Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Exatamente 18 anos atrás, Kurt Cobain, líder do Nirvana, dava um fim à sua vida com um tiro de escopeta no rosto. E, assim como todo ano, rolam várias homenagens pela internet à fora e em programas de TV. Mas será que ele realmente merece todas essas homenagens? Como fã da banda Nirvana, eu acho que não. Kurt Cobain era um cara perturbado, doente, que não agüentou a pressão que veio junto com o sucesso e tirou a própria vida. O que tem pra se endeusar aí? É inegável que o vocalista e guitarrista contribuiu muito para o rock (nem que seja por ter ajudado para a fama do Dave Grohl, que depois fundou o Foo Fighters), mas como pessoa ele não foi grande coisa. Quando não estava nos palcos, Cobain geralmente estava chapado com heroína e brincando com suas armas de fogo. Se ainda estivesse vivo, duvido muito que todas essas pessoas que o homenageiam fariam isso. Cobain provavelmente seria hoje uma figura digna de pena. Se bem que ele já era digno de pena enquanto ainda estava no auge. Infelizmente, depois que um artista morre parece que existe a mania de enaltecer certas coisas como se fosse uma qualidade. A frase “é melhor queimar do que se apagar aos poucos”, escrita por Cobain em sua carta de despedida, é repetida à exaustão por fãs do cantor (malucos obviamente), que acham o suicídio algo muito bonito. Sério, pessoal, meter uma bala na cabeça não é nada romântico. Então apenas parem com essa babação de ovo. Isso sem contar que, mesmo 18 anos após a morte do cara, ainda tem gente que insiste em dizer que ele foi assassinado pela esposa Courtney Love. O pior é que não são apenas os fãs que se comportam dessa maneira imbecil. É comum vermos programas especiais na TV que dizem “Kurt Cobain, um dos últimos grandes heróis do rock”. Aí eu pergunto: herói pra quem? Pra filha dele que cresceu sem um pai ou pros vários adolescentes que tentaram suicídio para imitar o ídolo? Acho que já passou da hora de parar de se romantizar certas coisas e encarar a realidade como ela é: Kurt Cobain era um grande artista, mas um péssimo ser humano. Então ouçam os discos, assistam aos shows, mas, sério, chega desse endeusamento. Kurt Cobain não era um gênio incompreendido, era alguém doente que precisava de ajuda e não de pessoas que passassem a mão em sua cabeça.