Há um ano, se você viesse perguntar minha opinião sobre compartilhamento – no sentido de distribuição digital gratuita -, eu lhe diria que era coisa de preguiçoso. Ou pior, coisa de pão duro/muquirana/canguinha. Pra mim, quem não levantava a bunda pra ir a um cinema ver um filme – ou uma locadora de vídeo que fosse -; ou a uma banca de jornal e/ou comic shop comprar um gibi, era por que tinha sérios problemas. Nunca me passou pela cabeça que talvez o compartilhamento fosse a única saída pra muita gente adquirir esse tipo de cultura. Sim, eu sou egoísta, qual ser humano não é?

O engraçado é que usei, durante muito tempo, dois pesos e duas medidas. Achava o fim da picada quem baixava um seriado, eu era daquelas que por muito tempo comprei Box Original, em dia lançamento, pagando cem, cento e cinqüenta reais. Mas nunca fui capaz de dar cem reais num jogo original de Playstation. Podia comprar um DVD por trinta reais? Sim, porém em álbuns musicais dei por um tempo, mas depois do Napster e afins, eu desencanei mesmo deles e baixava tudo. Então ficávamos assim: eu podia comprar todos os jogos de Play piratas do mundo e enriquecer o marreteiro da Santa Ifigênia, podia baixar toda a discografia do Johnny Cash por torrent, mas outra pessoa não podia ler um scan de gibi ou baixar um filme. Era muito fácil pra eu agir assim, sempre tive acesso a muita coisa. Certa época, eu tinha todos os filmes que queria ver (de graça, na verdade me até pagavam pra isso), dinheiro suficiente pra comprar minhas séries, e acesso a todos os gibis que saíam no país, mais um bom número de importados. Então, se você não podia, foda-se.

Até que as coisas mudaram bastante pra mim. Saí de São Paulo sem muita coisa e vim para o Rio Grande do Sul. Tudo o que eu tinha era uma mala e um notebook. Por só poder carregar 23 quilos em vôos domésticos, tive que me desfazer da maioria dos meus DVDs e gibis. Queimei coleções inteiras e TPs importados em sebos por que não tinha mais o que fazer com eles. Vendi muita coisa pela internet, dei alguns de presente. Enfim, estava me livrando do peso extra. Os mais de estimação consegui enfiar na mala – tirei dois ou três casacos pra isso, estou passando um pouco de frio aqui. Ok, uma mala, um notebook e um quarto de hotel com sinal wireless. Comentei que tinha pouco dinheiro? Pois é, tinha pouco dinheiro… e sem TV no quarto, minhas opções de distração pré-sono ficaram meio reduzidas aos DVDs que eu já tinha visto várias vezes e os gibis que já tinha decorado.

Certo dia eu tive vontade de ver um filme. Mas vinte reais no cinema não era algo que eu podia gastar naquele dia. Locadora? Nem pensar, eles não aceitam quem não tem endereço fixo. Abri o Google e comecei a pesquisar. Pra vocês terem idéia, em pleno 2010, eu não fazia idéia de como baixar um filme ou episódio de série. Como colocar legenda? Torrent ou link direto? Sites bons pra isso? Codecs? Tive que aprender tudo. Fazia as perguntas mais estúpidas no Twitter. Comecei com um filme, dois, três, fiz uma lista imensa de tudo que queria assistir; passei pras séries, fechei temporadas inteiras por torrent, meu pendrive agora vive cheio de episódios (My Name is Earl, Assassin´s Creed: Lineage e Band of Brothers, no momento). Estou tirando o atraso de tudo que deixei de assistir. E eu não sou preguiçosa, muito menos pão-dura, eu só não tenho mais acesso fácil a esse tipo de coisa. É fácil criticar o compartilhamento quando você não precisa dele. É fácil falar que é catrevagem quando tudo cai no teu colo.

Gibis são um caso a parte, não por eu ser contra o compartilhamento deles também, mas é por que realmente eu não me adapto a ler na tela do computador. Mas nem todo mês me sobra dinheiro pra gibi, então não tem jeito: tenho que apelar pro scan.

