Com a Comic Con Experience 2016 virando a esquina logo ali, precisamos começar a pensar em quem procurar e o que levar para autografar no Artist’s Alley, o famigerado: beco dos artistas. O beco da CCXP 2014 contava com 215 artistas em 125 mesas. Em 2015, diz a organização, estiveram 165 mesas e 225 artistas. Este ano estão prometidas 336 mesas e mais de 461 artistas – é muito quadrinista!

beco2016

Decidi fazer uma lista com gibis e artistas que estarão este ano no beco. Procurei listar apenas artistas nacionais, que tive contato com o trabalho recentemente, ou ainda gibis que comprei nos anos anteriores de CCXP. A lista é resumida, mas isso não significa que você não deva dar uma boa passeada pelo beco, conversar com os artistas e comprar tudo o que você achar interessante. Quer uma dica boa? Tira pelo menos um dia para curtir o beco, você não vai se arrepender, pois lá está a espinha dorsal do evento!

O Parricídio – Beeau Goméz e Rodrigo Qohen

De saída indico uma das minha comprar certas no evento. Roteirizado pelo Rodrigo e com a arte de Beeau, O Parricídio mescla influências da obra freudiana chamada Totem e Tabu, com traços remetem à Edvard Munch, um dos pioneiro do expressionismo alemão na pintura. Compra certa! Beeau estará na mesa B06!

15153062_1406550026024310_1108892896_o

preview-cap1

Eigth – Forasteiro – Rafael Albuquerque e Mike Johnson

Recentemente fui presenteado com a re-edição de Eight de Rafael Albuquerque. Anteriormente o gibi havia sido publicado pela pela editora Dark Horse, nos Estados Unidos. A publicação retorna ao Brasil pela Panini Comics e o Stout Club. o Rafael já ilustrou histórias do Batman, Batgirl X-Force e X-men. É reconhecido principalmente pelo Vampiro Americano, série premiada roteirizado por Scott Snyder e Stephen King. Rafael estará na mesa B37/38

15153027_1406741069338539_257556211_o

15216094_1406741129338533_1639365377_o

Catacumba – Kiko Garcia

A série Catacumba vem sendo lançado pelo selo Kikomics. Na CCXP, Kiko estará lançando o terceiro volume três do projeto, chamado: Antiquários dos Horrores. Têm sido um dos trabalhos que eu mais tenho gostado de acompanhar na cena das publicações independentes. A premissa de Catacumba é escolher algum tipo de folclore, lenda urbana ou mito de terror e explorá-lo em três narrativas curtas. O primeiro eram de histórias de terror relacionadas à escadas. Já o segundo volume abordou as loiras macabras. Recomendo adquirir os três volumes na mesa D15, onde Kiko estará fazendo seu autógrafos macabros.

15204114_1406543742691605_890392011_o

15225225_1406543659358280_1509497808_o

Pensamentos Babacas (ceci n’est pas une bande dessinée) – Marília Bruno

Quem estará de volta esse ano é Marília Bruno autora de Pensamentos Babacasque foi um dos gibizinhos mais divertidos que comprei na CCXP de 2014. Marília fez falta no ano passado, mas agora ela estará de volta. Pensamentos Bacacas é uma série de reflexões bem humoradas sobre sexo, vergonha, embaraço e outras babaquices. Marília me surpreendeu com sua assertividade nas provocações, conseguindo trazer a tona os mais íntimos e mesquinhos pensamentos que nos invadem em momentos totalmente inoportunos. Vamos receber a Marília de volta a CCXP comprando Pensamentos Babacas e o que mais ela trouxer na mesa E37.

15182341_1406543842691595_1420095823_o

15233787_1406543832691596_1111610604_o

Limiar: Dark Matter – Luciano Salles

Se você gosta de quadrinhos que te desafiam, que te colocam para pensar e trabalhar na investigação e produção de sentido sobre a obra, a trilogia de Luciano Salles é para você. O Quarto Vivente, L’amour: 10 oz e o mais recente Limiar: Dark Matter são quadrinhos que você tem a obrigação de ler. As estruturas narrativas escolhidas por Salles são extremamente complexas e tem certo efeito de tensão quando manejadas pelo seu traço mais do que singular. Luciano estará na mesa B01, não perca a oportunidade de adquirir uma de suas prints sensacionais.

