Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Fazer lista de qualquer coisa que seja é complicado. Por mais que você goste de filmes de um determinado gênero, basta alguém pedir dicas que dá aquele branco desgraçado. Mas como somos um bando de desocupados e passamos o dia jogando ping-pong na redação da MOB (true story), resolvemos comemorar o Halloween listando alguns de nossos filmes de terror preferidos. Lembrando que não estamos escolhendo os melhores, apenas indicando os que gostamos mais. Então fiquem à vontade para discordar e colocar seus favoritos aí nos comentários. Mas por favor, sem aquele mimimi de que Halloween não é coisa brasileira, ok? Ok. Felipe Storino Felipe Storino, sempre fotogênico! A Hora do Pesadelo Esqueça o horrível remake protagonizado por Jackie Earle Haley, bons mesmo eram os filmes com Robert Englund, produzidos a partir da década de 1980. Dirigido por Wes Craven, a série de filmes (perdi as contas de quantos existem) mostram um assassino deformado que ataca adolescentes através dos sonhos, utilizando sinistras garras de metal. Com os ataques sendo realizados através dos sonhos, isso era a desculpa perfeita para fazer mortes extremamente bizarras, como pessoas sendo engolidas pelo próprio colchão e terminando em um vulcão de sangue. A grande diversão desses filmes é que o assassino Freddy Krueger era extremamente carismático. Ao contrário da versão dos anos 2000, que é um assassino sério e vingativo,, na versão oitentista Freddy está sempre sorrindo e se divertindo com o que faz, é um cara feliz com o “emprego” que tem. Era mais fácil você torcer pra ele acabar com os malditos adolescentes do que torcer pra eles escaparem. Afinal, como não gostar de alguém que, em um dos filmes da série, mata os adolescentes como se estivesse jogando videogame? Sim, alguns filmes eram galhofa a esse ponto, mas é justamente isso que era divertido. A Bruxa de Blair Não foi o primeiro filme do tipo, mas com certeza foi o que popularizou essa onda de filmes com câmera na mão. Três jovens estudantes de cinema resolvem fazer um documentário sobre uma antiga lenda de uma bruxa e, para isso, obviamente que eles se enfiam dentro de uma floresta onde ninguém vai ouví-los gritar. O grande mérito do filme é conseguir assustar sem mostrar absolutamente NADA. Tudo o que vemos durante o filme é a floresta e os jovens que estão nela. O máximo que acontece é eles escutarem algum barulho sinistro. A cena da barraca, quando eles escutam crianças rindo e chorando, é muito tensa. Claro que tudo tem seu tempo, o filme era muito mais assustador na época em que foi lançado. Eram tempos em que a internet ainda estava crescendo e não era tão fácil obter notícias das coisas. O filme foi vendido como se fosse uma gravação real e, por isso mesmo, não tinha nada de sobrenatural. E muita gente acreditou nessa história. Reza a lenda ainda que os diretores do filme largaram os atores na floresta e não contaram como seriam os sustos, tudo para que as reações deles fossem as mais reais possíveis. Se gosta do estilo câmera na mão, dê uma chance para A Bruxa de Blair, mas passe longe da continuação. (Nota do Editor: O segundo filme da série é PÉSSIMO!!! Uma grande merda!!! Não digam que não avisei…) O Labirinto do Fauno A melhor definição pra esse filme é “um conto de fadas macabro”. A história se passa em 1944 e mostra a pequena Ofelia indo viver em um acampamento militar junto com sua mãe, que acabou de se casar com um cruel capitão do exército espanhol. Sem ninguém da sua idade para brincar, Ofelia começa a descobrir um mundo mágico secreto naquele ambiente hostil. De acordo com o tal fauno do título, Ofelia seria a princesa desse mundo, mas teria que cumprir algumas tarefas antes que isso fosse concretizado. Os desafios que a menina tem que cumprir são sempre perigosos e, geralmente, colocam sua vida em risco. Os habitantes do tal mundo mágico não são nada