Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Olá seus cheirosos e atléticos! Não sei se vocês se lembram, mas um tempo atrás eu resenhei aqui na Mob Ground o filme The Collector (O Colecionador de Corpos) e conforme disse no texto, o filme ganhou uma sequência chamada The Colletion . E é sobre ela que falaremos hoje. Obs: Sinto informá-los de que, terei que falar alguns spoilers do primeiro filme, eh! Tenho elogios a fazer? Sim. Mas também tem muita coisa faltando pra esse filme ser fantástico. The Collection, (ou A Coleção), começa um pouco depois de onde o primeiro terminou. O lapso de tempo é bem curtinho. O Colecionador, como é chamado o vilão (mas eu prefiro muito mais apelidá-lo de Tartaruga Ninja From Hell) ganha mídia depois que Arkin, o protagonista do primeiro filme, é sequestrado após escapar da casa. Tipo aquelas fotos de turista em que você encaixa o crãnio apenas, né?! Todo mundo fica maluco com a notícia de que tem um serial killer à solta, informam que ele já capturou mais de 50 pessoas e que nenhuma foi encontrada. Ai o filme pula pra outro plot, o da mocinha. Elena é surda e mora com seu pai numa casa enorme, ambos sobreviveram à um acidente de carro que aconteceu logo após o divórcio de seus progenitores. A menina resolve ir numa festa com os amigos escondida do pai, e lá descobre que o namorado a está traindo. Até ai é bem irrelevante, só que descobrimos que a Tartaruga Ninja From Hell transformou a balada numa armadilha com direito a cena de triturador de carne suspenso. A garota acaba libertando Arkin sem querer e é capturada pelo Colecionador no lugar do ex-detento. O pai da menina, por ser aparentemente podre de rico, contrata um time de mercenários para resgatar Elena e obrigam o recém liberto Arkin a ajudá-los levando em consideração o fato de que ele foi o único sobrevivente do assassino. Se no primeiro filme o vilão já encheu a casa de armadilhas simples, dessa vez ele pula pro nível hardcore. A garota é levada para a casa do antagonista com o mesmo modus operandi (jogada dentro de um malão) e é a partir de lá que toda a ação do filme se concentra. Agora, todos nós damos um jeito de proteger a nossa casa, afinal é o lugar em que mais nos sentimos seguros. E se você fosse um serial killer wannabe jigsaw, como você transformaria seu recanto numa fortaleza? Simples, lotando o lugar com armadilhas bem mais letais e complexas e usando até gente no processo. Essa parte me lembrou muito Resident Evil. Contra a sua vontade e depois de ser sacaneado, Arkin entra na moradia do Colecionador com o grupo de mercenários e mais uma vez se depara com o dilema do primeiro filme: Ajudo a galera que está presa ou dou um jeito de sair dali? O ex-detento entende que precisa salvar a garota, mas ao mesmo tempo sabe como o vilão age, tanto que explica com uma fala: “Se você não a achou até agora, tenha certeza de que ela está morta” Só que Arkin tem uma vantagem contra o Colecionador e contra o time de mercenários. Ele já foi um ladrão e sabe como invadir casas ou destrancar fechaduras. Isso é mais do que útil quando você está na casa de um psicopata que vai matar qualquer um que quiser atrapalhar seus planos. Algumas cenas do filme foram bem sacadas, como a sequência com luz piscando e os créditos de abertura, mas também há atuações sofridas. Não se pode ter tudo. Só que teve um aspecto, que eu espero que seja explicado no quase confirmado terceiro filme que me incomodou muito. Todo mundo tem a sua origem. Todo mundo tem uma cidade natal e motivos pelos quais são o que são. O mesmo se aplica a serial killers e vamos combinar, essa é uma das partes mais legais dos filmes de terror do subgênero. Descobrir porquê o Colecionador é daquele jeito e o que o levou a começar sua coleção de pessoas-experimentos. Só que isso não aparece no filme, é mencionado bem de leve e há alguns elementos que contam um pouco da sua história, mas fica por isso ai. Não sei se mencionei no meu Guia de Sobrevivência no especial de Halloween, mas tenho uma teoria que gosto de chamar “A Teoria da Regata Branca”. Funciona mais ou menos assim: Já repararam que a maioria das protagonistas de filmes de terror usam uma regata branca ou uma blusa de cor clara? Isso, além de ter um fator sexual (geralmente elas estão sem sutiã) que eu não aprovo, é também psicologia das cores aplicada na audiência. No decorrer do filme a protagonista vai lutar por sua vida, seja enfrentando o vilão ou tentando escapar, e sua regata vai ficar suja. Essa sujeira, lama, poeira, suor e sangue é pra mostrar, inconscientemente, aos telespectadores que a garota está se esforçando e está “sujando as mãos” para isso. Aponta que a garota é forte e que mesmo chorando, está dando seu jeito de escapar ou dar um fim no vilão. Esse recurso da roupa clara que fica imunda no decorrer do filme é para que possamos empatizar com a garota, para que torçamos por ela e desejar que ela fique bem, sã e salva. Essa mesma tática é aplicada em The Collection só que com Arkin. (Obrigado por quem teve a idéia de colocar Josh Stewart de regata e num take de costas. Congratulations on your body, sir) Devo lembrar que o protagonista não é o seu herói típico de filmes de terror. Arkin é um anti-herói, ele faz o que é certo só que nem sempre pelos meios que são ditos como “corretos” pela sociedade. Isso fica bem evidente no final do filme e preciso dizer que compensou pelo não uso do final alternativo de “The Collector”. No geral muita coisa sobre a Tartaruga Ninja Form Hell ficou mal explicada, principalmente a matriz do seu ser psicopata, fiquei decepcionada e se tiver um terceiro filme espero que foquem mais na origem dele. The Collection é um filme morno, compensa um pouco pela trilha sonora e é melhor que o primeiro. Título: The Collection Diretor: Marcus Dunstan Nota: 7,5