Não sou a favor da pirataria, eu sei que todos os joguinhos de Play2 que eu comprei no camelô alimentaram o crime organizado, assim como um tênis falso, uma bolsa, qualquer coisa. Eu sou a favor do compartilhamento, do P2P, do cara que tem a boa vontade de scannear um gibi, de traduzir uma série, de perder tempo pra que gente como eu tenha o que fazer antes de dormir.

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No Comments

  1. Zé da Fiel

    8 de fevereiro de 2012 at 14:52

    Falou bobagem. Serio. Se tu não tem dinheiro pra consumir algo, tu não pode dar um jeitinho e consumir esse algo de maneira ilegal. Não pode ter como desculpa
    “eu não tenho dinheiro” e “isso não e roubo por que afinal oque estou fazendo é apenas compartilhar arquivos digitais”

    “O dono nem ficar sabendo” ou “Essa industria já ganhou muito e então é justo que eu posso roubar dele um pouquinho ”

    Por mais que essa discussão pareca tenha um viés revolucionário, e não tem, oque esta acontecendo é que as empresas que durante anos criaram conteúdo e tiveram seu produto roubado, copiado e distribuindo sem que seus criadores recebessem oque lhes é de direito.

    Hora na recente reformulação da DC que se propunha vender gibis digitais houve os compartilhamento de arquivos,SCANS, ué? Já que tinha uma versão digital e ela era mais barata, porque então houve compartilhamento ilegal de conteúdos que podiam ser adquiridos legalmente? Gente internetica em sua maioria usa o discurso de “é como se eu tivesse emprestando um vinil ou um livro que eu comprei a um amigo.

    Não é igual. Mas essas pessoas querem assistir Lanterna Verde sem pagar o ingresso na bilheteria. Se as pessoas não pagarem o ingresso do cinema como a produtora vai pagar o Ryan Reinolds?

    Tá legal, não foi um bom exemplo.

    Não conheço nenhum gibi online de graça legal.

    Alias não conheço nada legal de graça. Sabe oque é de graça? A praça perto da tua casa. O HopiHare, não. Nem o Beto Carreiro World ou mesmo o Playcenter.

    Um monte de coisas legais, como a dublagem clássica de Jornada nas Estrelas se perdeu nessa brincadeira, que poderia ter sido evitado se as pessoas se dispusessem a pagar por aquilo que outros produziram.

    Reply

    • Rui

      8 de fevereiro de 2012 at 21:47

      Ah, sobre não conhecer nada bom que é de graça… Talvez seja o local onde você mora.

      Em São Paulo por exemplo, sem um puto no bolso só vai ser ignorante se você quiser. Existe uma grande quantidade de iniciativas para permitir acesso gratuito ou muito barato a cultura, o verdadeiro problema é as pessoas se interessarem ou terem conhecimento sobre isso. Mas ai já é outra discussão.

      Se ainda dúvida, visita por exemplo o site do Centro Cultural São Paulo. Cinema, Teatro, Música, HQ, Literatura… E ainda tem uma galera descolada…

      Reply

    • Igor

      9 de fevereiro de 2012 at 01:21

      Não conhece nada legal de graça porque nunca teve o trabalho de procurar. A internet está cheia desse tipo de conteúdo.

      Reply

      • Zé da Fiel

        9 de fevereiro de 2012 at 16:53

        A internet tpa cheia de coisa de graça roubada de alguém que produzio. Ler scan de graça é roubar da editora que paga pro Jim Lee desenhar e pro Warren Ellis escrever. Se esses caras acharem que ganham menos do que precisam vão procurar outra area de trabalho.

        As series em torrent são roubadas da canal que as produzio que investio e quer retorno. Se não der o retorno esperado não vão produzir outra serie dispendiosa igual LOST.

        Gosta de “Restart”, “Cansei de ser Sexy” e “Latino”? Bom, porque esses artistas tem em comum serem crias da internet ao contrario de Bully Corgan que recebeu uma grana e participação nos lucros e escreveu todas as musicas, tocou todos os instrumentos e produzido o album duplo mais vendido da historia “Mellon Coolie and the Infinites Sadness”.

