Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr [ARTE DA VITRINE]: Thiago Chaves (@chavespapel) AVISO: Esse artigo contém spoilers de todas as obras citadas – Ah, vá!– Também escreveram: Sherman, BruNêra e Felipe Storino A idéia para esse post surgiu quando terminei uma sessão de Clube da Luta (o melhor final da história, ponto!). Fiquei vendo a cena do término umas 15 vezes seguidas e tive a idéia de convocar os outros dois redatores que mais se dedicavam ao cinema (BruNêra e Sherman… sim, esse post ficou bastante tempo na geladeira e o Felipe Storino ainda não era um dos nossos (nota da Mob Ground: 1hummm granola!) ) para também escreverem sobre seus finais favoritos (antes de postar chamei o Felipe também). Foi M. Night Shyamalan que disse: Dê aos espectadores um final arrebatador, e eles esquecerão todo o resto! Não sei qual foi a idéia dele ao dizer isso, já que seus filmes sempre se destacaram pelo seu final – isso até A Vila, pois apesar de gostar de A Dama na Água e Fim dos Tempos, os finais mindfucking dele acabaram por ali. O fato é que os finais – quando digo finais, quero dizer a última cena, ou sequência – de filmes são, em sua maioria, uma grande porcaria. Isso facilmente se explica pelo fato de 90% dos roteiristas gostarem das tragédias gregas, que seguem aquele clássico estilo de ir acelerando aos poucos, para depois chegar ao clímax e e no fim pisar no freio um pouquinho. Não entendeu? Vou explicar melhor. Imagine um casal que está namorando e tá muito a fim de transar. Eles marcam de um dia irem em algum lugar para isso – sei lá, na casa de um deles, motel, parque de diversões, tudo depende dos dois. Quando se encontram, eles não vão logo para os finalmente (ou vão, porém isso não serve para o texto), mas antes vão para as preliminares, com beijos acalorados e tudo o mais. Depois começam a tirar a roupa… a coisa vai esquentando… e assim a história do nosso casal culmina em orgasmos e com os dois ofegantes. Pois bem, como você já deve ter entendido, o nível de calor no envolvimento do casal é a metáfora para o aumento de força da narrativa, até explodir no clímax. É possível que só o orgasmo seja bom, que somente as preliminares tenham sido, ou que tudo tenha sido de terceiro nível e o casal esteja traumatizado. Com filmes é a mesma coisa. O filme pode ter uma excelente narrativa, ir crescendo na medida certa, e no final mandar tudo pra vala sem dó (como aqueles ETs ridículos do novo Indiana Jones, que tentaram e quase conseguiram). Ou ainda ser tudo colossalmente da melhor qualidade, incluindo o final. Acho que você entendeu onde quero chegar: mesmo com o ponto alto do filme (ou do sexo) sendo o clímax (ou orgasmo), o que vem a seguir não precisa dar vontade de dormir, do mesmo modo que o casal não precisa dormir após terminar – pode partir para um banho! Então, essa desculpa de que o filme precisa ter finais fracotes e sonolentos depois de um clímax intenso é balela, como bem mostram os filmes da lista abaixo. Antes da lista propriamente dita, alguns detalhes: a) os critérios para a escolha das cenas foram os seguintes: tinha que ser a sequência final, logo antes dos créditos (não é o orgasmo, mas o banho depois dele); tinha que ser boa tanto visualmente, quanto narrativamente, mesmo para quem não viu o filme. b) Como vocês devem imaginar, isso aqui vai ser um festival de spoilers sem limites, então, se não viu algum filme, passe largo por ele. c) Tem vídeos de todos os finais, e quando não tiver o vídeo incorporado ao blog, é porque essa propriedade foi desabilitada no YouTube, mas terá um link abaixo do texto. É só clicar e ser feliz! d) Temos plena consciência que nos atemos aos filmes novos, de nossa geração. Isso se deve ao fato que não fizemos qualquer pesquisa, simplesmente puxamos os finais pela memória numa bela tarde de ócio, debatemos e chegamos a lista. Então, não reclame se não ver Scarlett O’Hara ao pôr-do-sol dizendo que Amanhã é outro dia!. E como foi tudo feito de modo bem pessoal, a lista de cada um está separada abaixo… e sem ordem de classificação como na nossa lista anterior! FiliPêra Clube da Luta (Fight Club- 1999) David Fincher chutou a porta do