardiões da Galáxia! #ccxp #vaiserepico #marvel Uma foto publicada por Thiago Chaves (@chavespapel) em Dez 3, 2016 às 12:49 PST Filas e transporte Bom, aqui um inferno e uma surpresa agradável. As filas estavam em toda parte: para entrar em estandes, lojas, banheiros, painéis (o povo madrugava para participar deles pra vocês terem idéia), fila para tirar foto com cosplay, fila para tirar foto com artista…um verdadeiro inferno. Pior que fila de metrô no horário de pico pra recarregar o bilhete. Eu (Chaves) me recusei a pegar toda e qualquer fila, principalmente se fosse uma fila quilométrica apenas para entrar na loja, como na loja temática do Harry Potter. ¬¬’ Já o transporte foi uma grata surpresa para nós. Haviam ônibus disponíveis partindo da estação Jabaquara para o evento durante o dia inteiro (ida e volta). O único problema era no final do dia, onde acumulavam muitas pessoas para pegar o mesmo e novamente filas enormes se formavam, mas os ônibus partiam lotados um atrás do outro. Eu (Chaves) particularmente optei sempre por ir andando até o metrô, pois muitas pessoas faziam o mesmo e o caminho era tranquilo. Alimentação E precisamos falar sobre a parte do rango. Ah, a parte do rango… Assim como todos os setores do evento, a parte da alimentação também ganhou mais espaço (e opções!) para o público escolher o que comer. Mas certos preços eram pior que encochar a mãe no tanque, tinha uma loja lá que tava cobrando 16 reais em um cachorro-quente. Meu amigo, por esse preço eu compro gibi, né? Mas tudo bem, tinha um restaurante self service que salvou o rolê inteiro. Espero que ele esteja lá ano que vem. A Comic Con Experience 2016 firmou cada vez mais o Brasil no mapa do universo geek (ou nerd, fica a seu critério) e com certeza é o maior da América Latina. O espaço maior na São Paulo Expo ajudou bastante para uma experiência melhor para o público, mas ainda tem pontos a serem melhorados em todos os sentidos. Se mantiver a evolução deste ano pro anterior, com certeza a edição 2017 será ainda melhor. Estamos desde já ansiosos para acompanhar a edição de Recife e a de São Paulo.