        Consegue ver a correlação entre o “de graça” e oque demanda dinheiro pra ser feito?

        Reply

        • Igor

          14 de fevereiro de 2012 at 00:15

          Eu estava me referindo a conteúdo legal, seja ele distribuído gratuitamente pelo artista que fez o material ou que tenha caído em domínio público. Não precisa roubar de ninguém para ter coisa boa e de graça.

          Reply

        • Igor

          14 de fevereiro de 2012 at 00:27

          E, na verdade, o HIStory do Michael Jackson é o álbum duplo mais vendido da historia.

          Reply

          • Zé da Fiel

            14 de fevereiro de 2012 at 09:54

            Igor. Quando de seu lançamento, Mellon Collie and Infinites Sadnes do Smashing Pumpings se tornou o album duplo mais vendindo da historia.

            O history foi lançado dividido, primeiro saiu o disco I e depois o disco II, portanto não vale pra contagem, além do que após a morte do Michael Jackson os discos dele voltaram ao top ten de vendas.

            Olha que loko, o relevante é os discos terem voltado ao top ten “de vendas” e não ao tpo ten de downloads ilegais de torrent

  2. Joelma Alves

    8 de fevereiro de 2012 at 18:42

    Me lembro até hoje quando descobri que existiam livros pra baixar na internet! Na época eu não tinha um puto pra comprar um livro, tudo que eu consumia relacionado a literatura era emprestado de bibliotecas públicas.
    Foi quando eu estava lendo um texto do Paulo Coelho que descobri o termo P2P. Em um dia eu nem sabia o que significava isso, no outro eu li livros Paulo Coelho, das Séries Harry Potter, Crepúsculo e Fronteiras do Universo.
    E se não fosse por um escritor, eu teria demorado bem mais tempo para descobrir essa maravilha da internet.
    O engraçado é que agora, com a explosão de blogs literários, eu vejo pessoas que até pouco tempo eram a favor dos sites que digitalizam livros falando mal dessa prática. Mas o que é melhor, a pessoa não ter acesso a leitura ou baixar livros da internet?
    Hoje a maioria dos meus livros são comprados, mas não tenho como gastar mais de R$ 500 pra comprar a Série A Torre Negra ou conseguir todos os livros da Série Darkover, por isso recorro a um excelente site de livros digitalizados, o PDL.
    Como você disse, é muito fácil condenar alguém que usa o p2p quando se está ‘fofo na grana’. Imagina alguém que ganha salário mínimo, tem família e tudo mais pagando R$ 80 em um livro! Daí ele encontra alguém que compartilhou esse livro na internet, mas não pode ler porque é crime? Sério, crime é trabalhar o mês todo e ganhar menos de R$ 600!
    Usei o exemplo dos livros pq é o assunto que ‘entendo’ melhor e já tinha opiniões formadas…

    Reply

  3. Rui

    8 de fevereiro de 2012 at 21:39

    Zé da Fiel, o que você disse no começo do seu comentário só me faz pensar que você é alguém que não conhece o mundo além do seu próprio umbigo:

    “Se tu não tem dinheiro pra consumir algo, tu não pode dar um jeitinho e consumir esse algo de maneira ilegal. Não pode ter como desculpa”

    O que você quis dizer? Que a grande maioria da população Brasileira (para utilizar como exemplo) deve se contentar com o que é VOMITADO em cima dela maquiado como Cultura (entenda isso como a nossa televisão aberta), já que não terá dinheiro para a cultura “exclusiva” por que em está “fofo na grana” (como dito no outro comentário)?

    É preciso pensar mais no próximo, no que não tem condição e acesso a cultura… Amanhã pode ser você garimpando torrents no Pirate Bay para assistir um filme/série que gosta.

