Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Segunda parte do especial “Magia e Ocultismo para Iniciantes” Leia também: Parte 1 | Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Parte 5| Parte 6 | Parte 7 | Parte 8 | Parte 9 | Parte 10 | Parte 11 Magia não surgiu ontem, ou mesmo durante as perseguições medievais. Magia é algo praticamente inerente ao homem, alguns diriam que é a verdadeira (e a primeira) religião, que colocava nossos antepassados em contato com o (Macro)cosmos muito antes de padres, pastores e sacerdotes usurparem para si as chaves do encontro com Deus. Mas, assim como a história da civilização precisa de um ponto de partida para ser ensinada – e geralmente se começa com a história da Mesopotâmia -, compreender um pouco da história e da filosofia da Magia exige um pouco de generalizações e de cortes arbitrários. Obviamente que definições diferentes – e até contraditórias – do que escreverei abaixo, poderão ser encontradas por vocês em outros livros e artigos, portanto, para esse texto vale o mesmo que Eu disse: isso é só um primeiro tapa na bunda de incentivo a busca por mais conhecimento. O mais importante, acima de tudo, é o equilíbrio. Desconfie e questione tudo, seja curioso e não tenha medo de fazer mash-ups com seu aprendizado. Magia é Arte e arte não possui limites. Arte consiste em apenas utilizar os meios que estão ao redor para expressar algo ainda não-expresso. E isso geralmente envolve tornar os que tiveram contato com a Arte pessoas mentalmente mais desenvolvidas. Essas são as chaves para o sucesso. É importante entender que cada sistema mágico tem suas falhas, e onde ele falha, outro igualmente desenvolvido pode ser forte. Não tem mistério, a saída é estudar. Muito. Sem parar. Conseguir pegar um conceito da Kabbalah, associa-lo com Kardecismo e logo depois achar referências na Mitologia Grega e na Umbanda é geralmente um trabalho mágico de grande sucesso. Na maioria dos casos um professor ou um mestre dificilmente lhe ensinará esses conceitos. Na verdade, a função de pessoas nessa posição é lhe dar ferramentas para que você mesmo desenvolva seu próprio sistema mágico, recheado de conceitos pessoais. A primeira grande subdivisão da Magia é aquela que coloca todos os sistemas mágicos dentro da definição de Dogmática e Pragmática. As diferenças entre os dois conceitos são simples. A Magia Dogmática, para funcionar, utiliza de símbolos, ideias, conceitos, rituais e outros métodos já criados por outras pessoas. É apoiada na tradição, na história e na segurança que os sistemas dogmáticos possuem. Já a Magia Pragmática envolve criatividade, e a construção de símbolos pelo próprio magista. Não é incorreto dizer que os sistemas que utilizam o pragmatismo são mais “modernos” e recentes – dentro de um amplo contexto histórico, obviamente – enquanto os sistemas antigos se utilizam do dogmatismo para produzir resultados. Pense que a diferença entre os dois métodos é o mesmo de andar em uma avenida larga, movimentada – não farei correlações com pedágios, ou similares; eles ficam por conta de vocês – e com praticamente todos os que estão nelas indo para o mesmo lugar. Não é difícil entender como utilizar métodos assim é bem mais seguro, já que a própria Tradição dos rituais e práticas é uma forte influência na segurança deles. Já o Pragmatismo envolve andar em um bosque ao entardecer, com trilhas e sinais em árvores para não ficar perdido, e onde é necessário ficar atento a qualquer sinal da presença inimiga, aos sons de animais predadores – ou possíveis aliados – e da própria flauta de Pan, geradora do pânico que assola todos os viajantes. Mesmo em uma ordem ou grupo, o mago pragmático seguirá praticamente sozinho, em sua própria direção e com auto-objetivos bem definidos quanto ao que deseja e busca com a Magia. Entre os sistemas dogmáticos mais conhecidos se destacam a Magia de Abramelin, a über-complexa e perigosa Magia Enoquiana, o Hermetismo de Franz Bardon, o clássico