cinema mainstream com esse filme explosivo, que é praticamente uma tradução para o cinema da obra literária de Chuck Palahniuk. Como creio que vocês já viram (e devem mesmo, pois vou contar o final aqui), não vou ficar adentrando na história, ou nas interpretações dela, mas é basicamente a jornada de dois sujeitos rumo a libertação, que acabam arregimentando um monte de losers insatisfeitos com o mundo. A coisa evolui de troca de murros no subterrâneo para um grupo anarquista que utiliza técnicas de guerrilha para dar uma boa sacudida na sociedade consumista. Quando você fala final pra qualquer um que viu o filme, é óbvio que ele vai dizer: CAAAARA, o Tyler Durden era o Edward Norton!. Na minha cabeça vem uma das cenas de amor mais loucas que o cinema já fez: um cara com a boca estourada porque ele mesmo atirou nela (pra matar seu amigo imaginário), vestindo ceroula e sobretudo, e uma guria espevitada, sem entender nada do que tá rolando e com roupas de brechó, de mãos dadas… enquanto uma multidão de prédios de instituições financeiras são demolidos a frente deles. Tudo ao som da guitarra rasgada de Where’s My Mind, do Pixies. Se tem cena de amor mais bela, esquizofrênica, apocalíptica, e explosiva que essa, o cinema ainda não viu… Donnie Darko – 2001 O melhor filme independente que conheço, e olhe que vi vários. Esse é daqueles cults que te deixam discutindo com os amigos nerds por tempos, graças a teorias sobre viagem no tempo, mistérios universais no estilo Lost e dimensões paralelas. Donnie é um cara normal que recebe a visita de um coelho gigante que diz que o mundo vai acabar. E, após vivenciar 23 dias que culminam com a morte da namorada (ou o fim do mundo dele, o que dá na mesma), Donnie volta no tempo, e permanece em sua cama, mesmo sabendo que uma turbina de avião cairá fatalmente na sua cabeça. No final propriamente dito, uma ode às belas montagens e… novamente uma música muito bem escolhida: Mad World, versão de Gary Jules. Mesmo Eu sendo fanzão de verborragia à la Tarantino, não tem como não achar esse final, com somente uma linha de dialogo, um dos melhores que já vi. Rejeitados pelo Diabo (The Devil’s Rejects – 2005) O filme narra a jornada de uma família de psicopatas que saem por aí matando e pilhando o que tem pela frente… sempre com o xerife Wydell no rastro, em busca de vingança pela morte do irmão, que rolou no execrado A Casa dos 1000 Corpos. O filme é do tipo que tem tudo pra dar errado, mas Rob Zombie consegue imprimir um estilo visual único, e recheia o filme com tudo que o terror tem direito: sangue, palavrões, palhaços assassinos, psicopatas… No fim das contas você nem sabe mais quem é vilão quem é mocinho. O clímax é uma caçada animalesca entre o xerife e a Família Firefly. Coisa insana mesmo. O xerife morre e quase todos os integrantes sobrevivem. Você (e eles) acha que tudo acabou, com os Firefly andando de carro, uma música alegrinha ao fundo… e uma barreira de policiais insanos, armados até os dentes e com mais sede de vingança do que vampiros têm sede de sangue! A cena dos Firefly acelerando, berrando e atirando é muito memorável. Épico! A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project – 1999) Alguns dizem que o estilo é um clone de Cannibal Hollocaust (e tem muitas referências mesmo), mas o fato é que todos os filmes de terror com aquele estilo “amador” dão medo em qualquer um. O filme foi um dos primeiros fenômenos da era da internet, com uma campanha quase totalmente calcada na rede, e no fato de todos acreditarem que o filme realmente era um documentário perdido de três estudantes. Fora o fato dos diretores realmente terem soltado os atores pela floresta com apenas rascunhos do roteiro e darem sustos de verdade neles. O inovador – para a nossa geração – em A Bruxa de Blair foi não escancarar a ameaça sobrenatural, preferindo esconde-la e deixar no imaginário de todos. Cenas como a corrida na floresta e o discurso da Heather na barraca deixam isso muito claro. A cena final, com uma correria claustrofóbica numa casa mal assombrada é de deixar qualquer um trancado o suficiente para não deixar passar nem agulha lubrificada. E ainda por cima muitos juram