    Encare como uma crítica construtiva por favor…

    Jenny, parabéns por deixar de ser egoísta, o seu pensamento é exatamente o que deve ser alcançado nesta questão…

    Essa bucha ai tem que ser jogada na mão dos governos, para permitir que todos tenham acesso à Cultura de maneira igual. Só dessa forma a pirataria só vai existir para os oportunistas… que ai sim poderão ser chamado de “criminosos”…

    Reply

  4. Zé da Fiel

    9 de fevereiro de 2012 at 16:45

    É engraçado ver como é nossa classe media, pedante, prepotente e arrogante.

    Sou quase o exato esteriotipo de corinthiano? Sabe oque isso significa? Que moro na periferia e sou fudido e mal pago.

    Se divertir em São Paulo sem dinheiro. Tipo oque? Jogar RPG na gibiteca Henfil. Fiz isso, era uma bobagem à 15 anos e continua sendo uma bobagem agora. Assistir show de graça no Sesc interlagos, tipo “Tribo de Jhá” ,”Plante e Raiz”, “Maria Gadú” ou “Jane do Bandolim e Banda Miado de Gato “. Não dá pra min, minha praia é Rock e eu não fumo erva.

    Trabalho desde os catorze anos. E sou leitor costumas desde os seis comecei com gibi do Pato Donald, mas dos “100 livros pra ler antes de morrer”. já li 46. Gosto de Bernald Cornwell, R. R. Martin, Robert Ludlum e Stephen King e isso sendo casado, com dois filhos e ganhando DOIS SALARIOS MINIMO. Sempre compro livros na Saraiva, parcelando em seis vezes no cartão.

    Esse negocio de compratilhar deveria ser em casos de obras que não tivesse a opção no mercado. Show do Iron Maiden no estadio do morumbi 2011. Ou, filmes do Jerry Lewis com dublagem classica.

    Engraçado que nessa de compartilhamento são sempre evocadas que obras culturais deveriam ser distribuidas de graça, mas o cara não baixa “Os Miseraveis” e “Crime e Castigo”. O cara quer baixar todas as tempradas de LOST, Supernatural ou Greys Anatomy. A discografia do Metallica quer ler de graça é “Senhor dos Aneis” o ultimo livro do “Crepusculo” ou Playboy da Lindsey Lohan.

    Reply

  5. Fabian Journal Society

    9 de fevereiro de 2012 at 22:15

    Como a maioria dos materiais distribuídos em sites de compartilhamento assim o é na vida real; poucos sabem desfrutar de Buñuel, Truffaut, Sthendal, Hitchcock ou Dashiell Hammett; seja na vida real ou no universo online; mas conto um caso que ocorreu comigo para ilustrar meu pensamento: havia um boa locadora aqui em minha cidade que possui um dos melhores acervos do Brasil, ocorre que parte do acervo eram de filmes em VHS. Por quê? Por que os detentores do direito de distribuição exigem que, para fabricar cópias em dvd são necessários um mínimo necessário, na época 10 mil cópias. Isso mesmo, senão o filme, por melhor que fosse ficaria restrito ao limbo do cinema esquecido. O que fez a locadora? Ela alugava o filme em VHS e emprestava como brinde uma digitalização em DVD. Mas um infeliz, para não dizer outra coisa, denunciou a locadora que pagou multa e suspendeu o empréstimo. Essa é a merda de mundo que se vive, onde uns divulgam cultura e outros querem que a gente assista a merda de todo dia.
    E mais: para quem não sabe, essa industria do cinema nasceu pela pirataria. Quando se inventou o cinematógrafo, era preciso pagar royalties de seu uso, sendo que o grande Thomas Edison era contra seu uso irrestrito. Daí alguns caras, como Griffith, Fox, Warner, Goldwyn entre outros foram de NY para o Oeste e fundaram um lugar que ficou conhecido como Hollywood e ão pagaram nada pelo uso da máquina de filmar. Então, sugiro que aqueles que são totalmente contrários ao compartilhamento que estudem história, pirataria e quebra de patentes antes de fazerem um angu de senso comum da grande mídia.

