Nessa sexta-feira 13, coincidentemente também é o Dia do Rock, resolvemos pegar os nossos editores e elencar suas cinco bandas de rock favoritas e consideradas por cada um como indispensáveis na vida das pessoas, seja lá qual vertente seguir, o que importa é ser ROCK!!

Conhecendo um pouco dos malucos que aqui escrevem, não esperem por Restart, Detonautas ou Charlie Brown Jr. Vocês verão bandas indies, metaleiras, melancólicas, mas tudo das melhores safras possíveis. Espero que curtam e aproveitem esse deleite musical!!

Vou começar com a minha lista, feita com muito esmero e carinho:

1 – System of a Down

Falem o que quiser, mas ainda hoje acho a banda mais fodástica que circula pela face da Terra. Com letras críticas e recheada de subversão, mostram o lado podre da politica e da sociedade. Quem conhece a banda pós-MTV deveria ouvir os discos anteriores (System of a Down, Toxicity e Steal This Album!), você conhecerá uma outra face do SOAD.

2 – Raimundos

Por que Raimundos?

Porque é uma lenda do Rock Nacional, talvez o último grande representante do Rock de Brasília e as suas letras falam de muita putaria, sacanagem e zoação. Só isso já seria um bom motivo, mas a pegada hardcore faz toda a diferença, criando um som único. Pena o Rodolfo ter virado crente, talvez ainda teríamos eles conosco.

3 – Van Canto

Van Canto é umas das poucas bandas boas que conheci recentemente graças a uma viagem a São Paulo. Uma mistura de guitarras, baterias, baixos e canto à capela consegue te levar a um clima fantástico, onde você quer participar urgentemente de uma campanha de RPG e fatiar orcs e elfos. Lembra meus tempos de fantasia medieval jogando como bardo!

 4 – Metallica

A banda da minha adolescência, além de me ajudar a manter recordações do passado, foi o que me direcionou para os gostos musicais atuais. O heavy metal puro, na essência do fim da década de 1980 e começo da 1990. Duvido que alguém não conheça, mas não posso deixar de recomendar!

5 – Velhas Virgens

Jeitão escrachado, letras de alto cunho sexual seguindo uma batida de blues. Isso resumi Velhas Virgens. Fora que o Paulão (vocal) é uma figuraça. Se gosta de putaria, cachaça e música no melhor estilo Nelson Rodrigues, ouça. Garanto que vão gostar.

Agora uma menção honrosa aqui para o Tenacious D, banda formada por Jack Black e Kyle Gass. É quase uma peça teatral os shows deles. Fantástico! Se puder, assista ao filme deles Tenacious D in The Pick of Destiny.

Vale ressaltar que eu colocaria nessa lista Foo Fighters, Matanza, Queen, Muse, Ramones e mais um monte, mas sei que serão citadas aqui, então não vou ficar sendo repetitivo e vamos a lista do restante dos editores!

A lista feita pela Beatriz Paz foi um pouco mais longe:

1 – Two Door Cinema Club

Indie rock pode ter sua parcela eletrônica e não é só pra galera anoréxica que não lava o cabelo! Esses meninos sabem fazer indie rock dançante, divertido e com letras contagiantes. A música gruda na cabeça e o visual mauricinho/preppy boy dá um destaque nesse estilo que é conhecido pelo look Strokes.

2 – Franz Ferdinand

Uma das minhas grandes paixões. Os caras estouraram com “Take Me Out” e foi graças a eles que bandas como Two Door Cinema Club ganharam espaço na cena do Indie Rock britânico. As letras não podem fazer lá muito sentido, mas não deixam de ser incríveis. Se você não conhece, corre pro youtube, grooveshark ou Soundcloud da vida e escute!

3 – Queen

PRECISO FAZER COMENTÁRIOS? E sim, é a banda que toca “We are the Champions” e “We will rock you”, e sim, o falecido vocalista Freddy Mercury virou meme.

4 – Juliette & The Licks

Essa banda é pra quem acha que ator não faz música boa. Muito pelo contrário, Juliette Lewis marca o som rock sujo da banda com a sua voz rasgada e potente. Sem falar é claro pelo figurino incrível, gritante, não convencional e pelas performances frenéticas. A banda acabou em 2009 depois de dois cds mas vale apena escutá-los.

