Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Olá meus lindos e maravilhosos! Hoje é dia de voltar às minhas origens da época do Nerds Somos Nozes e escrever sobre animes. Aqui na MOB não temos muitos textos sobre o assunto e eu garanto que a resenha da vez é totalmente o oposto da minha outra publicação sobre o gênero aqui. Se você quiser ler um texto bem mais sério e cheio de crítica social, corre pra ler minha resenha sobre Serial Experiments Lain. Chega o final de ano e todo mundo fica maluco. Semana de entrega de trabalhos monstruosos, provas finais na faculdade, pegar trem lotado fica insuportável, a idéia de ter que ouvir as mesmas piadas sem graças sobre região anal no trabalho já o suficiente para te deixar com vontade de arrancar os cabelos e a hipótese de ter que participar das “animadíssimas” festas de confraternização te fazem entrar em desespero. Mas calma gente, o mundo vai acabar logo mais e todas as suas preocupações terão fim. Enquanto isso, que tal começar a desestressar a cabeça com entretenimento que faria sua avó te dar uns bons cascudos? Criado por Risa Ito, “Oruchuban Ebichu”, “Ebichu Minds The House” ou “Ebichu, a dona de casa” é um mangá que depois virou um anime produzido pela sensacional Gainax, responsável também por “Gurren Lagan”, “Panty &Stocking With Garterbelt” e pelo clássico “Neon Genesis Evangelion”. O enredo é simples, Ebichu é uma hamster que fica fazendo todos os afazeres domésticos para sua dona enquanto a mesma é traída pelo namorado, vai trabalhar ou fica à toa vendo televisão. Até ai é um plot bem simples, enquanto a mestra da mascote fica fumando pela casa ou vai trabalhar o animal lava a roupa, passa o espanador, arruma a cama entre outros afazeres domésticos. E é ai que você se engana meu querido. Ebichu não é um anime politicamente correto e mais de uma vez você se depara com situações bizarras e com cunho sexual implícito ou não. Um exemplo disso é logo no primeiro episódio quando a dona de Ebichu, nomeada na trama de “Moça do escritório” ou “Mestra”, viaja até sua cidade natal para pegar seu uniforme colegial para depois voltar correndo e transar com o namorado. Namorado esse chamado pela hamster de “Kaishonachi”, ou “Vagabundo”, que só quer saber de trair, apostar e encher a cara. Mas sempre é perdoado. Agora, como um anime desses ganha vida? Simples, “Ebichu Minds The House” surgiu nos bastidores de “Neon Genesis Evangelion” enquanto a dubladora da Major Katsuragi, Kotono Mitsuishi, lia o mangá entre intervalos de gravação e rolava de rir. Depois de mostrar a obra para os colegas de trabalho, decidiram então colocar a mão na massa e animar a hamster surgindo então um anime de 24 episódios com duas histórias em cada. Depois da produção, o show foi ao ar dentro do bloco de animações voltadas para a vida adulta, “Modern Love Silliness”, ganhando rápida popularidade. Uma coisa que fez com que Ebichu fosse parar na boca do povo, não foi somente o alto teor de violência, conteúdo sexual ou piadas sujas. A protagonista da série é muito semelhante ao personagem principal de um anime voltado para crianças. Sim, Ebichu seria a irmã corrompida de “Hamtaro”, você sabe muito bem de quem eu estou falando. Quando eu disse que Ebichu não é um anime para pessoas que se ofendem facilmente, seja com sexo ou com porradaria, eu falei sério. A hamster apanha sem dó nem piedade quando come queijo da geladeira sem permissão, quando tenta fazer o coaching das transas da sua mestra através da leitura de livros eróticos, ou simplesmente quando avisa no meio da praia lotada que sua dona tem um pelo pubiano gigante pra fora do biquini. Isso que eu nem mencionei o vibrador verde. [Nota da edição: Não mencionou, mas a imagem está logo acima] Tanto a violência quanto o sexo são explícitos. Mas nada que tenha a intenção de ser fanservice ou hentai escrachado, sim, você vai ver peitos mas não vai chegar no ponto de tentacle ou de seduzir. É pura tiração de sarro sem segundas intenções. Ah a ironia. Além da rotina de cuidar da casa, Ebichu também se encontra em situações bizarras que ficam cômicas graças a ingenuidade da hamster, fica aqui a dica de que ela é um animal e não tem lá um bom discernimento das coisas. Ela tenta a todo custo agradar sua mestra mas isso não significa que consiga todas as vezes. A arte de Ebichu não é complexa e cheia de detalhes como visto em “Trinity Blood” ou “Princess Princess”, o traço é bem cartunesco e a coloração é simples. Beira um desenho simples feito por uma criança, na minha opinião funciona muito bem no conjunto da obra. Uma arte mais elaborada faria o fator ironia sumir, afinal estamos falando de uma hamster que vive fazendo trocadilhos envolvendo a palavra “vagina”, que vive apanhando de sua mestra mal sucedida na vida profissional e amorosa Além de contar a rotina da Hamster e sua mestra, há dois subplots no anime. O relacionado a Maa-Kun que envolve furry fandom e o Ebichuman, o salvador sexual. Vamos por partes. Maa-kun é um amigo de Kaishonachi que acaba conhecendo Ebichu através de uma partida de Mahjong na casa da “Moça do escritório”. A hamster simplesmente limpa a mesa, e por causa de seu jeito carismático e simpático de ser, o moço se apaixona perdidamente pelo animal. E não é aquela paixonite que temos por animais fofos, Maa-kun tem atração sexual por ebichu ao ponto de ter sonhos eróticos com a hamster. Quem acaba pagando o preço é a namorada do moço que fica sendo coagida toda a hora para que os fetiches de seu namorado sejam postos à prática. Ênfase para a cena de roupa de hamster. Eu chorei de rir assistindo as cenas do Maa-kun pelo absurdo da trama e por causa do dublador escolhido. O personagem tem a voz de Mitsuo Iwata que também tem no currículo animes como o hilário Golden Boy – recomendo -. O segundo subplot é “Ebichuman, o salvador sexual”. Todas as noites Ebichu sai pelas casas de Tokyo ajudando pessoas que tem problemas relacionados a sexo, seja uma mulher que não consegue gozar sozinha até um cara com problemas de ejaculação precoce. Já é absurdo logo de início mas garanto que é engraçado, e a musiquinha do Ebichuman também é sensacional. Desde receber ligações de tarados, extraviar pacotes eróticos para senhoras de idade até fazer uma performance musical tão erótica que leva ao sexo imediato de sua mestra com Kaishonachi, Ebichu é um hamster tão legal e sem noção que não tem como não se apaixonar por ela. Aproveita que o mundo está acabando e que logo mais você não vai mais ter que se preocupar com o que é moral ou imoral e assista “Oruchuban Ebichu”, não tem como não rir. Título: Oruchuban Ebichu Diretor: Makoto Moriwari Episódios: 24 Nota: 10