Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Olá seus chuchus virtuais! Todo mundo bem sabe que a internet é uma coisa maravilhosa e que, dependendo do que você posta ou do site que visita, acaba abrindo uma versão muito mais hardcore da Caixa de Pandora. Não é segredo nenhum que a internet é uma invenção poderosa e que junto dela, surgiu muita coisa, seja boa ou ruim. A Zuera é uma delas. Se vocês conferiram meu texto sobre o magrelo bem vestido, Slenderman, então vocês bem sabem como ele surgiu. Caso tenha preguiça de ir ler eu explico. Um dos “monstros” da nossa geração nasceu como uma lenda macabra através da internet e da vontade de zoar as pessoas. O bicho foi tomando tamanha proporção que já virou ícone da cultura pop e teve referências por todo o lugar. Mas o que a internet, Zuera e Slenderman têm a ver com o post de hoje? Simples meu tamagochi, o filme da vez usou a mesma fórmula. Só que não deu certo. “Smiley” é o tipo de película que só de olhar o poster você sabe que não vai ser coisa boa. E não no sentido de “Hoje vou dormir com a luz acesa, só por garantia”. Mas, depois de assistir ao trailer eu precisava ver a coisa toda porque, bom, ás vezes eu me odeio. A história é bem simples. A protagonista Ashley está se recuperando do suicídio da mãe e vai pra faculdade, chegando lá conhece uma menina chamada Proxxy e as duas vão numa festa só para a galera “mega maneira”. Uma vez lá e enchendo a cara, Ashley é introduzida ao mito de Smiley e é ai que a coisa começa a ficar tosca. Se você digitar a frase “I did it for the lolz” (Eu fiz pela zuera) três vezes num site estilo Chat Roulette, um Serial Killer aparecerá na casa dessa pessoa e a matará na hora. Esse assassino é conhecido como “Smiley” porque, segundo o mito, esse cara costurou os próprios olhos e entalhou um sorriso no rosto. Sim, o cara é o emoticon ~> 🙂 Esse design me deixou com algumas dúvidas. Primeiro, onde está o nariz dele? Se ele o removeu então onde está a cicatriz? Como ele conseguiu costurar os próprios olhos sozinho? Um olho até que vai lá, mas e o outro? Como ele enxerga as pessoas que vai matar? Como ele respira sendo que não consegue abrir a boca? “Ah mas o Slenderman não tem cara” Tudo bem, ele foi criado assim. Mas no caso do Smiley uma pessoa ficou assim. Então, o questionamento é válido. Enfim, pensar no design do Smiley foi o menor dos meus problemas. Ashley e Proxxy resolvem dar uma zuadinha, porque elas são muito malandras, e fazem o ritual do vilão numa sala de chat. O cara morre e as meninas entram em pânico. Ashley começa a ter pesadelos sobre o Smiley e está 100% convencida de que ele quer a matar. Aos poucos seus conhecidos vão morrendo por causa do Smiley e a menina vai ficando cada vez mais paranoica e mentalmente instável, isso se agrava porque ela é diagnosticada com transtorno bipolar e precisa tomar medicamentos incluindo comprimidos para dormir. Desesperada, a garota então busca ajuda com um professor o questionando sobre a existência do mal na história do universo, significado do mal verdadeiro entre outras coisas. E pasmem, o professor, enquanto a cantava, explicou filosoficamente o que é a Zuera. Nessa hora eu já estava quase virando a mesa de tão incrédula. Mais uma vez eu terei que burlar meu código de Spoilers, como fiz com os posts de “Let The Right One In“ e “First Born” porque eles explicam pontos importantes da mensagem do filme. No final de tudo você acaba descobrindo que Smiley não passou de uma mega trollagem de todas as pessoas que Ashely conheceu na faculdade, incluindo seu recém namorado. A intenção dos caras era criar o primeiro Serial Killer viral da internet, ficarem famosos e serem conhecidos como o grupo de Trolls mais hardcore da Web. O lema deles? “I did It For The Lolz“. É sério. Mas o que eu quero comentar é que essas pessoas são tão sem noção de seus atos que eles acabaram induzindo Ashley a cometer suicídio. Num ataque conjunto, a garota pula do segundo andar de sua casa e cai de cabeça no chão. A reação dos trolls? “AI MEU DEUS QUE DAHORA! VELHO, QUE INCRÍVEL! ELA MORREU MESMO? AH QUE FODA *rodando camisa*” Eles não só ficam felizes pela pegadinha ter dado certo ao ponto de uma menina ter SE MATADO, como acabam fingindo as próprias mortes não ligando para seus pais ou conhecidos. Vale lembrar que Ashley ficou mentalmente instável por causa do stress que sofreu. Pessoas como esse grupo de trolls realmente existem, como foi o caso de Amanda Todd e de várias outros indivíduos que acabaram tirando a própria vida por causa de zoações pesadas. Se tivesse ficado por ai, o filme teria uma mensagem de que toda a brincadeira tem limite, só que derraparam na curva feio e deram a entender que o Smiley existe de verdade. Após ver um filme como esse, fica claro que a Zuera realmente não tem limites. Título: Smiley Duração: 95 minutos Diretor: Michael Gallagher Nota: 7