gentis, embora ainda seja um mundo melhor do que aquele no qual Ofelia é obrigada a viver. Apesar de envolver fantasia e ter uma criança como protagonista, O Labirinto do Fauno não é nada infantil. Na verdade, é muito mais tenso que grande parte dos filmes “sérios” de suspense por aí. Mas se você curte apenas filmes com finais felizes, passe longe deste aqui. Encarnação do Demônio Um filme nacional na lista pra você, pessoa sem fé, que acha que o cinema nacional não tem filme bom de terror. Claro que o filme é dirigido por José Mojica Marins, o popular Zé do Caixão, responsável por fazer grande parte da minha geração gostar de filmes de terror quando apresentava o Cine Trash na Band. Encarnação do Demônio encerra a trilogia que se iniciou em 1963 com À Meia-Noite Levarei sua Alma, na qual o personagem Zé do Caixão tenta encontrar a mulher ideal que vai conseguir gerar o filho perfeito. Esqueça os filmes gore produzidos atualmente nos EUA, como Jogos Mortais ou O Albergue, Encarnação do Demônio é muito mais tenso e mais bem produzido do que eles. Nada de computação gráfica, tudo aqui é extremamente real. Se tem sangue, provavelmente é sangue de verdade de algum animal morto. Quando ele afunda a cabeça de uma mulher em um tonel cheio de baratas, são baratas de verdade que estão ali. E as cenas que exigem maquiagem são muito bem feitas, tem um escalpelamento que você jura que é real. Até gente com a boca costurada no filme teve. Enfim, assistam sem preconceitos. O Exorcista Clássico dos clássicos que, até hoje, consegue colocar medo em muita gente. Acho difícil que ainda exista alguém que não saiba o plot do filme, mas vamos lá. Basicamente é a história de uma garota (Regan) que começa a ter um comportamento estranho, tipo começar a falar palavrão quando isso não era o normal dela. A mãe fica preocupada com as esquisitices e procura ajuda de psicólogos, mas no final das contas a menina está possuída pelo capeta, o diabo, o tinhoso, o cão. Aí entra em ação o padre Karras pra fazer um exorcismo na garota. Como se não bastasse o terror de ver uma garotinha com feições do capeta, o filme conta com algumas cenas bem tensas e polêmicas, como Regan se masturbando (e se machucando) com um crucifixo. Também estão marcadas na história do cinema as cenas de Regan descendo as escadas de costas, a cabeça girando 180º e o vômito verde do capeta. Assista de madrugada e com as luzes apagadas. Beatriz Paz Só pra deixar claro. A Bia é a de calça verde! =P REC Eu recomendo esse filme pra todo mundo que quer sentir medo. Não é novidade que eu tenho pavor de nightvision. Eu não sei o motivo disso, mas independente do filme, se tem uma cena de nightvision eu já começo a ficar tensa. Agora soma isso com câmera em primeira pessoa + um prédio escuro infestado de zumbis e muitos palavrões em espanhol? Isso é REC. Assumo que esse é um dos únicos filmes que eu não consigo assistir sozinha por puro cagaço. E sim, eu tenho medo de zumbis, mas os adoro. O Iluminado King is the King e isso é fato. O iluminado explora um tipo de medo que na minha opinião é um dos que mais apavora. A loucura, a perda da razão e o que você pode fazer quando se encontra nesse estado de insanidade. Além dessa temática, o fato de que a história toda se desenvolve num hotel isolado no meio de um inverno rigoroso só deixa a coisa toda pior. Se coloque no lugar dos personagens, como você se sentiria se estivesse num hotel durante meses e descobrisse que nesse mesmo hotel tem um louco querendo te matar? Eu realmente espero que não detonem com a história de “O iluminado” no novo filme. Carrie, a estranha Carrie, a estranha foi o primeiro livro de Stephen King a ser publicado, então ele tem um lugar especial no meu coração. A publicação já ganhou duas adaptações para o cinema (E deus queira que esse remake não seja horrível) e continua sendo um dos meus filmes favoritos. O fator de justiça pelas próprias mãos