Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Aloha, seus apetitosos! Se vocês algum dia se deram ao trabalho de ler a minha descrição nessa coluninha esperta à esquerda, devem então saber que sou uma fã apaixonadamente assumida de Hannibal Lecter e da trilogia escrita por Thomas Harris. Não preciso nem dizer que quando descobri da existência de uma série sobre o psi(copata)quiatra mais famoso do terror fiquei no mínimo animada. Claro que rolou aquela dúvida e o receio. Será que vão estragar o legado de um personagem ícone do gênero? Será que vão estragar o próprio personagem em si, que, pra dizer o mínimo é complexo e elegante? Sim, tem puxasaquismo nos adjetivos, mas sou uma mera humana escrevendo sobre um homem que amo. Perdoe-me, é mais forte do que eu. Produzida pela NBC, Hannibal conta a história do relacionamento entre Lecter e o investigador especial do FBI Will Graham. Se você não chegou a assistir ou ler Dragão Vermelho eu dou uma explicada pra vocês entenderem. Will Graham (Hugh Dancy) trabalha com a polícia na captura de serial killers, mas esse investigador extremamente perturbado tem um talento que o difere dos demais oficiais. É uma bênção e ao mesmo tempo uma terrível maldição, no entanto é o preço que ele paga. Graham tem a capacidade de pensar como os criminosos. Não, ele não tem poderes especiais nem nada, ele só consegue assumir a perspectiva dos assassinos e entende, melhor que ninguém, como a mente deles funciona. Isso somado a suas habilidades de medicina forense, interpretação de cena de crime e capacidade de observação humana, o tornam uma ferramenta extremamente importante na captura de um maníaco. Mas, como eu disse acima, isso tem um preço. E bem caro. Graham é um humano tecnicamente normal e, assim como todos nós, fica chocado com as visões das cenas do crime. Isso fica pior por causa de seu talento especial. Will é constantemente perturbado por visões e pesadelos de vítimas, acabando quase completamente com a sua sanidade. E é ai que Lecter entra. Jack Crawford é o chefe da Divisão de Ciência Comportamental do FBI e chefe de Graham. Preocupado com o garoto e com sua cabeça, ele adiciona mais um membro para sua equipe, tanto para cuidar da sanidade de Will, quanto para ajudá-los nos crimes. Sim, a nova adição é Lecter. Se você já leu os livros ou viu os filmes, sabe muito bem como essa história vai acabar e eu particularmente acho que esse é um motivo a mais para que a série fique mais tensa ainda. Se você não o fez, a atmosfera de suspense continua a mesma porque ainda bem que escolheram bons roteiristas para lidarem com temas tão pesados e com o desenvolvimento de personagens complexos. Partindo para os temas técnicos, Hannibal não decepciona. A fotografia é simplesmente linda, um prato cheio pros olhos e a simbologia de algumas cenas são embasbacantes, sério, até a comida nas cenas de refeição são lindas. Assim como os cenários, ângulos de câmera e sequências de ação. Claro que o roteiro não pode ficar de fora, e mesmo que você preste muita atenção, é certo que vai deixar escapar um grito ou outro de surpresa. O elenco conta com Lawrence Fishburne interpretando o Jack Crawford, sim, nosso querido e amado Morpheus. E encarando a responsabilidade de interpretar Lecter temos Mads Mikkelsen (vocês provavelmente o conhecem melhor pelo personagem Le Chiffre do filme 007 Cassino Royale [Nota: o melhor filme da franquia, por sinal] ). Uma curiosidade da série é que, fugindo do tradicional padrão americano, Hannibal terá somente 13 episódios na primeira temporada. Outro toque de humor negro que eu achei sensacional é que cada episódio tem nome de algum prato da cozinha francesa. Fica para o espectador fazer a ligação do título com um dos aspectos do episódio. Outro aviso, as temáticas são bem pesadas e os assassinatos são doentios. Se você se incomoda com esse tipo de coisa é melhor procurar outro show, mas se não, suba à bordo! E agora uma boa notícia para os fãs brazucas. Vocês bem sabem que ocorreu esses dias um atentado na maratona de Boston, e previamente um tiroteiro numa escola americana. Por causa disso a NBC resolveu remover o quarto capítulo de Hannibal do ar devido às similaridades de ambos os eventos e adiantará a série em uma semana, exibindo o quinto episódio no lugar. “Matar deve fazer Deus se sentir bem também. Ele faz isso o tempo todo, e não fomos nós criados à sua imagem e semelhança?” No entanto, essa medida só acontecerá nos Estados Unidos ou seja, DOBRADINHA DE HANNIBAL ESSA SEMANA! Agora só pra entenderem, não tem spoiler, juro. A trama do quarto episódio foca em uma pessoa que faz lavagem cerebral em crianças, para que elas matem outras. O tiroteio que ocorreu nos EUA foi em uma escola elementar. Ou seja, com alunos que vão do Jardim de Infância até no máximo a quarta série. Sei que é horrível ficar feliz por causa disso, mas não dá pra evitar. A NBC tem feito um excelente trabalho com Hannibal e agora fica a corrente de oração para que não detonem a série de vez.