de pé juntos sobre o túmulo da mãe, que a Bruxa aparece no final… é melhor nem passar o filme lentamente para tentar confirmar isso. O Cavaleiros das Trevas (The Dark Knight- 2008) Batman nunca foi o tipo de herói popular, mesmo atuando em uma cidade podre e tomada pelo crime. Em O Cavaleiro das Trevas, que continua o brilhantismo de Batman Begins, o Coringa surge como um antagonista a altura do herói. Batman acaba descendo a um nível próximo do dele, e, em contraponto, as glórias da redução da criminalidade vão para as costas do semi-psicopata Harvey Dent (não vou falar da agora feiosa Rachel). Depois de duelos épicos, uma cena de interrogatório brutal, conflitos psicológicos nervosos, chegamos a um final que finalmente faz jus ao espírito do Homem-Morcego, com ele tomando toda a culpa pelos crimes. A perseguição, a quebra do Batsinal e o discurso do Comissário Gordon, ficam quase tão marcados na memória quanto a surra homérica que Bruce dá no Superman na revista homônima de Frank Miller. Réquiem Para um Sonho (Requiem for a Dream – 2000) Darren Aronofsky havia acabado de fazer uma obra-prima da ficção científica com meros 50 mil dólares arrecadados num sistema de rifa com amigos. Para quem não viu, o filme se chama Pi e vai muito além do tema proposto, colocando misticismo judaico, o sentido da vida e Deus numa obra que fala basicamente sobre números. O passo seguinte seria um filme sobre vícios. Ao invés de seguir na linha do humor inglês de Transpotting, como era moda no fim dos anos 90, ele preferiu fazer uma catarse que mais se assemelha a um filme de terror do que qualquer outra coisa. No início vemos três jovens – e a mãe de um deles – se divertindo, usando drogas e… usando mais drogas. Aos poucos a coisa vai descendo a tal ponto que quem assiste torce para o filme acabar por ali. Mas não acaba até chegarmos a uma das cenas mais angustiantes, realistas e psicologicamente violentas que já vi. Um dos personagens termina com o braço amputado, a namorada dele termina se prostituindo por algumas carreiras de coca, um termina na cadeia, e a mãe internada num hospício tomando eletrochoque. É de dar depressão! Os Goonies – 1985 Sim, esse é o filme da minha adolescência, e o VHS em que Eu tinha ele gravado quase se desintegrou pelo simples motivo de ser reproduzido no videocassete inúmeras vezes. O filme dirigido por Richard Donner foi “O” filme infanto-juvenil e “O” filme dos anos 80 (me perdoe, Ferris…), além de ser um dos únicos filmes que TEM que ser assistido dublado. A história é baba e tem um grupo de guris, uma casa à beira de ter a hipoteca liquidada, um tesouro de pirata, um mapa que levará a ele… Bom, se você não viu, tá perdendo. O final é do tipo clássico, com jóias no casaco de um dos meninos, os meninos vencendo – com direito a contrato rasgado e jogado pro alto… e um navio pirata navegando na praia (o que não havia sido avisado aos atores, então as reações são quase inteiramente reais). BruNêra O Poderoso Chefão (The Godfather – 1972) Bom, acho que não preciso falar muita coisa né?! Todo mundo sabe o quanto esse filme é foda, recheado de cenas memoráveis como o atentado e, algum tempo depois, a morte de Don Vito. Continua com o assassinato de Sonny e Luca Brasi, a chacina dos chefes das famílias (se não viu e tá chorando com os spoilers, envergonhe-se). São tantas passagens inesquecíveis que fica até difícil nomear. A última cena, assunto desse post, é muito especial. Nada caracterizou tão bem o espírito da Máfia Siciliana quanto aquela porta se fechando na cara da Kay. A fotografia, a iluminação, a atuação de Al Pacino, a trilha sonora, tudo ficou perfeito. A ascensão de Michael como novo Don se concretizou naquela cena; e com ela percebemos sua aceitação no cargo e a forma como ele iria lidar com isso, em suma um final a altura desse clássico do cinema. Se7en: Os Sete Crimes Capitais – 1995 O final de Seven é do tipo que te deixa mau. E mau pra caramba. Dá tudo errado cara! O maldito plano do Kevin Spacey funciona em todos os detalhes. Ele mata todo mundo, decapita a Gwyneth Patrol e ainda manda o Brad Pitt pra cadeia. Quando assisti Seven pela primeira vez, eu ainda não estava