Livro de São Cipriano – best sellers entre adolescentes e mulheres que querem fazer amarração – entre outros. Já os sistemas pragmáticos mais importantes são a Magia do Caos, a Thelema de Crowley e o Satanismo original de LaVey. Para um iniciante é exigido desde já saber com o que está se metendo. Ter um mestre pilantra e mal intencionado pode resultar em uma ligação completamente indesejável entre os dois por anos e que demandará tempo para ser desfeita. Vi amigos – e por pouco não vi meu irmão – entrarem nessa de quererem virar os super-poderosos em 15 minutos e se associavam com qualquer um que dissesse evocar um demônio qualquer e o resultado foi perda de energia, burrices e um cara assombrando eles em tudo que é canto. A mensagem aqui é: não se associe com ninguém em trabalhos magísticos antes de ter conhecimento ao menos intermediário. E, acima de tudo: confie na pessoa – e boa sorte. Conhecimento é a chave para identificar possíveis merdas que virão pelo caminho – Eu mesmo vi muita gente ser enganada recentemente em um Templo de Umbanda em que o pai-de-santo era um picareta completo, do tipo que fingia estar incorporadol, apesar de diversas entidades respeitáveis trabalharem no local. A “vantagem” é que a maioria das armadilhas virão logo nesse primeiro estágio, onde tudo tende a ser mais nebuloso. Uma complexa e equilibrada combinação de ousadia e cautela é extremamente necessária para dar os primeiros passos em magia efetivamente prática e visitas ao Plano Astral. Não existe método para consegui-la, assim como não é possível ensinar como possuir algum grau de intuição, mas explicarei alguns exercícios que podem ajudar. Por motivos como esse que grande parte da Magia não é passível de explicação pela Ciência, já que seus efeitos são pessoais e não perceptíveis por instrumentação ou mesmo por observadores externos. Cada Magista deve possuir sua própria ciência para verificar resultados e manter uma postura ambígua quanto a eficácia de seus próprios rituais – falarei disso ao longo da série. 1 – Modelos de Magia Dentro dessas divisões de naturezas mágicas, existem basicamente quatro modelos de Magia quanto ao seu funcionamento. O primeiro deles é o Espiritual. E quando digo primeiro, isso provém do fato dele ser o mais antigo, derivado das técnicas xamânicas de êxtase e visitas a outros planos e dimensões. Tal modelo exprime o fato dos espíritos – como entidades autônomas e conscientes do Astral – realizarem os atos mágicos e as mudanças na realidade tão buscadas por magistas. A chave para o sucesso mágico consiste em possuir e desenvolver técnicas de comunicação com esses seres. Deve-se agrada-los, ouvi-los ou arriscar aprisiona-los e torna-los escravos – sabe as histórias dos gênios árabes? Pesquise sobre os Djinns e descubra os fundamentos realistas de tais relatos. A existência de deuses, demônios, entidades, espíritos e outras formas espirituais estão dentro desse modelo, provavelmente sendo o sistema espiritual mais importante o Enoquiano, desenvolvido (ou recebido através da comunicação com anjos) por John Dee. Os principais sacerdotes do modelo espiritual são o xamã e o médium. Eu nunca vi isso definido em nenhum lugar (embora tenha lá minhas certezas de que esteja), mas considero o xamã e o médium diferentes agentes da Magia Espiritual. Enquanto a função primordial de um xamã é ser um viajante de planos existenciais, adquirindo conhecimento de espíritos, elementais e outras entidades espirituais; o médium é uma espécie de porta de entrada para espíritos no Plano Físico, é um veículo de manifestação espiritual. O xamã é ativo, o médium é passivo – yang e yin. O segundo modelo é o Energético, provavelmente surgido na mesma época do modelo espiritual. Funciona segundo o princípio de que as energias emanadas por seres vivos constituem a base das ações mágicas. Todos somos antenas, que recebem e emanam energias, geralmente associadas com nossas emoções. O modelo é largamente utilizada na