Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Olá meus chuchus cheirosos e lindos! Sei que havia prometido que o meu próximo post seria a resenha do vencedor do Desafio manhê, mas aconteceram algumas coisas e esse texto terá que ser jogado um pouquinho pra frente. Não se preocupem, eu já tenho o vencedor e é só uma questão de tempo até que vocês saibam quem conseguiu tirar meu sono. No entanto, devo admitir que dessa pescaria de sangue, tripas e closes em globos oculares, eu consegui descobrir um filme incrível e que eu acho que vocês devem conferir. Essa sugestão foi feita pelo Kevin Ferreira (muito obrigado seu lindo!) que além de ser fã das antigas do Nerds Somos Nozes, indicou uma obra do pouco conhecido por aqui cinema tailandês que me fez torcer loucamente na frente do computador. Que o dinheiro move o mundo não é novidade nenhuma. Precisamos dele para praticamente tudo em nossas vidas. Pagar contas, comprar comida, água, roupas, transporte, faculdade entre outras coisas. E como o ser humano é ganancioso, quanto mais dilmas ou obamas no bolso, melhor. Porém nem todo mundo é assim, existem algumas pessoas que não sentem essa necessidade urgente de ter mais e mais dinheiro na carteira. Isso até terem a oportunidade certa. Se coloque na seguinte situação: Você tem um emprego razoavelmente bom, mas não é aquilo que você sonha, sua(seu) última(o) namorada(o) te deixou e faz meses desde que isso aconteceu e você não conseguiu encontrar mais ninguém, sua mãe te liga frequentemente perguntando dessa pessoa e no mesmo dia você é sacaneado no emprego, um cara passa a perna em você, seu carro é guinchado, você é demitido (por causa daquela sacaneada) e recebe uma carta do banco dizendo que você está super endividado. Parece doidera, mas isso é só o começo do dia do vendedor Phuchit Puengnathong, o protagnoista do filme tailandês de 2006, 13 Desafios. Diante de uma manhã dessa qualquer um ficaria no mínimo desesperado. Só que tudo dá uma guinada quando ele recebe um telefonema o congratulando, pois ele foi selecionado para o Jogo. É tudo muito simples, a coisa toda consiste em 13 Desafios e a cada tarefa bem sucedida o participante ganhará uma quantia. Quanto mais ele completar as missões, mais grana entra na conta dele. No entanto ele precisa seguir uma série de regras. – Se a qualquer momento ele quiser desistir do jogo. Toda a grana será removida da conta bancária. – Se ele contar para alguém que está completando os desafios, ele perde e tchau dinheiro. – Se tentar descobrir a origem do jogo ou tentar contatar alguém de dentro do jogo. Ele também perde e ele que se vire para quitar a dívida. – Se conseguir realizar todos os 13 desafios, ganhará 100 milhões de dólares. Agora pare e pense. Depois de toda essa manhã caótica repleta de bullying divino no level Nightmare, alguém te liga com uma proposta dessas. Lógico que a princípio você pensa que é pegadinha, assim como Phuchit fez. Só que, a pessoa do outro lado da linha convence o jovem de que tudo é verdade quando começa a dizer dados pessoais e que ninguém sabia. Depois de completar o primeiro e simples desafio de matar uma mosca com um jornal e ver que ganhou meio milhão de dólares (sim, meio milhão de obamas) o vendedor começa a desconfiar de que realmente a coisa é séria. Phuchit não é um homem ganancioso. Ele é simples, gentil e esforçado. Só que a vida não perdoa ninguém. E conforme os desafios vão avançando você começa a perceber como o protagonista vai mudando suas ações e linha de raciocínio. Claro que no começo tudo é relativamente fácil, no entanto a polícia começa a correr atrás do vendedor uma vez que alguns dos desafios batem de frente com valores morais como entrar numa escola e fazer 3 crianças chorarem ou roubar o dinheiro de um mendigo. As tarefas não são randômicamente selecionadas. Cada uma delas tem algo relacionado ao protagonista, seja uma missão que envolva seu condicionamento físico ou seu raciocínio. Além disso, certos desafios são diretamente ligados à fatos do passado de Puchit, como quando precisa enfrentar uma gangue de delinquentes num ônibus em movimento para conseguir pegar um celular. O garoto sofria bullying das crianças mais velhas quando pequeno e pra ajudar tinha um pai abusivo que na primeira oportunidade descia o sarrafo no menino. O filme tem um ritmo frequênte. Ele não para e toda a hora alguma coisa importante para o enredo acontece. E devido ao fato de Phuchit ser mais um membro da prole que realmente precisa de dinheiro, você se identifica com o sofrimento dele e começa a torcer para que ele consiga cumprir todos os desafios e se livrar das dívidas. Torcemos por Phuchit, mas não paramos para perceber que viramos parte dos espectadores desse jogo. Assim como o protagonista, aos poucos vamos esquecendo da moral e dos bons costumes e só pensamos em torcer para que ele complete o desafio e parta para o seguinte. O pôster do filme engana. Quem vê pensa que é uma espécie de Jogos Mortais da Tailândia, (se você parar para analisar sim, é uma espécie de Saw tailandês só que com roteiro decente e sem apelar para o gore em nenhum ponto. São poucas as vezes em que o sangue jorra e eu acho isso ótimo), só que 13 Desafios é um thriller de terror psicológico. Com o seu ritmo acelerado e colocando o protagonista sob pressão a todo o momento, é impossível não ficar agoniado assistindo. 13 Desafios questiona o que o ser humano faria por dinheiro. Até onde ele chegaria para possuir uma bolada de 100 milhões de dólares? Dizem que todo mundo tem um preço e, se você tivesse o dia de Phuchit eu duvido que não ficaria tentado em conseguir o prêmio de um modo relativamente fácil. É só fazer 13 coisas e ganhando grana com isso conforme você vai completando as tarefas. Te faz pensar, e se fosse eu no lugar dele? Eu teria o estômago ou a coragem para fazer isso? Joker uma vez disse: “Nos seus últimos momentos, as pessoas realmente mostram quem são” O mesmo funciona com poder ou dinheiro. Dê um pequeno poder para uma pessoa e dependendo de quem for, ela se achará a dona do mundo. O dinheiro, além de controlar nossas vidas com mão de ferro, também nos muda. Ou vai dizer que nunca viu um crime no noticiário cujo motivo foi uma herança? Quantos casamentos bizarros já não vimos porque uma das partes era porrilhonária? A grana nos faz agir de jeitos não convencionais e Phuchit é uma dessas vítimas só que no caso dele, é mais sistemático e controlado. O jogo de Desafios é uma espécie de Cabin In The Woods misturado com Jogos Mortais só que sem sangue. (Tudo isso inspirado num capítulo do mangá tailandês My Mania entitulado de Décimo Terceiro Quiz Show) A trajetória do vendedor ao longo dessa epopeia toda que dura somente um dia, sim, ele tem que fazer todos os desafios em um dia, culmina numa guinada de enredo que além de me deixar muito puta só me fez gostar mais desse filme. Mais uma vez a galera asiática mostra pros americanos como fazer um bom filme de terror psicológico (embora muitas de suas partes sejam de humor negro) sem apelar para gente pelada, uso e abuso de drogas, litros de sangue e cenas de sexo desnecessárias. Só que é lógico que os moradores da terra do Tio Sam não iam deixar a oportunidade de fazer um remake. “Um filme bom e original com um roteiro excelente? Rápido, vamos pegar os direitos e fazer um remake detonando o filme todo! Rápido, chamem o Justin Bieber para interpretar o Phuchit!” Um curta metragem de meia hora foi lançado junto do filme como parte da estratégia de marketing. Nele você entende mais a respeito do Jogo que o protagonista participa e em 2009 saiu a sequência do filme. Prólogo Quero agradecer ao Kevin mais uma vez pela sugestão, eu adorei esse filme e recomendo a todo mundo que quer ver algo frenético, inteligente e que vai mexer com os seus questionamentos sobre o que é certo ou errado. Título: 13 Game Sayawng Diretor: Chukiat Sakveerakul Nota: 10 elevado á potência Barulhos desconexos de felicidade