acostumado com esse tipo de final, em que o “mau” vence; no máximo o mocinho(a) escapava, mas o bandido continuava solto. Em Seven não, TUDO vai pro inferno mesmo! Ainda por cima o David Fincher sabe como fazer você se apegar a um personagem, e isso deixa as coisas ainda piores. A última tomada, em que é mostrado o Brad Pitt catatônico sendo preso por ter enfiado uma bala na testa do Kevin Spacey (que era exatamente o que ele queria) fecha o filme com chave de ouro. Sinceramente um dos finais mais chocantes que já vi. Dogville – 2003 Se o final de Se7en, que é um thriller de suspense, é tão depressivo e agonizante, o que dizer do final de Dogville? Um filme que eu não colocaria em nenhum outro gênero que não o “depressivo-pra-caramba”. Surpreendentemente eu não acho seu final tão down (tá certo que o resto do filme quase te faz querer tomar Lexotan). Na verdade eu diria que ele é revigorante, porque, venhamos e convenhamos, a Nicole Kidman sofreu que nem boi ladrão durante 1:30hs do filme: ela foi estrupada, acorrentada, forçada a trabalhar como escrava, torturada física e psicologicamente. Então, nada mais justo que ela chacinar a vila inteira (incluindo mulheres, crianças, bebês e velhos) no final do filme. Eu acho muito justo, e sinceramente, nunca me senti tão vingado no final de uma filme. OBS: pessoal, estou falando aqui somente da cena final do filme. Eu sei que suas idéias e mensagens transcendem muito a mera sede de vingança; então aguardem uma resenha mais completa de Dogville, Manderley e Wasington assim que esse último chegar em minhas mãos. Dançando no Escuro ( Dancer in the Dark – 2000) Certo, agora eu peguei pesado. Outro filme de Lars Von Trier na minha lista. Se vocês acharam Dogville barra pesada, então esperem até ver esse final. Imaginem que a personagem principal desse filme sofreu tanto quanto a Nicole sofreu em Dogville. Agora imaginem que ela é cega, imaginem que seu filho também vai ficar cego se ela não conseguir juntar dinheiro para uma cirurgia, imaginem que depois de ser roubada, perder o emprego e ser obrigada a matar uma pessoa (sério mesmo, obrigada), ela termina o filme enforcada por assassinato. Agora imaginem que esse filme é um tipo de musical gravado em formato meio documental, e que a atriz principal é a Bjork. Se vocês conseguiram imaginar tudo isso, então vocês são tão problemáticos quanto o autor do filme. Caso contrário, vocês sentiram a mesma depressão aguda que eu senti e que marcou esse como um dos filmes mais deprês que eu já vi. Se o filme inteiro é uma viagem ao inferno o seu final termina de ligar o fogo e jogar o carvão. A personagem é carismática demais e você se apega a ela de uma forma quase impossível num filme. E quando você está mais ligado a ela, o diretor resolve que é hora dela ser enforcada. É demais pro meu emocional (rs). Conta Comigo (Stand by Me – 1986) Apesar do final de Conta Comigo não ter nada chocante ou surpreendente, ele é um dos finais que mais se encaixaram em um filme. Como, em geral, todo aquele espirito juvenil e situações engraçadas (quem não lembra das malditas sanguessugas?) faz um contraste foda com o destino de cada personagem até um pouco antes do final em si. A história é uma aventura entre amigos (claro que tem uma pitada sinistra, afinal eles estão indo atrás do corpo de um menino morto, oras) numa época da vida em que tudo é divertido. Mas, à medida que o filme vai terminando, e o narrador vai contando o futuro de cada um dos personagens, suas características pessoas vão se encaixando com suas atitudes no filme e suas consequências no futuro. Uma sensação de nostalgia, saudade e tristeza é inevitável. Pode ser que eu esteja exagerando um pouco na rasgação de seda, mas esse filme é realmente especial pra mim, e, não sei exatamente porquê, mas seu final me balança. ________________________________________________________________________________________________ PS: já que estamos falando de finais, e nem tudo na vida são filmes, resolvi fazer essa pequena lista com obras de outras mídias cujo os finais são memoráveis. Nos videogames três jogos ficam marcados na minha memoria por conta de seus finais, o primeiro é