Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr No último sábado (26/07), conforme havíamos anunciado aqui, o camarada Camilo Solano lançaria sua nova história em quadrinhos, Desengano, lá na Gibiteria. E acontece que ele lançou mesmo, e eu fui lá prestigiá-lo. Fui lá porque tinha a expectativa de ver o Robert Crumb no local (ele fez um belíssimo prefácio para a HQ), mas não rolou. Então tive de me contentar com a presença do próprio Solano, mesmo. Mas assim que notei a chegada do Thobias Daneluz ao local, não pensei duas vezes e parti em retirada. =P Brincadeiras a parte, foi muito bacana prestigiar o trabalho do amigo Camilo Solano e reencontrar tantas outras figuras talentosas que foram lá fazer o mesmo. Se você não conseguiu comparecer, não tem problema, a HQ será lançada também no FIQ e na CCXP desse ano. Sem mais delongas, eu já li Desengano e conto agora procêis o que achei. Autógrafo que o Chaves pegou no deu exemplar de Desengano do @camilo.solano #hqs #independente #bide Uma foto publicada por Mob Ground (@mobground) a Set 27, 2015 às 6:38 PDT Desengano conta a história de Juca, um garoto introspectivo que é apaixonado por bidê, e que vive em total desengano pelas pessoas e situações – daí vem o nome da HQ -. Durante o carnaval, ele e sua família vão visitar seus avós na cidade de São Manuel, com o objetivo de fugir do agito que a data proporciona na cidade de São Paulo – Quem nunca?! -. Por lá, sua família decide aproveitar a natureza em um sítio, mas Juca também não curte esse contato com a natureza e preferiu ficar de boa na casa, com a desculpa de comprar batatas fritas para seu avô no fim do dia. E é ai que a vida dele tomará um outro rumo, um rumo nunca imaginado por ele, até então. E essa é a sinopse que eu posso falar da HQ. Parece simples? E é mesmo. Mas o grande barato dela está justamente na simplicidade. Aqui, menos é mais. A sensação que eu tive ao ler Desengano foi de nostalgia. Me senti vendo um clássico filme da Sessão da Tarde/ Cinema em Casa, com aquele clima de aventura e descobertas, ainda que aqui a aventura não tenha sido tão grande. E como não poderia deixar de ser, me reconheci no papel de Juca em diversos momentos. Não só no desgosto pelo carnaval, mas nas características dele. Essa proximidade com o leitor eu acho sensacional (os Daniel do Pipoca e Nanquim falou um pouco sobre isso aqui). Pra mim, as relações cotidianas entre os personagens apresentadas em Desengano são o ponto forte da história e são de chorar de rir – a inicial sobre o bidê, por exemplo, eu continuo rindo até agora -. Percebi que meu nível de humor se equipara bastante ao do autor, se isso é uma coisa boa para ele, já não sei dizer. =P Antes de terminar, preciso elogiar também o trabalho gráfico. Que maravilha! Tanto o formato, os papéis usados, o traço e as cores feitas pelo Camilo Solano. Coisa fina! Que venham vários outros gibis desse mala “estéril”! Desengano Autor: Camilo Solano Editora: Independente Páginas: 60 Especificações: 20 x 28 cm, COMPRE AQUI: Comix | Ugra Press