sem misericórdia foi sempre um atrativo para todos, principalmente para aqueles que um dia já foram vítimas de provocações sem motivo aparente. Assumo que depois de ver esse filme, me senti muito frustrada com a minha puberdade. Grave Encounters Além de fazer uma sátira com programas de fantasmas que se apoiam no sensacionalismo paranormal, Grave Encounters só me assustou por causa do nightvision e dos espíritos. Assumo que tomei sustos consideráveis e o filme vale para uma diversão com os amigos e para dar risadas afinal o Halloween também é uma celebração. Abracadabra Não é de terror mas é de Halloween então tá valendo. Esse filme é um clássico da minha infância/pré adolescência. E eu lembro que lost my shit vendo as cenas de feitiços e que o zumbi Billy era simplesmente sensacional. Além de claro ter no elenco um dos meninos da finada e também incrível série de tv “Eerie Indiana”. Abracadabra é o tipo de filme para realmente entrar no espírito festivo do Halloween e voltar a ser criança. Thiago Chaves Este é o Chaves. Coitado! Bom, o pessoal deve ter feito uma lista mais tensa e assassina para esse Halloween, então vou resgatar alguns clássicos da Sessão da Tarde e outras indicações para esse dia. Beetlejuice Começando pelo filme mais legal do pirado Tim Burton, Beetlejuice (Os Fantasmas se Divertem). Nele, Beetlejuice, um exorcista de humanos, é contratado por um casal recém-falecido para expulsar uma família que acaba de se mudar para a casa deles. Os métodos usados por ele para tal missão são pra lá de hilários. Assim como a tentativa do casal de assustar a família durante um jantar, essa que é uma das cenas mais engraçadas que já vi. Esse é um filme perfeito para o Halloween. Obs: Nunca diga Beetlejuice três vezes! Trick-or-treat Aí está um ótimo filme de terror para essa data. A história de Trick-or-treat é contada por quatro contos que se intercalam e ocorrem na exata noite do Halloween. Esses que tem em comum a presença do Sam, um demônio do Halloween que aparece com um saco de batata na cabeça. Os contos são diversificados e cheios de suspense, terror, humor negro e reviravoltas. Um é sobre um professor que se revela um psicopata; outro sobre uma virgem “chapeuzinho vermelho” que é atacada por um vampiro; outro sobre um velho amargurado que não dá doces às crianças e o mais maneiro de todos: Sobre um grupo de crianças que planejam amedrontar os amigos personificando uma lenda urbana da cidade, que dizia que, um grupo de pais pagou para o transportador escolar despencar o ônibus da escola junto com seus filhos deficientes mentais no penhasco. Então, doce ou travessura?! Família Addams É hora de relembrarmos da família mais esquisita do cinema, Os Addams. Uma família macabra, que está correndo o risco de perder a sua fortuna por conta de dois advogados trapaceiros que tentam infiltrar um falso tio Chico na família. A Família Addams é formada por Gomez Addams, o patriarca e advogado, que é apaixonado pela esposa, Mortícia Addams, uma mulher tão pálida que parece um cadáver e tem um aspecto vampírico. Os, filhos, Wandinha, uma sádica garota, e Feioso, o menino que adora ser torturado pela irmã. Na mansão em que vivem, ainda moram o Tio Chico, que adora explosivos, a vidente Vovó Addams, o mordomo estranho Tropeço e o Mãozinha, uma mão sem corpo. Os Caça-Fantasmas Outro cláaaassico é o Os Caça-Fantasmas. A história do filme começa com os professores de parapsicologia Peter, Raymond e Egon, que são demitidos da Universidade Columbia só porque eles preferem estudar manifestações sobrenaturais. =P Eles decidem então criar um negócio próprio no ramo e, para isso, compram um edifício desativado do corpo de bombeiros junto com uma ambulância, a Ecto-1. Seus equipamentos contam com uma mochila de prótons (na verdade um acelerador nuclear que produz poderosos feixes de luz que captam ectoplasma) para capturar fantasmas. Dai pra frente, a clientela só