inigualável é Silent Hill 2, Aquele final daria um filme tranquilamente. O segundo é Metal Gear Solid 3. Seu clima de “The End” é fantástico. Parece que estamos assistindo o final de um filme do 007 misturado com John Woo. O terceiro é Ys (tá certo, esse é antigo pacas, pra Master System). Não vou presumir que vocês conheçam o final desse RPG, mas ele me deixou emocionado. Deve ser porque foi o primeiro RPG que eu zerei. Nas séries, duas se destacaram pra mim. Primeiramente, a 3ª temporada de Lost. Essa deve ser unânime entre os leitores, correto?. E em segundo lugar, o final da primeira temporada de Dexter. Puta merda, ele matar o próprio irmão foi bizarro! Já nos livros eu fico com os finais de As Crônicas de Artur de Bernard Cornwell e O Sobrevivente, de Chuck Pallaniuk. Sinceramente, quando o assunto é livro eu realmente deixo a desejar. Gostaria de poder ler mais, só que tenho tantas outras coisas pra fazer (e que consomem menos tempo) que acabo deixando eles de lado. Já na praia das HQs eu fico apertado. São tantas séries fodas que eu fico até triste. Mas, de qualquer forma, vou citar três que me agradaram mais. Em primeiro o inigualável Sandman. Acho que sobre esse eu não preciso falar nada certo? Em segundo, Preacher. Na verdade, eu acho essa HQ meio injustiçada. Todo o mundo fala de Sandman, From Hell, A Liga Extraordinária e etc… e sempre acabam deixando Preacher de fora. Sinceramente, depois de Sandman ela é minha favorita. E, por último, mas não menos importante, um excelente mangá: Death Note. Seu final é muito bom. Mas há quem diga que teria sido melhor se ele tivesse acabado com a morte do “L”. Particularmete, eu concordo. Não que o resto tenha sido ruim, mas se tivesse terminado ali, o impacto teria sido maior. ________________________________________________________________________________________________ Sherman Sangue Negro (There Will Be Blood – 2007) Digamos que não é nenhum espanto a cena quando está familiarizado com os filmes do diretor Paul Thomas Anderson um verdadeiro mestre mas que foi fora do comum… O personagem de Daniel Day-Lewis (magnifico como sempre) um fazendeiro sem escrúpulos no final do filme ataca o pastor com que tinha uma rivalidade de anos. Ele o golpeia com um cone de boliche sem dó e piedade até aparecer seus miolos. O hilário é o empregado do fazendeiro que chega três segundos e fala: Senhor, e, ainda ofegante o fazendeiro responde calmamente: Já acabei… Logo vemos os créditos finais. À Prova de Morte (Death Proof – 2007) Em parceria com seu brother Robert Rodriguez, Quentin Tarantino nós entrega uma pérola do cinema nerd – e trash: o projeto Grindhouse, com cenas super bizarras (dá uma olhada no acidente na estrada com as garotas) Tarantino faz um filme sobre um matador que ataca mulheres com seu carro o “à prova de morte”. Mas loucura é a cena final: o assassino é pego por três garotas e depois é linchado, com aproximadamente uns quinze socos na cara. Ele cai, elas vibram entra uma musica glamorosa e o no “FIM” É O FILME ACABA SEM MAIS SEM MENOS…KKKK..LOUCO… Tarantino! Cães de Aluguel (Reservoir Dogs – 1992) Tarantino de novo! Sim, não é atoa que esse cara é o diretor mais importante da década passada, com seu primeiro filme sendo essa jóia para o cinema cult. O filme é todo bom, mas o final, como de costume, é uma bala na cabeça (desculpa, mas literalmente). Homens estranhos roubam um banco e tudo sai errado no final. Depois de um duelo triplo com armas na mão, Mr. White (personagem de Harvey Keitel) abraça o Mr. Orange (papel de Tim Roth, super ensanguentado…) e fica sabendo que ele é o policial disfarçado. O cara fica puto coloca a arma debaixo do queixo dele, mas nisso alguns policiais começam a falar do lado de fora, a câmera se aproxima do rosto de Mr. White, se escuta um tiro, ele sai da tela, mais alguns tiros… Créditos finais. Os Infiltrados (The Departed – 2006) Bom, o filme que deu a Martin Scorsese o Oscar depois de varias injustiças (leia-se Os Bons Companheiros, Taxi Driver, Touro Indomável…) simplesmente mereceu. É um filme policial, dirigido pelo mestre com bala na agulha… e no final, depois de um monte de tiros estourando crânios, Sullivan (Matt Damon) sai ileso, mas quando chega em sua casa tem uma visita não muito agradável. O personagem de Mark Walberg (muito bom, aliás) o está esperando com uma arma bem apontada pra sua cara. Ele acha que vai ser subornado, chega a fala: Ah… OK! Logo depois que pronuncia isso, recebe um balaço bem no meio da cara, cai, o sangue encharca o chão branco, a câmera dá um close na varanda de seu apartamento e passa um tremendo rato… Nada mais apropriado para um filme repleto deles, um querendo f… o outro. 