Fala pessoal,

Cá estamos novamente com nossos especiais de fim de ano, onde indicamos filmes, séries, livros e gibis lançados no ano no Brasil. O ano de 2016 não foi um ano para principiantes, como infelizmente todos percebemos, mas deixando isso de lado, o ano foi repleto de ótimas produções. Eu mesmo fui bastante aos cinemas, pois muitas produções interessantes foram lançadas. Viva a sétima arte!

Então nessa primeira parte do nosso especial, vamos destacar os MELHORES FILMES DE 2016.

Para isso, a equipe da MOB (Alessio Esteves, Beatriz Paz, Eder Alex, Diego Penha, Filipe Siqueira, Filipe Felix e eu/Chaves) se reuniu e convidou uma galera de respeito para fazermos as indicações.

São eles/elas:

[quote_box_center]Adriana Cecchi (Redatora de Merda)

Alexandre Callari (Pipoca e Nanquim)

Anna Schermak (Pausa para um Café)

Bruno Trindade (Renegados Cast)

Daniel Lopes (Pipoca e Nanquim)

Luiz Machanoscki (Darkside)

Raphael Fernandes (Superfuzz)

Raquel Moritz (Pipoca Musical)[/quote_box_center]

Cada um indicou um filme, então aqui não existe um ranking interno, apenas as nossas indicações e respectivos comentários. Vamos até deixar em ordem alfabética pelos nomes dos filmes.

Estão preparados? Então vamos lá!

Animais Fantásticos e Onde Habitam (Fantastic Beasts and Where to Find Them)

Indicação: Bruno Trindade (Renegados Cast)

Vi pouquíssimos filmes lançados esse ano, o que eu mais queria assistir é A Chegada e tenho a impressão que eu o indicaria aqui se o tivesse visto (acabei de roubar no game). Mas do pouco que eu vi esse ano, com certeza foi o ano dos blockbusters, Rogue One, Caça-Fantasmas, e claro meu indicado Animais Fantásticos e Onde Habitam. O filme é leve, divertido e com uma atuação mais contida do elogiado Eddie Redmayne o que me agradou bastante, achei a maneira que eles exploraram o potterverso muito respeitoso a quem é fã da franquia e ao mesmo tempo fizeram um filme independente que qualquer pessoa que não tenha visto nenhum Harry Potter pode ver sem medo de ser feliz, tem alguns clichês, mas que blockbuster não tem? Mas consegue ser cativante e abrir um leque de possibilidades imenso pra expandir o Universo da J.K. e claro, trazer muito lucro. Anotem o que eu digo, em questão de mercado Harry Potter is the New Star Wars.

Aquarius

Indicação: Daniel Lopes (Pipoca e Nanquim)

Sempre admirei o trabalho do Kleber Mendonça Filho, dos curtas até seu filme anterior a este, o ótimo Som ao Redor. Ele vem crescendo muito como diretor, e Aquarius é gigante. O filme mais empático do ano. Não tem como você não vivenciar (se ver) nos conflitos enfrentados pela protagonista Clara (Sonia Braga) ou pelos coadjuvantes. Como cereja do bolo, pra mim, a protagonista tem uma coleção invejável de LPs, e o filme tem um trilha sonora soberba.


A Bruxa (The Witch)

Indicação: Luiz Machanoscki (Darkside)

Fazia tempo que a aspereza sutil de um cenário tão bem construído não assustava tanto numa produção de terror. Com elementos como figurino, elenco, direção e locação tão corretos, parece sempre que a melhor opção foi feita. Claro que muita gente renegou, mas A Bruxa é escola e sabemos muito bem que doutrinar a força, oprimir e exilar uma família religiosa numa área remota… Sem contar muito a história e sem códigos morais, o filme deve ser visto com alma e mente abertas


A Chegada (Arrival)

Indicação: Filipe Felix

Mais uma invasão alienígena. E novamente uma nos EUA. Mais uma que só um homem e/ ou uma mulher poderá ajudar o Governo a entender ou impedir os seres extraterrestres. Um dos argumentos mais típicos do gênero e utilizado aos montes por Hollywood. Mas o que A Chegada tem de tão bom? Em primeiro lugar, a parte técnica: os efeitos sonoros e trilha são incríveis; a fotografia é fenomenal e aposta em belíssimas sequências ao estilo 2001 – Uma Odisséia no Espaço; praticamente não há ação e o filme se desenrola em vai e vens no tempo, com cortes secos e intercalados. Há uma beleza em A Chegada que o coloca naquele canto dos filmes mais cults, mas não deixa de ser um blockbuster.