aumenta, muito por causa da chegada do semideus mitológico, Zull, à cidade. Obs: Sim, eu sei que a música tema do filme está na sua cabeça nesse instante! (Nota do editor: Não cruzem os raios…a menos que enfrentem um semideus mitológico) Tucker & Dale vs Evil Pra finalizar, indico novamente esse filme canadense que tira uma onda com os filmes clichês ao estilo “O Massacre da Serra Elétrica”. Nele, Tucker e Dale, que são dois amigos caipiras, vão passar um fim de semana daquela velha cabana clichê das montanhas. Pra lá estão indo também um grupo de estudantes clichês. No caminho, os dois grupos acabam se encontrando em um posto de gasolina e Dale se apaixona por uma das estudantes, mas como a sutileza não é uma das suas virtudes, ele acaba assustando o grupo de estudantes por causa da sua roupa encardida e também porque ele estava com uma foice na mão, diga-se de passagem. Dai pra frente, os jovens acham que serão vítimas dos caipiras nas montanhas e passam a atacar eles para “se defender”. E por sua vez, os caipiras acham que os estudantes são (SPOILER) e tentam se defender. Murilo Andrade Esse é o Murilo Andrade, fantasiado, com a aparência mais agradável que seu estado normal! Eraserhead Depois que se cresce é uma tarefa extremamente difícil encontrar em meio à enxurrada de porcarias um filme que de fato nos aterrorize, perturbe ou, ao menos, assuste. Eraserhead, filme de estreia do conceituado David Lynch que levou mais de cinco anos para ser filmado, consegue fazer tudo isto e muito mais. Com uma fotografia em preto-e-branco e uma trilha sonora impecáveis e em perfeita sintonia o filme parece extraído dos piores pesadelos de uma mente perturbada. Um homem de aparência bizarra move alavancas a esmo em um planeta árido enquanto da boca do protagonista Henry Spencer sai um verme que flutua pela tela. Um jantar com os sogros em que miniaturas de frangos assados gemem de dor e espirram sangue a cada garfada. Um bebê, filho indesejado de Henry, é uma mistura de réptil com feto de bezerro, mal formado e tetraplégico que jamais para de chorar e se recusa a comer se torna cada vez mais repugnante e tomado de doenças. Mas palavras não são capazes de descrever a essência de Eraserhead e o profundo incômodo e mesmo horror que provoca no expectador. Para se ver de madrugada sozinho. Evil Dead 2 Depois do extremamente lucrativo primeiro Evil Dead, Sam Raimi se deu ao trabalho de recontar a história do filme na sequência, mudando radicalmente os rumos que a história seguiria e o tom. Reaproveitando a sanguinolência dos filmes de horror italianos dos quais era fã e os clichês de produções adolescentes do gênero – jovens saudáveis em uma cabana abandonada – e misturou à receita um notável e orgulhoso senso de humor juvenil. O resultado foi uma transformação na maneira como o terror era encarado, deixando de se ver visto como um gênero que precisava sempre se levar a sério. Também faria do personagem Ash do ator canastrão Bruce Campbell um dos maiores ícones da história do cinema, gerando quadrinhos e centenas de produtos licenciados. O sucesso influenciou centenas de produções, sendo a mais notável dentre elas o filme mais famoso da fase bagaceira de Peter Jackson, Fome Animal. O Massacre da Serra Elétrica O quê dizer de um filme baseado em um assassino real (Ed Gein) e lançado no meio dos anos 70 que provoca reações extremas do público até os dias de hoje? Clássico absoluto do gênero, Massacre da Serra Elétrica foi o primeiro filme de terror-choque a ser considerado arte por muitos críticos e a ganhar prêmios de produção audiovisual do ano. Tobe Hooper, ao contar a história de cinco jovens hippies em uma viagem pelo Texas que se deparam com um clã de ex-trabalhadores de matadouro canibais, inauguraria ou popularizaria diversos clichês do gênero. A família de psicopatas, a máscara que cobre o rosto do vilão, o assassino mudo, uma pessoa que avisa aos protagonistas