5 – The Virgins

Descobri recentemente essa banda através da minha melhor amiga (Giovanna sua linda) e já apaixonei. Com um indie rock tranquilo e animado, essa banda te obriga a dançar, mesmo que seja sentado na cadeira no escritório. São recentes no cenário mas não significa que não sejam bons.

O Felipe Storino, com a sua humildade de sempre acha que devemos ouvir isso:

1 – Ramones

Três (às vezes quatro) acordes eram tudo que os caras precisavam para fazer rock. Em uma época em que solos de guitarra de cinco minutos eram coisa normal, os Ramones mostraram que qualquer idiota como eu ou você pode montar uma banda e se divertir tocando em bares imundos. Os caras praticamente criaram o punk rock justamente por reconhecerem que não eram capazes de tocar instrumentos musicais tão bem. Quer tocar uma música deles? Experimente utilizar os acordes Lá, Mi e Ré do início ao fim, pronto, tá feita a música. Procure por qualquer disco ao vivo dos Ramones e divirta-se com as 35 músicas tocadas em pouco menos de uma hora.

2 – The White Stripes

A primeira vez que escutei essa banda não consegui acreditar que era formada por apenas duas pessoas. É impressionante a quantidade de barulho que Jack e Meg White conseguiam fazer juntos, com um som muito mais alto do que muita banda de cinco integrantes ou mais. Se nunca escutou nada deles (o que acho meio difícil), pare de ler isto agora e vá procurar nas melhores locadoras da internet. Recomendo o disco Elephant.

3 – Them Crooked Vultures

Formada por John Paul Jones (Led Zeppelin), Josh Homme (Queens of the Stone Age) e Dave Grohl (Foo Fighters), o Them Crooked Vultures surgiu em 2009 com um rock sem frescuras. Nada de solos gigantes ou vocais afetados, simplesmente o bom e velho rock’n’roll com guitarra, baixo e bateria.

https://www.youtube.com/watch?v=E2zIMyjQh8s

4 – Matanza

Para os que insistem em dizer que não existe rock bom sendo feito no Brasil. Como não gostar de uma banda cujo vocalista tem a aparência de um anão de jogos de RPG? Sem contar que as letras dos caras falam de porrada, bebida, mulheres…Essas coisas básicas que fazem o rock ser rock.

5 – Foo Fighters

Surgida das cinzas do Nirvana, essa é minha banda preferida atualmente (junto com Queens of the Stone Age). Não sou o tipo de fã que considera todos os discos excelentes, na verdade acho que os caras tiveram muitos altos e baixos até conseguirem fazer um álbum coeso. Felizmente, eles conseguiram isso com Wasting Light, o disco mais recente da banda e que, na minha humilde opinião, não possui músicas ruins. Além disso, eles já gravaram um disco acústico onde mostraram que rock não é só barulho, mas tem belas melodias quando tocadas no violão. Sem contar que a maioria dos clipes do Foo Fighters são sensacionais, sempre contando uma historinha de comédia.


 

Já o Thiago Chaves (@chavespapel), compartilha com nós grandes bandas clássicas que marcaram e continuam marcando a história do Rock.

1 – AC/DC

Bom, o que dizer de uma banda dessas!? Com quase 40 anos de estrada, o AC/DC continua a todo vapor, tanto em shows, como emplacando suas trilhas em filmes e no mundo publicitário. Como quase todas as grandes bandas, alguns integrantes acabaram por saindo e outros morreram, como o Bon Scott. Mas como os deuses do rock estavam do nosso lado, Brian Johnson entrou para banda, substituindo-o a altura. E no mesmo ano, a banda lançou um dos álbuns mais vendidos da história, Black in Black. Álbum que incluia clássicos como “Hells Bells”, “You Shook Me All Night Long” e “Back in Black”. Sem mais delongas, agradeço aos editores de “Supernatural” por me fazerem conhecer a maior banda de todos os tempos, através do toca fitas do Dean Winchester.

2 – The Who

Outra banda clássica que merece destaque dentre as minhas favoritas, é a banda britânica The Who. Mais uma que conheci graças a outro seriado, desta vez com CSI Las Vegas (que mentira, já tinha ouvido as músicas antes, mas achei que essa história ia ficar bacana) com a trilha “Who Are You”. Por sinal, todos os CSI’s da vida têm a sua abertura com uma trilha deles, que se encaixa perfeitamente.