300 (2007) Um filme fantástico, glorioso, forte, sangrento e brutal. A batalha dos espartanos com os persas nunca foi tão espetacular como na versão contada por Frank Miller (autor da graphic novel) e transportada com perfeição pelas lentes de Zack Snyder. O filme é tão testosterona que você não fica com pena quando o Rei Leônidas (aqui, Gerard Butler nasceu pro cinema) morre, por que, com as palavras finais no discurso do personagem de David Wehran você, além de se arrepiar, vê que ele deixou um legado e… aquela corrida pra enfrentar os persas novamente no final do filme… cara aquilo não existe! Adrenalina (Crank – 2006) Cara, não é à toa que Jason Stathan se tornou o maior astro de filmes de ação da década, com vários filmes no maior estilão, como o super sucesso Carga Explosiva, Caos, Rogue- O Assassino, e por aí vai. Mas aí ele faz um dos filmes mais loucos que já vi, com um roteiro bem fuleira, mas que guarda muito do divertido do filme. Envenenado Chev Chelios (Statham) tem que manter a adrenalina no limite o tempo todo, mas uma hora ele vai ter que parar. Você quase acha que ele não pára, mas no final ele cai de um helicóptero… e deixando um recado pra namorada… É insano e o mais legal é o momento que ele senta as costas no carro que, com o impacto, ele pára na frente da câmera….doente, insano…legal! Felipe Storino Kill Bill Vol. 1 (2003) Desde o começo do filme, acompanhamos a Noiva em busca de vingança contra as pessoas que tentaram mata-la e que mataram sua filha que estava para nascer. E aí, depois daquela batalha foda contra O-Ren Ishii, aparece o Bill sentado e revelando que a filha da Noiva está viva. Na hora eu só consegui pensar “what the fuck, como ela tá viva se ainda estava no ventre?”. Enfim, é um gancho muito foda para o Volume 2, que faz você ficar louco pra ver como termina. O Poderoso Chefão – Parte 3 (The Godfather: Part III – 1990) O final da trilogia tem duas cenas sensacionais. Primeiro a interpretação sensacional de Al Pacino quando a filha de Michael, Mary Corleone, é morta na escadaria. Dá pra sentir toda a dor de um pai ao perder um filho. E quando você pensa que terminou ali, vem aquela belíssima cena de Michael Corleone morrendo sozinho, na Sicília. É comovente ver o personagem ali, abandonado, por causa das coisas que ele fez ao longo dos três filmes. O Exterminador do Futuro (The Terminator – 1984) Primeiro filme da série e, na minha opinião, o que tem o final mais fuderoso. Além de mostrar o momento em que Sarah Connor tira a foto que John entrega para o pai dele no futuro (sim, viagens no tempo são complicadas), ainda tem um garotinho dizendo que vem vindo uma tempestade e Sarah apenas diz “I Know”. Um final que deixava o espectador imaginando o que estava por vir. Pena que todas as continuações acabaram com essa parte da imaginação. De Volta Para o Futuro (Back to the Future – 1985) Depois de toda aquela confusão em 1955, Marty McFly volta para o presente e parece que vai ser mais um daqueles finais clichês, onde tudo acaba bem e fim. Mas eis que aparece o louco do Dr. Brown com o DeLorean dizendo que Marty tem que ir com ele para o futuro. Impossível não se empolgar quando o Dr. Brown diz “para onde vamos não precisamos de estrada” e o carro simplesmente sai voando em direção à tela, mostrando que a aventura estava apenas começando. ________________________________________________________________________________________________ Sim, faltaram coisas indispensáveis como O Sexto Sentido, Os Suspeitos e O Planeta dos Macacos… mas, quem tá ligando (OK, você fã deve estar)? Caso tenha discordado, dê sua sugestão de final embasbacante na caixa de comentários abaixo…