Olá, Pachuchus!

Já checaram cada centímetro da casa de vocês? Já colocaram aquele selinho malandro na frente da webcam? Deveriam, principalmente se pretendem assistir 13 Câmeras depois de ler essa resenha.

Notícias de pessoas que foram observadas por estranhos sem o consentimento delas infelizmente não é novidade. Além de hackear webcams, pessoas sem o mínimo de disposição para carpir lotes de terra estão instalando câmeras de vigilância disfarçadas de sensores de movimento em casas e observando cada segundo da vida das pessoas que lá estão.

Filmes como O Show de Truman abordam o voyeurismo e a sensação de brincar de Deus ao ter completo acesso a vida de um estranho. Um dos maiores reality shows que existem é 100% sobre isso. O fato é: Nós seres humanos não conseguimos ficar de boa e queremos sim saber da vida alheia. E para alguns de nós, quanto mais melhor. É aquela famosa frase “Ah como eu queria ser uma mosquinha pra acompanhar tudo”.

13 Câmeras fala sobre obsessão, sobre violação total de privacidade e até onde uma pessoa é capaz de ir para que seu mundo fabricado perfeito não seja destruído. O plot do filme é simples: Um casal recém casado se muda para uma casa nova onde planejam ter o primeiro filho e criar uma vida feliz. No entanto, como estamos falando de um filme de terror, você pessoinha lendo esse texto, sabe que não é bem assim que vai ser.

O casal aluga a casa de Gerald (Neville Archambault) que além de locador é o faz tudo da residência. Logo de cara a esposa grávida, Claire (Brianne Moncrief), não se sente bem na presença dele. Nessa hora eu a entendi perfeitamente, Gerald é o tipo de homem que faria os alarmes internos na cabeça de qualquer mulher dispararem à todo vapor. Ela comenta com o marido que não gostam da presença do locador e meu amigo, eu fiquei pistola.

Ryan (PJ McCabe) é uma pessoa merda e um marido pior ainda. Além de não ouvir a esposa a respeito de Gerald, ele faz pouco caso dela e não faz questão alguma de se importar com a gravidez de Claire. Seja com os cuidados pré-gravidez como dieta, arrumar o quarto do futuro recém nascido ou com o bebê no geral. E como tudo que está ruim pode piorar, ele está a traindo com uma colega de trabalho.

Mas como fiquei sabendo de tudo isso? Fácil. Gerald fez questão de instalar várias micro câmeras de vigilância pela casa INTEIRA. Câmera no quarto? Tem. Câmera no quintal? Tem. Cozinha? Tem. No chuveiro? Tem. DENTRO DA PRIVADA? Tem. E ele observa tudo com uma fixação doentia na esposa. Boa parte do filme é exibida através dessas câmeras, o que nós torna parcialmente cúmplices das ações do locador.

O drama do casal se desenrola e enquanto eles estão longe da casa, Gerald começa a trabalhar em um segundo projeto pessoal doentio.

Sinceramente eu esperava mais desse filme justamente por causa da premissa. Achei que eu ficaria desconfortável o tempo todo e angustiada com a situação, mas não foi bem assim. Algumas das ações dos personagens foram burras e em certos momentos o filme ficava sem ritmo, no entanto o final compensa um pouco disso quando você finalmente entende o que de fato está acontecendo.

A parte mais assustadora de 13 Câmeras é que, assim como Gerald, a situação vivida por Claire e Ryan é 100% real e qualquer um pode ser a próxima vítima. Inclusive você.

13 Câmeras / Slumlord (EUA, 2016)

Duração: 1h 27min

Direção: Victor Zarcoff

Elenco: Neville Archambault, Sean Carrigan, PJ McCabe, Brianne Moncrief, Jim Cummings, Heidi Niedermeyer, Sarah Baldwin, Ethan Rosenberg, DeForrest Taylor, Thomas Modifica Jr., Gabriel Daniels.

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