Sua história é mais sobre linguagem que uma “guerra entre mundos”, sobre como nos comunicamos, como o governo terrestre não é unificado e brinca com a ideia de tempo, de passado, presente e futuro. Em toda história da humanidade, civilizações mais avançadas destroem ou englobam as menos avançadas e colonizadas. A Chegada utiliza desse medo que temos do desconhecido e resulta num ótimo filme pipoca, mas ainda assim profundo.


A Criada (The Handmaiden / Ah-ga-ssi)

Indicação: Filipe Siqueira

Chan-Wook Park não é considerado um dos melhores diretores da atualidade à toa. Cada filme seu explora uma faceta complicada das relações humanas. Seja na trilogia vingança (que renderam dois filmaços: Oldboy e Lady Vingança) ou em sua epopeia de terror sobre crenças e religião travestida de filme de vampiro (Sede de Sangue).

Nesse A Criada, Park continua demonstrando extrema habilidade na criação de roteiros simples, mas que guardam uma série de camadas e perspectivas diferentes. Lembrou bem um dos seus primeiros filmes, Zona de Risco, que nos mergulha em uma investigação militar. Aqui a história envolve nobres e vigaristas do Japão e Coreia em uma história de amor sobre aparências, erotismo e enganação.


Capitão Fantástico (Captain Fantastic)

Indicação: Adriana Cecchi (Redatora de Merda)

Como o próprio nome diz: fantástico. Não consigo encontrar outra palavra para definir. O filme conta a história de dois pais que estão preocupados com o rumo do mundo, decidem se isolar no meio do mato e criar seis filhos longe da vida urbana.  O Capitão Fantástico aqui é Viggo Mortensen, o pai, que ensina aos filhos noções de liberdade, direitos civis e técnicas de sobrevivência na selva. Drama com doses de humor, traz reflexões e deixa boas lições em meio a uma belíssima fotografia e trilha sonora.


Elle

Indicação: Eder Alex

Existe um clichê muito útil para definir uma atuação acima da média que é aquele de dizer que em tal filme a atriz é “uma força da natureza”. No caso de Isabelle Huppert esse clichê acaba não funcionando muito bem, pois este parece ser o seu estado normal, já que ela está incrível em todos os filmes que faz. Agora pense neste nível de atuação sendo dirigido por Paul Verhoeven. Como nem só de ficção científica vive a sua filmografia, o cineasta holandês apresenta aqui uma perturbadora história de suspense sobre uma mulher que foi estuprada e que reage a essa violência da maneira completamente inesperada. Incômodo e ao mesmo tempo fascinante, Elle é um dos grandes filmes de 2016.


Invasão Zumbi (Train to Busan)

Indicação: Alexandre Callari (Pipoca e Nanquim)

O cinema coreano contemporâneo não para de me surpreender. É um filmaço atrás do outro. Esse aqui é de tirar o chapéu. Para os fãs de zumbis, devo dizer que provavelmente é um dos melhores da última década, o que prova que, embora o gênero esteja desgastado, um bom filme sempre pode ser produzido. Tem muito terror, ação de tirar o fôlego, contexto social, drama humano e todos os elementos que se espera de um longa do gênero, além da atmosfera claustrofóbica por se passar em um trem. Recomendo a todos que curtem filmes com esta temática.


Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2)

Indicação: Diego Penha

O diretor malaio James Wan é responsável por alguns dos filmes de terror mais importantes do mainstream das últimas duas décadas, tais como Jogos Mortais (Saw – 2004), Gritos Mortais (Dead Silence – 2007), Sobrenatural (Insidious – 2011) e A Invocação do Mal (The Conjuring – 2013). Em 2016, pudemos assistir Invocação do Mal 2, também dirigido por Wan. Dando sequência ao sucesso de seu antecessor, o filme de 2016 retoma as histórias do casal de exorcistas Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson).

