Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Todo mundo curte séries de TV, sejam elas de sci-fi, de terror, comédia, drama ou o que for. Com essa coisinha linda e maravilhosa chamada de internet, surgiu também um novo tipo de série, a Websérie, com capítulos de curta duração e maior acessibilidade. Você não precisa ficar programando a TV ou baixando o episódio, é só clicar o play no YouTube e fica tudo lindo. Hoje eu vim falar para vocês da nova websérie brazuca que será lançada dia 23 de março, criada por Gabriel Magalhães, Lucas Lespier e Renato Eugenio. Apartamento 13 conta a história de quatro jovens com personalidades distintas e sua convivência num apartamento em Santa Cecília. Um estudante esquerdista chamado Francis e interpretado por Binho Cidral, uma atriz em busca do holofote que a fará famosa chamada Vivy e interpretada por Daianne Bugatti, um cara sistemático e metódico cujo nome é Charles, interpretado por Renan Bleasté, e um aspirante a cineasta chamado Jaú, interpretado por Rossano Heine, dividem contas e espaço tentando conviver uns com os outros e sobreviver, acima de tudo, nessa grande selva metropolitana chamada de grande São Paulo. Segue abaixo uma entrevista com os criadores da websérie para vocês entenderem melhor o esquema da coisa toda além de dois teasers. Gabriel Macedo é criador, roteirista e assina a direção executiva da websérie Apartamento 13. Ele é editor de livros e revistas e escreve roteiros de quadrinhos. Renato Eugênio é músico, Dj, roteirista da websérie e diretor. Lucas Lespier anda de skate, desenvolve roteiros para quadrinhos, é diretor e faz a pós-produção da websérie Apartamento 13. De onde surgiu a ideia do Apartamento 13? Renato Eugênio: Eu e o Lucas dividíamos apartamento e o Gabriel cursava jornalismo comigo. Conversávamos muito sobre séries. Nessa época eu “tava” viciado em seriados, assistia The Office compulsivamente. Dessas conversas, falávamos muito em criar a nossa. Daí surgiu à ideia. Lucas Lespier: A ideia veio de contar histórias absurdas, que aconteceram conosco e com amigos. Lógico que a série é ficção, mas se inspira em pessoas estranhas que já cruzamos na vida. Como foi a escolha dos atores para a websérie? Renato: Fizemos testes em três finais de semana. Depois assistimos as imagens e escolhemos os que mais se aproximavam dos personagens. Lucas: O casting foi maior do que imaginávamos, se não me engano foram entre 40 e 50, mas até que isso foi um pouco tranquilo, pois eu particularmente adoro casting. Tínhamos em mente desde o começo, que os atores deveriam ter grande participação na criação e por isso definimos muito pouco o que queríamos. Por exemplo, inicialmente de maneira alguma tínhamos imaginado um Charles de cabelo comprido e barba, foi algo que aconteceu e com certeza acrescentou muito ao personagem. No final com todos os atores aconteceu algo parecido, depois de vermos o casting entendemos como seria cada personagem esteticamente. Pelo o que podemos perceber, a web série trata da vivencia desses personagens e do meio que eles vivem, de uma maneira cômica. Como foi escrever e falar sobre isso? Renato: A série trata inicialmente sobre o convívio entre pessoas que dividem apartamento. As histórias são baseadas em momentos que nós mesmos já vivemos. Mas a intenção é se aprofundar nas piadas e nos dilemas vividos por eles. Temos muito ainda pra aprender como roteiristas e crescer como pessoa. Acredito que com o tempo os personagens e a própria identidade da série evolua. Lucas Lespier: Uma experiência incrível, nenhum de nós tinha tido a oportunidade de escrever uma série com esse gênero especifico tendo preocupação com os próximos episódios. O apartamento 13 fica no bairro da Santa Cecília em São Paulo, mas encontramos apartamentos 13 em todos os cantos do mundo… Como é isso? Renato: Uai, números de apartamentos sempre são os mesmos em qualquer lugar do ocidente (risos). A escolha do nome da série tem a ver com a relação do número 13 como número de sorte (ou azar, você decide). Na verdade, no