Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Tumblr Depois dos acontecimentos de Guerra Infinita, os Vingadores devem lidar com o ocorrido da maneira que podem e tentar de tudo para trazer todas as pessoas para o seu local de origem. Antes de começar a crítica, quero deixar claro novamente que esse texto não tem NENHUM SPOILER, então, só vou falar do ponto de vista técnico. Qualquer spoiler pode estragar as surpresas que o filme tem a oferecer. Toda a produção guardou muito bem todas as surpresas que o filme tem a oferecer e, inclusive, todos os atores não falaram nada sobre a trama ou o que acontecia com os seus personagens. Esse episódio gerou um momento engraçado onde perguntaram ao Chadwick Boseman (Pantera Negra) se o seu personagem estava vivo ou iria retornar. Ele respondeu: Estou morto. Esse filme tinha dois objetivo que poderiam facilmente dar errado. Um deles era dar continuidade aos eventos catastróficos do filme anterior e o outro era entregar um encerramento de 21 filmes, lidar com 11 anos de histórias não é uma coisa fácil. O que posso adiantar é que o filme, felizmente, entrega os dois objetivos e extrapola as expectativas. O roteiro é, sem dúvidas, um ponto alto no filme. Ele é pensado desde o filme anterior e todos os personagens tem algum tipo de relevância e importância, então, todos os personagens que tiveram seu papel acentuado no primeiro filme emprestam o lugar para os que não tiveram e assim o filme constrói um ambiente democrático. O filme é um tanto diferente do seu antecessor, ele é mais calmo e menos intenso no início, já o anterior era intenso do início ao fim. Então, eu enxergo ele como se fosse uma montanha russa, onde começa devagar e aos poucos vai montando um clima nunca antes visto na história do cinema. O roteiro faz muitas referências aos filmes antigos por meio de diálogos e isso é muito interessante, pois, ao entregar um fanservice, ele necessita funcionar de alguma maneira, não pode ser jogado só para agradar aos fãs. Posso dizer que funciona muito bem e todas as rimas narrativas são eficientes e sutis. Mesmo que esse filme seja um desfecho, o roteiro consegue adicionar mais camadas aos personagens e eles retomam ao que eles sempre foram: heróis. Além de heróis, o filme deixa claro a humanidade de seus personagens, sobressaltando ainda mais o heroísmo que cada um carrega. A direção dos Irmãos Russo, novamente, é absurda. É muito difícil você conseguir fazer tantos personagens funcionarem e, junto com o roteiro, eles conseguem entregar um trabalho absurdo. A origem dos diretores foi na comédia, com Arrested Development e Community, por conta disso, eles conseguem trabalhar a comédia de uma maneira única. Mesmo nessas séries, nós podemos ver o potencial dos diretores, principalmente nos episódios mais elaborados de Community. E por falar em piadas e comédia, se você desgosta desse traço dos filmes da Marvel, não é aqui que você vai começar a gostar. Elas fazem parte do filme e se encaixam perfeitamente em todos os momentos e, particularmente, não me incomodou em nenhum momento. Eles trabalham como se fossem ilusionistas, constroem sua emoção aos poucos e sabem o momento certo de mostrar ao expectador o que eles querem ver, mas de uma maneira que o público nem imaginava. The Russo Brothers A montagem é muito bem feita e o que mais gerou burburinho na internet foi a duração do filme, ele tem 3 horas de duração e a montagem é tão fluida que você não sente passar. Por se tratar de um filme com tantos personagens, a montagem tinha tudo para ficar bagunçada ou preguiçosa, felizmente isso não acontece aqui. Os efeitos visuais estão ótimos e extrapolam o que já foi estabelecido no filme anterior. Tem várias cenas em que o CGI é usado massivamente e fica difícil perceber que aquilo ali não é real. Um ponto alto do filme. O desfecho é satisfatório e emocionante. O filme funciona perfeitamente e toda a sessão corresponde com o que está acontecendo em tela. É um filme que dialoga muito com o expectador e, por conta disso, o filme foi a melhor experiência que tive no cinema em toda minha vida. Lembro de algo parecido no primeiro Vingadores, só que nesse aqui não tem comparação, de verdade. Infelizmente, esse é o máximo que posso falar sem spoilers e muitos pontos da crítica tive que pensar bem se era prudente inserir. Pode parecer que ela está incompleta, e realmente está, mas prefiro que vocês experienciem esse espetáculo sem nenhum tipo de informação que possa estragar qualquer momento desse filme. Bom filme e que venha mais 11 anos de MCU! Vingadores: Ultimato (EUA/2019) Direção: Anthony Russo, Joe Russo Duração: 3h 1min