China e Índia, através de técnicas como o Reiki, Yoga e outros métodos para canalizar e utilizar energias classificadas como sutis (já que não podem ser detectadas por nenhum instrumento humano) para fins “benéficos”. Ou mesmo “maléficos”, o importante é causar transformações na realidade. No Ocidente, o modelo energético ficou particularmente famoso graças a Anton Mesmer, mais ou menos no fim do século XVIII, que popularizou a teoria de que os animais também emitem ondas magnéticas e que elas causam mudanças nos corpos de outros animais. Graças a descoberta, Mesmer criou tratamentos que utilizavam esse modelo, além de ter desenvolvido técnicas de hipnotismo. Como não é difícil adivinhar, Mesmer não foi lá muito bem recebido pela comunidade médica e a Sociedade Real de Medicina sequer aceitou nomear uma comissão para examinar os métodos deles. Quando o fez, em quatro meses eles emitiram um relatório tendencioso que disse que todas as curas realizadas por ele não passavam de placebo e auto-sugestão. Um segundo relatório foi escrito direto para a polícia e afirmou que o ambiente dos consultórios de Mesmer eram perigosos – qualquer semelhança com a trajetória de Wilhelm Reich e sua energia orgônica não é mera coincidência. Postumamente, o trabalho de Mesmer foi aceito pela Sociedade Real de Medicina, mas um relatório favorável ao trabalho dele e fruto de cinco anos de pesquisa, terminou por ser arquivado e jamais publicados, por motivos nunca esclarecidos. Vril, Prana, Od, Mana, Ki são apenas outros nomes para a mesma energia. Todo o fluxo e teias de acontecimentos estão submetidos a ciclos e a uma espécie de dança de forças energéticas, o que em sua forma pura dispensa a necessidade de explicação de outros planos existenciais. Já o Modelo Psicológico é mais moderno e deriva do trabalho de Sigmund Freud e Carl Jung, o último em maior grau. O Inconsciente e sua ação na esfera psicológica são os agentes mágicos desse modelo, e como tal desprendem energias também, denominadas Emanações Psíquicas. Qualquer que já leu os trabalhos desses dois autores não demoraram pra sacar porque a Psicanálise não é reconhecida como uma “ciência pura”. A linguagem de Freud e Jung não é científica, e está mais para a poética, na descrição de fenômenos antes completamente desconhecidos. O fato é que o funcionamento do Inconsciente (Subconsciente, na linguagem de Freud) é um mistério. Aparentemente ele pode ser descrito como uma espécie de entidade – ou complexo psíquico, seja lá o que isso seja – com vontade própria. Nossa vontade ordinal pode ser descrita como mera marionete do Inconsciente. Porém, por mais que a Psicologia, principalmente a Cognitiva, tenha se desenvolvido, o modelo psicanalítico do Inconsciente não pode ser completamente combatido, principalmente a noção de Inconsciente Coletivo criada por Jung e extensamente provada no trabalho de Mitologia Comparada de Joseph Campbell, por exemplo. Por esse motivo Eu digo que a Psicologia – mesmo as camadas mais “científicas”, como a Análise Transacional – é a Magia Ocidental pura e simples. Trata de símbolos e utiliza métodos não completamente explicáveis em termos de linguagem epistemológica. Mas os efeitos estão lá, bastante claros. Estudem os trabalhos de Jung relacionados a Alquimia e entendam melhor a relação. Os que trabalham com o Modelo Psicológico – meu preferido, antes que perguntem – devem aprender como criar uma ponte entre a vontade consciente e a Inconsciente, muito mais poderosa e capaz de afetar a realidade. A ponte para isso seria a criação de um Complexo induzido “artificialmente”, que jogaria no Inconsciente a vontade do Mago para que ela possa ser materializada. É justamente o processo inverso ao da cura dos complexos psíquicos freudianos. É como querer acabar com a energia de um prédio inteiro ao causar um curto circuito no quarto onde está. Como deu para perceber, não existe muita explicação mais aprofundada sobre como funciona o Modelo Psicológico – até existe, mas explico mais para frente. Essa aura de mistério faz parte do próprio modelo e é uma projeção da linguagem escrita nos próprios livros de psicologia, sempre rebuscados e poéticos. Lidar com esse modelo é lidar com símbolos, construtos que ativam no Inconsciente certos complexos de ação que são ativados através da tal de Energia Psíquica. A chave para isso é a criação de sigilos e mantras (mais sobre isso na próxima semana) que causam mudanças significativas no ambiente – ou as chamadas Sincronicidades descritas poeticamente por Jung. Após a difusão da Psicanálise, o Modelo Psicológico se tornou bastante difundido. Magos importantes como Aleister Crowley e Austin Osman Spare foram alguns dos principais desenvolvedores das técnicas do modelo. Israel Regardie e Peter Carroll são outros dois nomes importantes do panteão psicológico. E por fim temos o Modelo Informático. Aqui tudo se traduz como pacotes de informação que controlam a realidade, nas chamadas Leis da Natureza. Essas definições bebem principalmente na fonte da Física Quântica, que determinou (mais ou menos, porque nos modelos Quânticos a última palavra que podemos usar é determinado) que a Informação está acima das leis da Física. Ou seja: nada de velocidade da luz, Espaço-Tempo e outras prisões. Um dos modelos básicos de ação da Informação – o mesmo se aplica ao Modelo Psicológico – do Modelo são os Campos Morfogenéticos descritos pelo biólogo Rupert Sheldrake, que afirma que campos de informação conectam os seres vivos da mesma espécie e “dá vida” às ideias mais variadas. É basicamente uma forma mais científica de dizer sobre a ação programável e semi-autônoma das Egrégoras (ou Memes, se você é fã de Richard Dawkins). A Magia da Informação, ou Cybermagick, consiste em lançar nos campos morfogenéticos os próprios pacotes de informação do Mago. Em última instância, não é muito diferente de lançar um vírus na Internet. Como esse modelo é ainda muito novo, muitas das suas possibilidades ainda estão em processo de debate e desenvolvimento. Mas não seria absurdo dizer que o futuro é promissor para cybermagos. Obviamente que a busca por um Meta-Modelo, que reúna as melhores partes de cada um é o ideal. Não é preciso acreditar fundamentalmente somente em um, já que o repertório de um magista crescerá e possibilitará muito mais coisas com o conhecimento de outros modelos. Geralmente curas são melhor realizadas com o uso de Energias, Feitiços mais simples carregam melhor com Sigilos, que utilizam o gatilho psíquico para funcionar. Se o Mago for bom em improvisar, a Cybermagick tem mais serventia, e assim sucessivamente. 2 – Magia por cores Outras possíveis definições arbitrárias com relação a Magia é a divisão em Magia Negra e Magia Branca. Magia Negra seria aquela que interfere diretamente no livre arbítrio das pessoas. É colocar sua vontade no desejo de que uma pessoa realize um ato. Já a Magia Branca seria aquela que envolve atos moralmente louváveis, como ajudar alguém. Tal definição é tacanha e limitada por si só, já que é possível interferir na vontade das pessoas e ainda assim praticar o “bem”. Uma delas é a cura de alguém a pessoa não tem contato. Segundo os teóricos mais moralistas, esse tipo de ato se encaixa numa tal de Magia Cinza, que me recuso a definir. O importante é entender que cada um possui seu próprio código moral, que quase nunca é compartilhado, e não seguir a cabeça dos outros. A Magia Negra, Branca ou de qualquer espécie com relação a moral, são definições, simples codificações para facilitar – às vezes dificultar – o entendimento das técnicas por trás do funcionamento delas. Uma divisão mais correta da Magia em cores foi feita por Peter Carroll apoiando-se na Kabbalah e na teoria dos Oito Círculos de Consciência de Timothy Leary – que deriva da própria Kabbalah e nos trabalhos dos monges tibetanos. A definição mais correta feita por Carroll foi a relação de Magia Negra com a própria Morte. Um ritual básico