Clássicos e mais clássicos fazem parte do repertório deles, como “Won’t Get Fooled Again”, “My Generation”, “Pinball Wizard” e a minha preferida “Baba O’Riley”. E eles também continuam a todo vapor, tanto que fizeram um show épico na final do Super Bowl XLIV.

 3 – Guns And Roses

Por mais que eu olhe para o que se tornou o mala do Axl Rose, com sua banda cheia de músicos contratados, eu não posso ignorar a importância da banda na história do rock.  Mas falo da banda onde Slash era o guitarrista, com Izzy Stradlin, Duff McKagan, Steven Adler e Dizzy Reed. GnR é mais uma com um repertório absurdo, com músicas como “Paradise City”, “Welcome to the Jungle”, “November Rain”, “Civil War”  e o clássica dos clássicas “Sweet Child o’ Mine”.

4 – Pink Floyd

Outra que ficou para história. Com seu estilo psicodélico e progressivo, com capas e mais capas épicas de álbuns e shows monumentais, Pink Floyd é uma das bandas mais influentes da história. Fundada originalmente por Roger Waters, Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett. Donos de um dos álbuns mais aclamados da história, “The Dark Side of the Moon“. A banda conta com singles como “Money”, “Wish You Were Here”, “Mother”,  “Comfortably Numb”  e claro,  “Another Brick in the Wall (Parte 1)”.

Ah, agradeço a rádio Kiss FM por essa, e por centenas de outras bandas e músicas que passei a conhecer, graças e exclusivamente a eles.

5 – Elvis Presley

O Rei do rock não poderia ficar de fora de uma lista, justamente no dia do que ele batalhou para criar. Não vou ficar aqui falando sobre ele, todos (assim espero) conhecem a sua trajetória (e sabem que ele não morreu). Enfim só vou dizer que Elvis Presley só é o artista solo detentor do maior número de “hits” nas paradas mundiais e também o maior recordista mundial em vendas de discos em todos os tempos com mais de 1 bilhão e meio de discos vendidos em todo o mundo, só isso. Difícil destacar as suas músicas, mas vamos com “Hound Dog”, “Love me Tender”, “All Shook Up” e a minha preferida “Jailhouse Rock”.

 

E pra fechar, escrevendo três páginas (quase mil palavras) o Filipe (Voz do Além), sintetiza seus gostos abaixo:

1 – Radiohead

A banda definitiva de rock, mesmo que em alguns momentos eles nem pareçam tocar rock. O Radiohead é uma banda com fases bem definidas, meio como ficção científica. Elas acompanham desde a melancolia do vocalista Thom Yorke, ao virtuosismo técnico e artístico de Johnny Greenwood, até às próprias inovações tecnológicas que a música incorpora.

Foi assim com a primeira fase, com dois discões de puro rock: Pablo Honey e The Bends. É difícil encontrar em um mesmo álbum uma perfeição pop tão balanceada e com alma como a que surge furiosamente em The Bends, com músicas como Fake Plastic Tress, Bones e Street Spirit. Além da própria Creep, sucesso loser que lançou a banda e garantiu o sucesso do álbum anterior.

Aí a banda resolveu inovar em uma onda que misturou paranóia, tecnologia e messianismo. O resultado foi a perfeição, que atende pelo nome de OK Computer, seguramente um dos cinco álbuns musicais mais importantes do século passado. Apesar de hoje ser difícil captar o impacto que ele obteve quando saiu, graças ao chamado pós-modernismo, o rock nunca mais foi o mesmo após esse petardo que rasgou as entranhas de centenas de gêneros musicais.

Depois veio a fase alienígena, com músicas que mais pareciam os apitos que os astrônomos que varrem os sons do espaço ouvem todo o dia. Não à toa demorou uns 10 anos para o público em geral entender (e curtir) os dois álbuns desse período: Kid A e Amnesiac, o segundo feito das sobras do primeiro.

Agora a banda vive um momento de experimentação, meio rocker, meio alien, meio paranóia. Daí já saíram três álbuns – um ótimo, outro excelente, e um meio fraco. Um deles foi panfletário e urgente, uma crítica a George Bush e ao Capitalismo, Hail to the Thief. O outro foi alegre, romântico até, In Rainbows, que ainda anunciou de vez que bandas não precisam de gravadoras ao ser lançado por um preço improvável: quanto o comprador quisesse pagar.