Desta vez o casal realiza uma investigação a respeito de uma assombração que vem atormentando a vida da família Hodgson na Inglaterra. Traz de volta tudo o que fora acertado em A Invocação do Mal, porém com o adicional de entrelaçar uma boa história de possessão e exorcismo com a narrativa de um momento especial do relacionamento entre Lorraine e Ed. As interpretações de Vera Farmiga e Patrick Wilson estão impecáveis e valem a conferida para aqueles que já são fãs e acompanham James Wan.


Mogli – O Menino Lobo (The Jungle Book)

Indicação: Alessio Esteves

Ganhei o ingresso deste filme, peguei uma sessão dublada e a sala estava abarrotada de crianças. Tinha tudo para ser uma experiência terrível e acabei surpreendido por uma obra-prima.

A única coisa real ali na tela é o menino, sendo todo o resto computação gráfica, mas a coisa toda é tão bem feita que você esquece disso logo no começo embarca na história do menino criado por lobos que deve enfrentar o terrível Shere Khan para sobreviver. Mais do que meramente recontar a história do desenho original, o diretor John Favreau arrumou as pontas soltas e deixou tudo mais verossímil, realista e assustador.

Por mais que seja um filme inicialmente para crianças, tem aquela magia de trazer camadas que conversam especialmente com a galera mais velha e vai fazer você repensar sua opinião sobre remakes.

PS: E que delícia que foi a criançada gritando “COMEÇA! COMEÇA! COMEÇA!” antes da luzes se apagarem, HAHAHAHAHAHA!!


Rogue One: Uma História Star Wars (Rogue One: A Star Wars Story)

Indicação: Raphael Fernandes (Superfuzz)

Sempre achei Star Wars qualquer coisa, até ver este longa. Com uma trama densa e personagens que fogem do bom e velho maniqueísmo, Rogue One apresenta um filme de guerra com ambientação no universo de George Lucas. Se você achou O Despertar da Força meio bobo e com um roteiro digno de uma atração de parque de diversões, vai gostar muito do mais ousado filme da saga.


Sing Street: Música e Sonho

Indicação: Anna Schermak (Pausa para um Café)

Sabe aquele filme que você encontra na Netflix e não espera muito? Felizmente Sing Street, um lançamento do começo de 2016, me encontrou na hora certa. Para os amantes da boa música o filme é um presente com todas as suas referências, é um encontro entre o jovem que queríamos ser e o adulto que a gente se tornou. Assim como Begin Again e Once, você vai acabar Sing Street curtindo por dias a playlist do filme no spotify.


Swiss Army Man (Um Cadáver Para Sobreviver)

Indicação: Thiago Chaves

Talvez um dos roteiros mais cheirados de toda história do cinema. O pôster do filme diz a verdade, eu nunca tinha visto algo assim. E sem duvida alguma, é um dos filmes mais estranhos que você verá na vida também, mas ao mesmo tempo ele é inteligente, divertido e tocante.

O filme é cheio de reflexões sobre o que é vida, o amor ou a amizade e por que a sociedade é da forma como é. Isso sendo contado através de Hank (Paul Dano) que encontra Manny (Daniel Radcliffe), um homem morto que estava soltando gases na praia, enquanto ele se preparava para cometer suicídio.

Obs: A trilha sonora desse filme é uma coisa magnífica!


The Fundamentals of Caring (Amizades Improváveis)

Indicação: Raquel Moritz (Pipoca Musical)

The Fundamentals of Caring pode parecer bobo num primeiro momento: O cuidador de um adolescente com distrofia muscular se cansa da rotina carcerária do rapaz e resolve fazer uma road trip com ele pra mostrar o mundo além do próprio quintal. A questão é que o carisma do elenco e o humor ácido e irônico dos personagens torna tudo mais interessante e real. E sem preciosismo. Como fio condutor, relações de paternidade e diferentes formas de paralisia são tratadas de maneira divertida e delicada. Uma forma diferente de contar histórias que já conhecemos.


E você?

Tem alguma indicação de filme para nós? Nos diga nos comentários da nossa postagem ou redes sociais. =P

E não perca a continuação do nosso especial, com séries, gibis e livros, que sairá nos próximos dias.

 

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