início o Gabriel e o Lucas não curtiam o nome, mas por alguma razão acabou sendo esse mesmo. Lucas Lespier: O apartamento fica na Santa Cecília porque tinha que ficar em algum lugar… Mas acreditamos que as situações que descrevemos poderiam acontecer em qualquer bairro de qualquer cidade. A Santa Cecília foi escolhida um pouco por isso, é um bairro bem cosmopolita além de termos um carinho especial por ele. Fale um pouco sobre os personagens: Francis Renato: Ele não mora no apartamento 13. É um cara de bem com a vida, estudante de cinema, morador do bairro de Higienópolis. Digamos que ele não tem problema algum… até apresentarmos os pais dele. Lucas: Se o Francis fosse um tipo de brócolis, seria um brócolis ninja com certeza. Vivy Renato: A Vivy é uma estudante de artes cênicas e gosta muuuuito de falar no celular. Tem um namorado que ninguém viu. Jaú duvida que esse namorado exista. Lucas: Se a Vivy fosse uma bebida, seria um cosmopolitan. Jaú Renato: É o mais tranquilo do apartamento. Tranquilo até demais. Não se preocupa com tarefas domésticas e joga discursos ideológicos pra justificar sua preguiça. Parece que ele não percebeu que não mora mais com os pais. Lucas: Se o Jaú fosse um cigarro, seria ilegal. Charles Renato: Charles é o cara. O cara chato. Ele é muito organizado, metódico. Paranoico. Tem Toc. Aparentemente ele é o mais civilizado, mas sei lá, às vezes acho que ele é o mais insano. Lucas: Se o Charles fosse um livro, seria introdução à matemática da quinta série. Quais foram as referências utilizadas para a elaboração da série? Renato: Foram muitas referências. Inspiramo-nos muito em sitcons estrangeiras como Seinfield e The IT Crowd. Referências nacionais têm o Chico City, TV Pirata e Os Trapalhões. Poderia citar outras séries, mas as principais são essas. Sem contar as inúmeras referências inconscientes que absorvemos ao longo da vida. Lucas: Acho que todos temos nossas referências, mas se tiver que citar uma eu diria The Young Ones, uma série dos anos 80 que acho que da para encontrar em algum canto obscuro da internet e Mission Hill um desenho fodástico que já passou aqui no Brasil algumas vezes. Por se tratar de uma produção independente acabaram decidindo por uma trilha original. Após o lançamento, quais são os planos? Novas temporadas? Ir para a televisão ou continuar sempre online? Renato: A intenção, com certeza, é ter novas temporadas. Inclusive os próprios atores, estão ajudando nessa estratégia de disseminar a série via web. Lucas: A relação do universo que tentamos retratar com a música sempre foi um ponto importante para nós, então fizemos questão de ter um compositor produzindo uma trilha sonora original. Mas não para por ai, devido a ser uma produção independente entramos em contatos com algumas bandas que autorizaram o uso de suas músicas então fiquem com os ouvidos atentos e terão ótimas surpresas. Sobre a continuidade não sei o que dizer, queremos continuar fazendo já temos mais uns 2141454365474 episódios no papel, continuar é muito mais importante do que onde veicularemos. A abertura da série, assim como os quadros que estão pelo apartamento 13, é do artista plástico XOXU, que assina a direção de arte da série. Como aconteceu essa parceria? Renato: Conheço o XOXU há um bom tempo. Mostrei as idéias pra ele e pedi alguns quadros, nessa conversa ele teve a ideia da abertura. E os trabalhos dele têm tudo a ver com a série, o Xoxu é um cara ímpar, do tipo que ouve música em baixa rotação e se diverte com o bolo kilométrico do aniversário de São Paulo. Lucas: Gostávamos muito do trabalho do XOXU, então resolvemos pedir alguns quadros para ele, que se prontificou e para nossa agradável surpresa adorou a idéia da série e se ofereceu para fazer a abertura e toda arte. Ficou interessado? Segue então as redes sociais da websérie assim como o contato do XOXU para demais curiosos, assim como os dois teasers de Apartamento 13 FACEBOOK: http://www.facebook.com/apartamento13 TWITTER: www.twitter.com/apartamento13XOXU: Blog // Flickr Teasers: