[Resenha] Star Wars – Um Novo Amanhecer

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Existe todo um universo (dããã…) de histórias e personagens de Star Wars fora do filmes “principais” e todo este material foi batizado de Universo Expandido. Eram livros, jogos, HQs e desenhos que foram declarados “não-canônicos” com a compra da Lucas Films pela Disney, que resolveu começar seu próprio Universo do zero.

O primeiro livro desta iniciativa foi Tarkin (que foi devidamente resenhado aqui), mas acredito que o produto mais relevante dentro disto tudo foi a série animada Star Wars – Rebels. Situada dez anos após o Episódio III – A Vingança das Sith e cinco anos antes do Episódio IV – Uma Nova Esperança, ela começa de maneira quase infantil contando as operações de um pequeno grupo de rebeldes em um planeta da Orla Exterior chamado Lothal.

Mas, conforme a série vai crescendo e organicamente se ligando à rebelião de Uma Nova Esperança e Rogue One, ao final da primeira temporada já temos certeza de que estamos assistindo a algo que não só se sustenta sozinho, mas traz grandes adições à saga especial de George Lucas.

O livro Star Wars – Um Novo Amanhecer pode então ser considerado um prequel de Rebels, pois nele descobrimos como os dois líderes do pequeno grupo de opositores do Império se conheceram.

Kanan Jarrus é um sujeito arredio que pula de emprego em emprego na periferia do Império e no momento trabalha como minerador em Gorse, um planeta que possui uma lua rica em minérios vitais para as novas armas imperiais. O que poucos sabem é que seu nome verdadeiro é Caleb Dume, um padawan que esconde sua ligação com a Força após a infame Ordem 66.

Já Hera Syndulla é uma pessoa muito descontente com a maneira Palpatine e seus asseclas controlam a galáxia e, estranhando a grande movimentação imperial em Gorse, resolve investigar porque aquele lugar tem atraído tanta atenção.

Em seus textos no Medium, Gabi mais de uma vez debateu sobre como um dos plots de todos os filmes de Star Wars envolve o conflito entre a Natureza / modo de vida simples contra a Ganância / Tecnologia do Império, que busca sugar todos os recursos possíveis para a manutenção de seu poder. E este aspecto do Império aqui é representado na figura do Conde Vidian, um empresário membro do Conselho Executivo Imperial que transformou a si mesmo em um ciborgue para poder gerir seus recursos com o máximo de eficiência.

Kanan e Hera acabam juntando forças à chefe da informação Zaluna Myder e ao ex-soldado das Guerras Clônicas e minerador Skelly, tentando impedir que Vidian imploda a lua de Gorse e acabe com o planeta apenas para retirar todo o cristal que existe nela.

A princípio relutante em agir e arriscar se revelar como um usuário da Força, os poucos Kanan percebe a gravidade do que está ocorrendo em Gorse e acaba cedendo ao jeito decidido de Hera, resultando na dupla que atua tão bem na série animada.

Escrita por John Jackson Miller (que já havia escrito o excelente Kenobi), a trama do livro não deve em nada às grandes histórias de Star Wars, trazendo ação, drama, humor, muitas raças alienígenas, batalhas em terra e no espaço e se integrando de maneira orgânica aos filmes, inclusive com pequenas participações de personagens bem conhecidos.

Seja você um fã dos filmes de Star Wars, da Rebels ou de um bom livro de space opera, pode ter certeza de Star Wars – Um Novo Amanhecer é uma ótima leitura!

Star Wars – Um Novo Amanhecer
Autor: John Jackspn Miller
Páginas: 420
Editora: Aleph (2014)

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