Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Olá meus chuchus lindos e maravilhosos! Como já virou costume, hoje é dia de resenhar mais um filme de “terror/suspense”. Mas aviso que de medo, pavor ou agonia não tem nada. Olha, ou eu amo muito vocês para me submeter a esse tipo de coisa, ou eu sou extremamente masoquista e não percebi ainda. “The tortured” ou “Os torturados” numa tradução livre, conta a história de um casal de classe média que tem a vida virada de cabeça para baixo quando seu filho de 2 anos de idade é sequestrado e morto por um serial killer. Destruídos pela morte da criança, os pais resolvem se vingar por pagarem na mesma moeda. Vou ser bem sincera, a única coisa que me chamou a atenção e me fez sentar e bravamente aturar os 80 minutos de filme foi a ideia de “justiça com as próprias mãos”. Se coloque na posição do casal. Você acabou de constituir uma família e é apaixonado pelo seu filho de 2 anos. Sua vida anda muito bem quando tudo vai pra ruína e a burocracia e lei não sentenciam o criminoso do jeito que você queria, sua primeira reação é ficar indignado, raivoso e sedento pelo troco bem dado. É isso que a corretora de imóveis Elise e seu marido, o médico Craig, resolvem fazer. Depois de um monte de cenas que mostra a desolação da família e confrontos em que um culpa o outro, os dois resolvem tomar as providências necessárias. Até ai tava tudo indo bem, sim claro, o diretor precisava mostrar a dor de perder um filho tão jovem e a raiva do casal em saber que ao invés de prisão perpétua o condenado ficará somente 25 anos no xilindró. Agora você pensa, os caras estão putos da vida, é lógico que quando eles colocarem as mãos nesse serial killer a coisa vai ficar séria. É… Então… Não ficou. A impressão de que deu ao ver o filme foi que o roteirista e diretor não souberam ao certo como desenvolver essa parte da história, que na minha opinião, é a mais importante. Casos como o dessa família são, infelizmente, comuns nos dias de hoje. Quem nunca viu uma situação do tipo na TV está mentindo. Um assassino convicto ser solto por “bom comportamento” ou não ter uma sentença mais pesada é de deixar qualquer um pê da vida. A partir do momento em que o casal resolve colocar a mão na massa e seguir em frente com o seu plano de vingança, a expectativa de quem assiste o filme cresce. Você pensa “Beleza, agora é a hora do sangue.” Se você procura um justiceiro decente, leia as HQs de Frank Castle ou os livros do serial killer Dexter, eles sim sabem seguir o código de Hamurabi à risca. Por ter um médico como um dos torturadores a ideia é a de que o prisioneiro sofra punições inimagináveis, uma vez que o carrasco entende o funcionamento do corpo humano e sabe o que pode infligir dores horrendas. Se eu falar que não senti agonia eu estou mentindo, principalmente na cena da câimbra e da prensa. O filme tem seus pontos “altos” mas no geral é uma grande decepção. Não ganha de Gritos Mortais em termos de tosquice, mas eu assumo que tive que me forçar a prestar atenção e pensei seriamente em escrever essa resenha sem nem ver o final de tudo. Eu devia ter feito isso porque o final de “Torturados” é uma das coisas mais ridículas que eu já vi. A impressão que dá é que o roteirista jogou um plot twist nos 45 do segundo tempo com a intenção de impressionar o expectador, contudo não deu certo porque o que era para gerar surpresa acarretou indignação e raiva. Não fiquei surpresa de saber que os produtores desse filme são os mesmos da cinessérie “Jogos Mortais”. Sinceramente, se você for assistir alguma película de terror e ver a palavra “Saw” no pôster, FUJA. CORRA PARA AS COLINAS E VÁ ATRÁS DE OUTRO FILME. O que antes foi uma cinessérie “inovadora” pelas armadilhas mortais e questão de “até onde você iria para renascer?” virou um clichê da pior qualidade. E a credibilidade dos caras envolvidos no projeto decaiu para abaixo de zero. Muitos aspectos de “The tortured” me fizeram querer arrancar os cabelos, erros de continuísmo de maquiagem terríveis como o fato de um cara que teve o torso cauterizado aparecer na cena seguinte com a pele intacta, um prisioneiro largado às traças que sempre esta com a camiseta branca e limpa, e nem vou começar a falar da sequência pós ossos quebrados. É ridículo de tão revoltante. Um das coisas que se salvam é a atuação de Jesse Metcalfe (Craig), o cara deu conta de interpretar um pai de família desolado pela morte do filho e de mostrar aos poucos o processo de desvio de moral que um ser humano atinge quando numa situação de estresse ou quando dominado pela raiva ou sede de vingança. Erika Christensen também conseguiu segurar o filme, mas na minha opinião não foi o suficiente. Esperava mais de uma mãe que teve o filho de 2 anos morto por um serial killer que o torturou até a morte. Em outras palavras, se você quiser ser submetido à tortura, vá assistir “Xuxa e os Duendes”, “Didi, um cupido trapalhão”, TV aberta de domingo ou “The Tortured”. O efeito vai ser o mesmo. Título: The tortured (Os torturados) Diretor: Robert Lieberman Duração: 80 mins Nota: 3