sobre o perigo que os protagonistas correm e que nunca é levado a sério, entre tantos outros. Além disso, abriria as portas para uma das maiores personagens do horror, a ponto de rivalizar com figuras como Freddy e Jason. Oculto por uma máscara de pele humana e empunhando uma motosserra que convenientemente nunca fica sem gasolina, a figura imponente de Leatherface é capaz de atemorizar qualquer um com um pingo de senso de preservação. Embora famoso pela ultraviolência, a grande qualidade do filme está no seu horror psicológico. Poucas cenas são equiparáveis em questão de desconforto e pavor à clássica cena do jantar com a família de canibais. Marilyn Burns, amarrada em uma cadeira, é obrigada a assistir seus melhores amigos serem servidos à mesa como um pedaço de bife qualquer, ciente de que muito provavelmente será a próxima. O filme ainda ganharia três continuações e um remake, todos aquém do original. A Noite dos Mortos-Vivos Chega a ser uma injustiça falar de filmes de terror e não mencionar a obra-prima máxima de George Romero, A Noite dos Mortos-Vivos. Dono de um estilo seco e semi-documental, Romero se baseia no ritual vodu de zumbificação para criar a forma definitiva do monstro, que seria seguida por milhares de cineastas após o seu lançamento. Gente como Peter Jackson, Edgar Wright, Lucio Fulci, entre outros. Da mente dele, os mortos começaram a se erguer das suas tumbas na insaciável busca por carne humana, contaminando qualquer um que tivesse o azar de ser mordido e só podendo ser eliminados com a destruição de seus cérebros. Graças a este filme, o terror finalmente abandonaria as convenções antiquadas do gótico e as traria para a luz fria e terrível do presente. O vilão deixa de ser um monstro com uma capa, para ser o próprio ser-humano. Não apenas as criaturas sedentas por sangue, mas os próprios vivos, capazes de tudo para sobreviver. Abordando questões que preocupavam os norte-americanos nos anos 60 como o racismo, distúrbios civis, a dissolução do núcleo familiar e o Juízo Final, A Noite dos Mortos-Vivos também foi o primeiro filme do gênero a se encerrar sem deixar qualquer conforto ou esperança. Ao fim dele uma coisa se torna terrivelmente clara para toda uma geração: o bem nem sempre triunfa. Videodrome Até 1983, David Cronenberg ainda tinha poucos filmes na bagagem, sendo o mais reconhecível deles Scanners, com a cena que definiu sua carreira por muito tempo, uma cabeça explodindo em milhares de pedaços. Mas naquele ano tudo mudaria. Ele lançaria sua primeira obra-prima, Videodrome, provando a todos que tinha potencial de ser bem mais que apenas um diretor de horror. Provavelmente, a manifestação mais corajosa dos temas que obcecam Cronenberg, Videodrome se trata sobre as horríveis transformações geradas nas mentes e nos corpos das pessoas pela exposição à violência na televisão. Abordando assim, de maneira sutil, os próprios problemas que ele enfrentava com a crítica, distribuidores de Hollywood e Associação Feminista. Videodrome começa como um thriller típico. James Woods é dono de uma estação de TV a cabo cuja programação se baseia inteiramente em filmes pornográficos ou ultraviolentos. Um dia, em busca de um programa novo e revolucionário, que alavancasse a audiência do seu canal, descobre por meio de uma transmissão pirata um programa chamado Videodrome onde pessoas são torturadas e mortas de verdade. Interessado, começa a buscar mais e mais fitas do programa até ficar viciado e o Videodrome começa a alterar a sua percepção da realidade. Logo já não se sabe o que é sonho ou realidade, verdade ou alucinação. Homens se mecanizam, máquinas ganham órgãos, fitas e televisões gemem de prazer. Até hoje, quase trinta anos após o seu lançamento, Videodrome permanece como um dos filmes mais originais a conseguir sair de Hollywood e a melhor porta de entrada para a carreira de Cronenberg. [publicado em 31 de Outubro de 2012]