de Magia Negra envolve a criação de uma forma psíquica (Espiritual, energética ou Informacional) para a destruição de um inimigo ou uma situação. Morte, no Tarot, envolve uma ceifa ou um processo definitivo. Porém, um Magista com conhecimentos sobre a Morte pode fazer uma espécie de engenharia reversa e invocar a personificação de seus conhecimentos sobre a Morte para evita-la na vida dele o máximo possível. Evidentemente que um ritual para destruir um inimigo de forma quase silenciosa é um dos usos da Magia Negra, ou Magia Entrópica, numa linguagem menos medieval. Carroll vai mais longe e associa diferentes cores com diferentes estados mentais humanos, seja o da prosperidade, o do Ego, da Guerra, sexo, e assim vai. Entraremos em detalhes na quarta parte da série. É possível conhecer também a parca divisão que coloca de um lado o que se chama de Alta e do outro de Baixa Magia. A Alta Magia lida com o objetivo mais antigo da religião: a ligação do Homem (microcosmo) com o Universo-Deus (Macrocosmo). A chave aqui é crescimento espiritual. Já a Baixa Magia lida com atos de feitiçaria, ou coisas terrenas e materiais. É conseguir uma promoção, aumentar o tempo e concentração dos estudos, se livrar daquele inimigo mala, conseguir sexo. É tudo que envolva atos físicos. Mais uma vez, é necessário obter equilíbrio para seguir em frente e construir seu próprio e avançado código moral, para discernir as consequências de seus atos mágicos e ficar com alguma espécie de peso na consciência. Aprendeu? Tem muito mais, semana que vem deixarei de conversa mole e começarei com a prática. 3 – Exercícios Agora que vocês treinaram a respiração e a criatividade e os processos de pensamento (e espero que continuem treinando e inventando novos exercícios relacionados), é hora de aprofundar um pouco mais. O primeiro é bem simples: anote TODOS os seus sonhos. Tudo, qualquer fragmento. Se acordar no meio da noite com ele na cabeça, ANOTE quanto antes. Tente buscar alguma correlação entre eles, um possível motivo de ter sonhado com esse determinado assunto e não um dos trilhões de outros. Anote tudo no mesmo lugar – caderno, agenda, bloco de notas – e tente caçar padrões, ou mesmo qualquer coisa realmente interessante. O segundo exercício treina com as importantíssimas faculdades de visualização. Sente-se em um lugar calmo , de preferência com uma parede branca em frente. Veja um dado comum de seis lados em sua mão. Não digo para imaginar, de olhos fechados, mas efetivamente VER o dado. Sinta o dado, o tamanho, peso, aparência, textura. Perceba que você criará o objeto de forma geral e os detalhes aparentemente surgirão “do nada”. Ele está novo ou desgastado? Ele é bem feito? Insira nele o máximo de detalhes possíveis. E finalmente jogue-o. Que número deu? Depois simplesmente faça o dado evaporar numa nuvem de poeira triunfante. Se tiver dificuldade em iniciar com o dado, comece com sua comida preferida, ou com uma manga cujo cheiro invada toda a sala. Apesar do homem ser um animal essencialmente visual, os outros sentidos são muito mais capazes de guardar lembranças. O cheiro de uma macarronada – mesmo se for apenas acessado da memória – causa efeitos muito mais poderosos do que simplesmente ver o prato de macarrão. Quando passar pelos dado, é hora de imaginar outro; Ao invés de um dado clássico, branco e com seis lados, veja em sua mão um dado de 10 lados de um RPG, na cor vermelha. Veja os dois ao mesmo tempo, interaja com eles e os jogue. Vá acrescentando dados de lados e cores diferentes até chegar a quatro. Veja-os, sinta-os, jogue-os e depois os transforme em poeira. Quando conseguir manter o seu constructo psíquico dos quatro dados por cerca de três minutos, pode ficar feliz. Quando precisar decidir números na base da sorte, jogue seu dado mental e surpreenda-se com os resultados. Leia também: Parte 1 | Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Parte 5| Parte 6 | Parte 7 | Parte 8 | Parte 9 | Parte 10 | Parte 11