Depois veio King of Limbs, um álbum limpo, meio sonolento, que ressaltou um pouco como foi a carreira solo de Yorke: cheio de sintetizadores, melodias obscuras e músicas sem a camada de sons que estamos acostumados a ouvir do Radiohead. Não é ruim, mas tá longe do que estou acostumado a ouvir do grupo. É como uma forma da banda dizer que também faz músicas sem a ambição de simplesmente revolucionar tudo.

https://www.youtube.com/watch?v=IBH97ma9YiI

2 – Muse

Um dos filhotes diretos do Radiohead, que conseguiu se diferenciar logo depois, para explodir como a maior banda ao vivo do mundo, e estar em um momento cheio de mornidão e chatice atualmente. Não é pouco para uma banda que fez Absolution, um dos melhores álbuns de rock da década passada, que versa de forma primorosa sobre o batido tema do Apocalipse. Se tiver a fim de conhecer a banda, passe por cima do chatinho The Resistance, e vá direto para Black Holes and Revelations, logo depois de ser massacrado pelos hits de Absolution. É de dar vontade de pular e berrar o dia todo. Ou dê uma chegada no YouTube e ouça hits sortidos, como Plug in Baby, Invencible, Muscle Museum, Hysteria e a romântica Starlight.

3 – Nine Inch Nails

Trent Reznor, o líder do NIN, é um cara sem meias palavras. Levou o rock industrial para as multidões, martelou gravadoras sem dó, gravou uma penca de projetos alternativos de primeira, e ainda encontrou tempo para largar vícios como o álcool e a heroína.

Mesmo não sendo o “cara mais legal do rock” – título meio babaca que hoje pertence a Dave Grohl, da boa-mas-superestimadada banda Foo Fighters -, Reznor é o frontman definitivo do rock, que efetivamente vive o que prega, amargurado, é amigo das pessoas certas (tipos como Grant Morrison) e gerou discípulos do naipe de Marilyn Manson.

E todas essas facetas estão presentes na trajetória do Nine Inch Nails. Tem um álbum pesado e amargurado (The Downard Spiral), outro que é uma voadora nas orelhas (Pretty Hate Machine), um álbum conceitual sobre o fim do mundo no melhor estilo sci-fi (Year Zero), e ainda um que reúne tudo isso de forma primorosa, perfeito para quem não conhece muito bem o hermético mundo de Trent (The Slip).

4 – Queens Of The Stone Age

Como não pagar pau para Josh Homme? Se você é daqueles que ouve aquele papo bestão de que “o rock de hoje não é como antigamente”, basta apresentar The Sky is Fallin, Feel Good Hit of the Summer, Everybod Knows That You’re Insane ou First It Giveth no último volume para o sujeito calar a boca. Se tem uma banda que traduz o rock pesadão moderno sem descambar para babaquices forçadas (ou engraçadas, depende de quem faz) como adoração ao demônio e sacrifício de virgens, ela é Queens of the Stone Age, de Josh Homme.

Para os mais exigentes, a discografia dos caras é um primor, com porradas animais sem respiros, tipo Rated R e o revolucionário álbum Songs for the Deaf, até coisas absurdamente obscuras, como Lullabies to Paralyze.

5 – …And You Will Know Us By The Trail Of Dead

Uma das bandas mais estranhas do pedaço. É como ler A Liga Extraordinária enquanto ouve Black Sabbath. O trio do interior dos Estados Unidos espalha lendas sobre eles (e a origem desse nome quilométrico, que pode ser abreviado simplesmente para Trail of Dead), quebra palcos enquanto demole casas de shows com seu som pesadíssimo e indefinível, e não por acaso são conceituados como uma mistura barulhenta de The Who e a distorção característica do Sonic Youth. As letras vão pelo mesmo caminho, com tradicionais críticas sociais, universos cyberpunks, passando por magia e ocultismo. Impossível não gostar!

Menções honrosas

Essas são algumas das minhas bandas favoritas, mas obviamente tem mais, muito mais. Então reserve um tempo para ouvir White Stripes, Within Temptation, System of a Down, o citado Marilyn Manson (só os primeiros álbuns, por favor), TV On The Radio, Porcupine Tree, Manic Street Preachers e Wolfmother. Até a próxima!

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