    Reply

    • Zé da Fiel

      10 de fevereiro de 2012 at 20:16

      A historia é repleta de ocasos fortuitos advindos de acontecimentos violentos e hediondos ou então progresso inesperado e benéfico saídos da criminalidade ou da ilegalidade simplesmente .

      A questão não é essa, quero apenas lembrar que uma parte importante desta discussão está sendo ignorado é que tratam os downloads de arquivo como se fossem o compartilhamento de ideias de um blog. Como se por exemplo estivéssemos debatendo qual Indiana Jones é o melhor (obvio que é o A Ultima Cruzada) e que pra ilustrar usássemos trechos dos filmes. Oque ocorre é que sites tem post filmes, livros, series, musica e gibis inteiros pra baixar e ganham porcentagem pelo números de visitas e os anúncios exibidos nas paginas.

      Propriedade intelectual de outrem. Alguém que compôs, desenhou, escreveu ou produziu. Vamos lembrar que o @dicasblogue saiu do ar durante um tempo por causa de uma contenda iniciada contra os “kibadores”, caso esse que repercutiu em uma centena de comentários no referido blog. Engraçado que as pessoas querem uma internet livre de taxas e de direito intelectual, mas isso em relação a filmes, series, musicas, livros e gibis que demandaram dinheiro de uma grande industria mas no tocante as ideias, palavras espalhadas ao vento digital querem primazia?

      Se for isso tem que me explicar de uma maneira mais didática que eu sou ignorante, tá ligado.

      Reply

  6. Alessio Esteves

    13 de fevereiro de 2012 at 18:27

    Mandou bem, Jenny!

    E lamento pela falta de visão do “Zé da Fiel”, mesmo ficando feliz por um curintiano ser leitor e saber escrever.

    Reply

  7. Gustavo Luchi

    23 de fevereiro de 2012 at 03:48

    Essa história de pirataria pagar o tráfico é bobagem, pelo menos aqui em Porto Alegre. Eu conheço gente que vendia DVD pirata, jogo pirata… Eram pessoas normais que decidiram tomar proveito de uma brecha no mercado, onde existiam pessoas interessadas nos produtos mas ninguém para vendê-las pelo preço cabível. Fora as pessoas que conheci pessoalmente, as que vi pelo centro da cidade se encaixavam nesse perfil.
    “Historicamente, o primeiro dispositivo legal brasileiro sobre a matéria [direito autoral] veio com a lei de 11 de agosto de 1827.” *
    Sobre o que Zé da Fiel disse, há inúmeros estudos que comprovam: quem mais consome conteúdo “ilegal” são justamente os que mais gastam comprando os mesmos. Há a preocupação com a retribuição de boas obras.
    O que falta ver é uma mudança no mercado. Não se cobra mais por conteúdo, podendo ser ele redistribuído sem custo; se cobra por serviço. É por este motivo que o STEAM faz tanto sucesso; é por isso que bons filmes continuam tendo grande audiência no cinema; é por isso que as bandas que tocam de verdade, estão firmes, porque tiram seu sustento pelos shows!
    Quem mais reclama é a indústria, são as gravadoras, aquelas que ganhavam a maioria dos lucros; aquelas que monopolizavam a indústria e que perderam espaço para bandas independentes que conseguiram emplacar justamente por essa onda do compartilhamento. É um processo natural, como a autora falou… Os poderosos não conseguiram aceitar a mudança e acabam por, em vez de se adaptar, lutar com todas suas forças contra um processo irremediável.

    *http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1621

    Reply

  8. Gabriela

    24 de maio de 2012 at 22:26

    Acho bacana vc ter saído do seu mundo de ilusão, pq achar q todos possuem poder aquisitivo pra consumir cultura é ilusório, sim!
    Realmente em Sampa, há mtos lugares bacanas de graça, mas já passei por épocas q só de pensar no transporte já causava um ônus na minha conta 😀 E os compartilhamentos me salvaram. Evito comprar coisas piratas, mas compartilhamento é comigo, faço com frequência e q me prendam por isso!!! 😀

    Reply

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