15216041_1406795849333061_1961601224_o15225276_1406795852666394_1056783046_o

Anderdogue – Bruno Dinelli

Acredito que seja a primeira vez que o Bruno estará com uma mesa no beco da CCXP, algo que estava demorando para acontecer. Anderdogue é belezura de gibi e trabalha os limites da autobiografia e da ficção através de um paralelismo muito interessante que vale a pena ser conferido. O quadrinho de Bruno é muito caprichado e conta com um acabamento profissional, fazendo de Anderdogue um item de colecionador. Procure a mesa F05, bata um papo com Bruno e leve um gibi lindo para casa!

15205823_1406798255999487_1114539605_o

15233685_1406798262666153_1702140416_o

Necromorfus – Gabriel Arrais

Necromorfus é roteirizado pelo próprio Gabriel Arrais e a arte é assinada por Magenta King. Foi publicado pelo selo RQT Comics que é gerenciado por ambos. No primeiro volume “Ossos do Rei“, Douglas descobre que consegue se transformar em qualquer pessoa que já morreu após tocar em qualquer tipo de vestígio orgânico do defunto, assumindo sua forma, absorvendo suas recordações  bastando para isso apenas tocar em qualquer resto mortal desta pessoa. O segundo volume: Necromorfus nº2 – Poeta Interior será lançado na CCXP 2016 e desta vez desenhado por Abel (Rafael Vasconcellos), vencedor do Troféu HQ Mix 2016 pela minissérie Ditadura no Ar. O Gabriel e seus Necromorfus estarão na mesa B08. Confira!

capas41

pagina_necromorfus_divulgacao

 

Pétalas – Gustavo Borges e Cris Peter

Pétalas é um gibi sem balõezinhos que narra a jornada três personagens através de um inverno inóspito. Gustavo Borges já publicou três quadrinhos independentes: Morte Crens, Edgar e Pétalas. Na CCXP 2016, lançará A Entediante Família de Morte CrensCris Peter é famosa por seus trabalhos de colorização digital, inclusive com trabalhos para a DC, Marvel e Image. Em 2012, foi indicada ao prêmio Eisner pelo Casanova. É também uma teórica sobre a colorização, com seu livro O Uso das Cores. Estará na Comic Con vendendo seu trabalho mais recente Patas Sujas na mesa A24/25. Já o Gustavo poderá ser encontrado na mesa B03.

15224790_1407016372644342_2873877_o

Greg: o contator de histórias – Marcio R. Gotland

Marcio R. Gotland é ilustrador, quadrinista, professor e um contator de histórias. Em 2014 lançou, na CCXP, a webcomic Greg: O Contador de Histórias, que acabou sendo indicada ao Prêmio HQ Mix deste ano. O gibi se passa em uma especie de era medieval, no momento chave da transmissão do saber, o momento de se contar a história. Obscurantismo e cavalheirismo dividem a cena em uma história cativante com o espírito do espada e magia a todo vapor. Para este ano, Marcio prometeu suas duas edições de Greg: O Contador de Histórias em cores e um Sketchbook, conferiremos na mesa D21.

15224561_1406543836024929_1007269829_o

15184096_1406543822691597_630048104_o

Solzinho – Camilo Solano

Camilo Solano é o cara. Se você não conhece Deixa entrar sol nesse porão Desengano do acanhado e acolhedor quadrinista de São Manuel você está em um grave débito com o a cena paulistana de quadrinhos. Agora se você não conhece Captar você dormiu no ponto em 2014. O gibi produzido na parceira com o também sensacional Thobias Daneluz é um dos quadrinhos mais finos no que tange a construção narrativa e transmissão. Captar é sui generis e sucesso de vendas é apenas um dos indícios da qualidade do gibi. Recentemente, Camilo começou um canal no youtube chamado Divã do Solano, no qual entrevista agitadores da cena paulistana e do interior em alguns vídeos, enquanto em outros ele trás reflexões mundanas para um foco de construção existencial de sentido, sempre meio que frustrado, nunca muito ambicioso. Na CCXP 2016, ele estará lançando impresso e à cores o Solzinho, história em quadrinhos digital que publicou também esse ano em seu blog. Na minha opinião, Camilo é um dos melhores quadrinistas que você pode encontrar no beco dos artistas e encontre-o na mesa G18, compre tudo que estiver à venda nela.pg-01-solzinho-color

_montagem capa.indd

 

E vocês, alguma dica para nos dar para conferir no Beco dos Artistas?!

Carregar mais artigos relacionados
Carregar mais por Diego Penha
Load More In Destaque

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira também!

[Resenha] O Clube dos Canibais (2018)

Com forte inspiração do ciclo italiano de cinema de horror dos anos 70 e 80, O Clube dos C…